quarta-feira, dezembro 31, 2008

Graça


"Aleluia!
Darei graças ao Senhor de todo o coração na reunião da congregação dos justos.
Grandes são as obras do Senhor; nelas meditam todos os que as apreciam.
Os seus feitos manifestam majestade e esplendor, e a sua justiça dura para sempre
Ele fez proclamar as suas maravilhas; o Senhor é misericordioso e compassivo.
(...)
As obras das suas mãos são fiéis e justas; todos os seus preceitos merecem confiança.
Estão firmes para sempre, estabelecidos com fidelidade e retidão.
Ele trouxe redenção ao seu povo e firmou a sua aliança para sempre.
Santo e temível é o seu nome"
- Salmos 111:1-4, 7-9



Falar sobre a graça de Deus é algo extremamente arriscado, porque nunca conseguiremos descrevê-la plenamente com nosso limitado vocabulário humano.

Mas ao fazer minha tradicional retrospectiva esse ano, nenhuma outra palavra ou idéia me veio a mente além dessa: graça.

Como pode um Deus perfeito se tornar humano, passar por diversas dificuldades e, totalmente inocente, ser submetido a um dos piores (senão o pior) instrumentos de tortura da época e morrer, e carregar todos os meus pecados e do mundo inteiro, apenas para ter o "prazer" de ter uma pecadora como eu ao lado dele? Alguém que o decepciona dia após dia e Ele ainda assim fez tudo isso por mim?

Como eu pude ter a satisfação de ter feito mais por Ele esse ano do que fiz no ano passado? Mesmo sabendo que há tantas pessoas melhores que eu, porque Ele me escolheu para desempenhar as funções que comecei a desempenhar? Como consegui fazer alguma coisa no congresso Loucos por Jesus 2008, como posso ser considerada digna de ser serva dEle, amiga dEle, filha dEle?

Como consegui cuidar da minha família, com meu herói doente?

Como consegui vencer mais dois semestres na faculdade, apesar de saber que podia ter feito muito melhor, como? Como explicar conseguir uma vaga no projeto que queria, apesar de tudo?

Como explicar amizades que se fortaleceram e novas que surgiram, mesmo sem eu dar a assistência devida a todas elas?

Como consegui ter um namorado perfeito, quando eu menos esperava? O cara que me surpreende todos os dias e que supera todas as minhas expectativas, mesmo eu não estando no melhor momento da vida para fazê-lo feliz da mesma maneira que ele me faz?

Não me entendam mal, não quero parecer melancólica. É que cada vez que paro para pensar na graça de Deus me sinto constrangida, por saber que eu não mereço nada disso, mas Ele cuida de cada detalhe da minha vida.

Se eu consegui produzir coisas boas no meu ministério, é porque Ele me capacitou para isso.

Se eu consegui cuidar da minha família o melhor que pude, foi porque Ele me deu forças.

Se eu consegui terminar esse ano na faculdade, foi por misericórdia dEle.

Se eu tenho ao meu lado o cara que é mais do que eu poderia sonhar, é porque o amor dEle por mim é infinito.

Se os meus pecados são perdoados a cada vez que me arrependo, e se eu vou viver para sempre ao lado dEle, vendo-o face a face, é porque Ele é um Deus de graça.

Como disse no início, não ouso definir o que é a graça de Deus, mas essas foram algumas manifestações dela em minha vida, esse ano.

Obrigada Jesus, pelo ano de 2008

E que em 2009 eu possa fazer muito mais para o Senhor do que eu fiz esse ano.

Te amo

Dani

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Maternidade




Eu não sou mãe ainda, mas imagino o quanto deve ser maravilhoso.

Por nove meses você sonha com o momento do nascimento, e se alegra por um ser humano estar se desenvolvendo dentro de você. Então chega o desejado momento. Aquele pequeno ser está ali, no seu colo, e é completamente dependente de você.

Os primeiros dentes nascem, os primeiros passos são dados, as primeiras palavras são ditas. Você vibra com cada um desses acontecimentos.

Ele(a) aprende a ler, a fazer contas, a escrever. No dia das mães você ganha um cartão da escola com a letra dele (a) escrito: "Mamãe, eu te amo!". Lágrimas enchem seus olhos.

O escuro, uma chuva forte, e ele(a) diz: "mamãe, estou com medo". E você diz: "Está tudo bem, mamãe está aqui ao seu lado".

O primeiro fora de um garoto (a). Você consola: "ele/ela não sabe o que está perdendo, Deus vai te dar alguém bem melhor".

Claro que há vasos quebrados, notas ruins na escola e respostas mal-criadas em meio a tudo isso, mas quem se importa? Você não consegue deixar de olhar para aquela criaturinha sem ver o quanto você o ama. Não porque ele (a) fez algo legal, ou porque te conquistou, você simplesmente ama.

Vestibular, formatura, casamento. Cada nova conquista é celebrada. (Talvez mais até do que quando foram suas próprias conquistas).

Um dia espero ter esse prazer em minha vida, mas hoje queria dizer para minha mãe:

Obrigada por tudo, por sempre estar ao meu lado, por chorar e rir comigo...ou simplesmente obrigada, por ser minha mãe.

Parabéns pelo seu aniversário!

Que Deus te abençoe cada vez mais e que Jesus a faça sorrir a cada dia.

Te amo!!

Dani

terça-feira, dezembro 16, 2008

Diario de Lot - O Silêncio

O Lot andava meio sumido, e fiquei sabendo que ele visitou um amigo meu essa semana e entregou esse capítulo do diário para ele. Normalmente publico às segundas, mas abri uma exceção para esse caso. Enjoy it!

Todo ínicio na Mensagem, muitas vezes é tranqüilo, cercado das bençãos de Deus e de sua proteção, como um filho que acaba de nascer, Ele te cerca de cuidados, te alimenta, está presente sempre que você precisar, cuida de você até ver que já te é possível dar alguns passos sozinho.


Ainda nesse momento, Ele esta perto, te dizendo coisas que você pode fazer e te instruindo em alguns cuidados, pra que você não caia. Os primeiros passos sozinhos na Mensagem, costumam ser tranquilos, você está como uma criança que aprende a andar de bicicleta, mas tem as rodinhas pra te amparar e sabe que seu Pai, também está olhando você e perto pra quando você precisar.


Mas chega um período em que você já consegue andar sozinho, sem ajuda de ninguém, sem as pessoas precisarem ficar te olhando, na sua bicicleta você anda sem precisar de rodinhas e de que seu Pai te ampare. É nesse período que acontecem muitas coisas que determinam seu caminhar na Mensagem ou a desistência do Caminho.


Essa história é de um dos muitos períodos que passei e ainda passo, semelhantes a esse caminhar sozinho.


Era uma semana corrida, muitos trabalhos de faculdade, final de semestre é uma correria que quem faz curso superior entende. Além disso tinha que conciliar o tempo, pra que pudesse fazer as coisas pertencentes a Mensagem, eu estava ficando esgotado, a dias parecia não saber mais o que Deus queria, problemas começavam a surgir de onde eu menos esperava, amigos tentavam ajudar, mas cada dia parecia escurecer um pouco mais.


Quando parava pra orar e pedir orientação de Deus, não ouvia nada da parte Dele, era um silêncio constrangedor, como seu eu estivesse numa sala a prova de som e Ele não pudesse me ouvir clamar, eu ia me enfraquecendo dia após dia.


Quando comecei a entender a Mensagem, era como se eu tivesse Asas, eu voava livremente e contava para as pessoas a sensação desse vôo livre, mas com o tempo, comecei a voar cada vez mais baixo, depois era como se eu só conseguisse andar, mas ainda me sentia livre, corria por imensas distâncias sem me cansar, e continuava na propagação da Mensagem, mais um tempo e eu já não conseguia correr, somente andar e ficando cada vez mais fraco, agora eu só consigo rastejar.


Falar da Mensagem? Naqueles dias eu mal conseguia acreditar o suficiente para mim, quanto mais falar dela para outros, comecei a duvidar de Ela era Real, aqueles que tentam crescer na Fé, se sentem nesse período como Icaro, ao tentar voar alto demais na mensagem, caímos rápida e miseravelmente na terra.


Eu lutei muito contra minhas próprias dúvidas nesse tempo, o Silêncio de Deus, foi uma das coisas mais pertubadoras pra mim, não o conhecia até aqueles dias e não sabia ainda como lidar com Ele. Eu ainda não sabia que podia jogar em Deus meu sofrimento, dor e indignação, nessas horas me vinha a mente apenas o Jeová do Antigo Testamento, não o Jesus do Novo, ou seja, eu esperava castigo e punição por meus erros, e não um abraço e compreensão de um Pai de Amor.


Hoje me volto para aquele período com Alegria, aprendi mais da Mensagem nele do que em qualquer outro período da minha vida, ainda hoje passo por momentos assim, na verdade aprendi que eles sempre acontecerão, enquanto eu estiver aqui, mas neles eu aprendo que quando não posso mais caminhar, quando estou fraco e rastejando, é nesse período que Deus usa a força Dele, e me pega no colo e caminha no meu lugar, é nesse tempo que experimento o que é realmente estar na vontade de Deus.


Bom, como passei por aqueles dias? Bem, Deus continuou em silêncio, continuei sem saber o que fazer direito, então fiz a única coisa que podia fazer sabendo ser o certo, continuei no Caminho, rastejando sim, sentindo dor, com sede, com fome, mas ainda em frente e hoje sei que essa é a única opção para mim, alguns nesse período apostatam da Fé, acho que fazem isso por não compreenderam a Verdadeira Mensagem, aquela que te ensina a carregar a Cruz, passar pelo Gólgota, e que te leva a dizer: Pai, se possível afasta de mim esse cálice, mas que não seja feita a minha vontade e sim a Tua.


Pra terminar, lembre-se apenas dessas pequenas coisas:


- O choro pode durar uma noite(e não importa quão longa ela seja), mas a Alegria vem pela manhã;


- A noite é mais escura, antes do amanhecer e as coisas sempre pioram antes de melhorarem;


- E quando você não tiver mais motivos pra sorrir, diga assim:


"Porque estás tão triste ó minha alma?, porque estás tão abatida dentro de mim? Espere no Senhor, pois eu ainda O louvarei."


E espere, não vai ser fácil, vai doer no mais profundo da sua alma, mas vai valer a pena, acredite em mim, eu sei, eu já vivi isso.


Graça e Paz a todos.

quinta-feira, novembro 13, 2008

JESUS ROCKS


"E assim os fariseus disseram uns aos outros: 'Não conseguimos nada. Olhem como o mundo todo vai atrás dele!'" - João 12:19

Não acredito que os fariseus vão deixar de existir. Pessoas que distorcem a fé cristã, que ficam presas a legalismos idiotas, sempre vão estar por aí, faz parte da humanidade. Assim como nós só seremos perfeitos na eternidade, os fariseus só não vão estar presente lá também.

Em toda a história, fariseus tentaram destruir o cristianismo. Na época de Jesus, eles o perseguiram, na época dos apóstolos, eram os perseguidores de cristãos. Na inquisição, muitos inocentes foram acusados de bruxaria. Hoje em dia, alguns insistem em se apegar a detalhes e rituais que passam longe do evangelho.

Eu já escrevi alguns textos sobre fariseus aqui no blog. Acredito que o farisaísmo é a pior praga dentro da Igreja, mas como disse, não tenho esperanças de que ele vá acabar. Acredito que a Igreja tem que continuar combatendo esse tipo de coisa, e que os cristãos devem ser verdadeiros cristãos e não fariseus, e acredito que as pessoas podem mudar (não sozinhas, mas quando conhecem Jesus), mas ainda insisto que os fariseus não vão simplesmente desaparecer.

A melhor notícia de todas é que, mesmo que eles tentem destruir o cristianismo, mesmo que eles passem falsas imagens do que é ser cristão, ainda que muitas pessoas se enganem por causa deles, ainda assim, no final os ouviremos dizer: "Não conseguimos nada. Olhem como o mundo todo vai atrás dele!"

A verdadeira mensagem de Jesus sempre será espalhada, e por mais que os fariseus tentem, nunca conseguirão impedir que pessoas do mundo todo vejam a luz de Jesus refletindo sobre as trevas do mundo, e seguindo o Seu caminho.

JESUS ROCKS \o/

Fiquem com Ele =)

segunda-feira, novembro 03, 2008

O diário de Lot - A difamadora da mensagem


"Os homens maus não entendem a justiça"

Desde que conheci Frederico busquei estudar cada vez mais os fundamentos da mensagem, além de exercer mais minha paciência.

Certo dia estava indo para a faculdade quando notei que uma moça vestia uma blusa com algo sobre a mensagem. Resolvi comentar:

L: Gostei da sua blusa, onde comprou?

Mara disse:

M: Eu...peguei emprestado de uma amiga.
L: Ah. Você acredita na mensagem?
M: Acredito sim, você também?
L: Acredito e vivo por ela.
M: Eu também. Nós podíamos conversar sobre ela qualquer dia desses, o que acha?
L: Por mim está ótimo. Eu estudo aqui, se você quiser, podemos conversar depois das 17hs.
M: Ótimo! Até mais tarde.

Depois de um longo e cansativo dia de aula, fui para o local que havia combinado com Mara, e lá estava ela, pontualmente, às 17hs.

L: Oi, tudo bem?
M: Tudo, e você?
L: Tudo também. Bem, o que tem a dizer sobre a mensagem na sua vida?
M: Eu acredito que a mensagem nos faz viver de forma correta.
L: Interessante. O que mais?
M: Bom, ela nos faz viver de forma correta e por isso nos tornamos felizes...e prósperos, você não acha?
L: Prósperos...qual o sentido de prosperidade pra você?
M: Ora, quando seguimos a mensagem, nossas vidas melhoram. Eu parei de beber, fumar e fazer tudo que era errado, agora tenho um ótimo emprego e uam linda casa.
L: Quando uma pessoa que não acredita na mensagem te pergunta sobre ela, o que você responde?
M: Isso oras, que minha vida melhorou, meus problemas acabaram. A mensagem mudou minha vida! Que interrogatório! Afinal de contas, você não acredita na mesma mensagem que eu?
L: Não, não é isso, desculpe-me, mas é que pra mim a mensagem não é somente isso, na verdade, pra mim isso é distorcer a mensagem.
M: Você nem me conhece e já vai me ofender? Onde está o espírito de unidade?
L: Olha, me desculpa, mas é que a mensagem não garante sucesso e felicidade da maneira que você acredita.
M: Como não? Eu estou aqui para provar! Eu tenho sucesso, felicidade e saúde.
L: Então você acredita que se algúem está pobre ou doente, enfim, sem aparente sucesso, essa pessoa está fora dos caminhos da mensagem?
M: Claro!!! Ela precisa do perdão do Autor da mensagem, precisa acreditar mais, reivindicar a vitória, então terá tudo isso! O Autor tem que dar a vitória a ela.
L: Como as pessoas morrem? Como pode um Autor tão bom permitir tanta desgraça no mundo?
M: As pessoas tem que morrer não têm? A desgraça no mundo é culpa das pessoas que não acreditam na mensagem. Se elas acreditassem, não teriam filhos mortos, famílias destruídas, etc. Afinal de contas, você acredita mesmo na mensagem?
L: Não nessa que você diz ser a mensagem...
M: O que quer dizer com isso?
L: O próprio Autor da mensagem abriu mão de tudo que tinha, para vir à Terra, e viver como um pária da sociedade da época. Afinal, Ele vivia a mensagem incorreta?
M: Não, ele, ele...ele tinha muitos amigos, ele era próspero
L: Ele não tinha bem algum aqui, concordo que Ele era próspero, mas quando se diz que Ele próspero em coisas espirituais.
M: Você está distorcendo o Livro!!
L: Desculpe-me, você está distorcendo o Livro.
M: Isso é um absurdo, não vou mais perder meu tempo com você. Daqui a pouco vai começar a dizer que que pode tocar rock nos locais onde se prega a mensagem, que mulheres devem falar da mensagem em público e que homens podem ter cabelo comprido.
L: É claro, a música foi criada pelo Autor, as mulheres podem falar da mensagem, aliás, elas devem falar da mensagem em público e os homens que quiserem ter cabelo comprido não estarão desvirtuando a mensagem.
M: Para mim chega, se eu fosse você dizia ser qualquer coisa, menos seguidor da mensagem.
L: Pense a respeito do que está falando, leia o livro, e me perdoe se te ofendi.

Mara não me deu ouvidos, simplesmente saiu andando, com muito ódio nos olhos. Encontrou com alguém no meio do caminho com meu amigo André e disse que eu não acreditava na mensagem, que eu falava a mentira, e começou a gritar me difamando.

André perguntou se estava tudo bem, e eu disse que sim. Ele disse que foi a primeira vez que ouviu alguém falar assim comigo e ficou assustado.
De fato eu fiquei um tanto chateado com o escândalo daquela que deveria falar da mesma coisa que eu, mas o que mais me chateou, foi confimar o que havia falado com Fred, porque o André, ao se despedir, disse o seguinte:

A: Fica bem cara, liga pra ela não...mas você sabe, esse é um dos motivos pelos quais eu não sigo a mensagem.

Ainda torci para que Mara conhecesse verdadeiramente a mensagem, mas decidi não perder mais meu tempo quando alguém como ela não estiver aberta a diálogos, e só quiser discutir e provar que está certo. Aprendi a ser paciente com aqueles que não acreditam na mensagem, mas quanto àqueles que já a conhecem, e insistem em distorcê-la e destruí-la, resolvi não ser tão paciente assim.

quinta-feira, outubro 30, 2008

Na sala de aula...

Hoje o computador que estava na sala de aula exibia o descanso de tela do DENEFONO (Diretório Nacional Executivo dos Estudantes de Fonoaudiologia). A professora começou então a falar do boicote que houve no último ENADE, pelo nosso curso. O resultado desse boicote foi desastroso, e afetou não só os alunos como também os professores do curso. A professora comentou então que os alunos que tomaram essa iniciativa cometeram o grave erro de achar que uma decisão individual não iria afetar o coletivo.

Pensei então em como Jesus agiria diferente nessa situação. Não sei quantos alunos cristãos tinham naquela turma, e quantos realmente boicotaram a prova, mas sei que Jesus nunca tomaria uma atitude que não levasse em consideração os seus próximos. Para falar a verdade, todas as atitudes dele, ainda que resultassem em algum benefício próprio, era pensando nas outras pessoas. O maior exemplo disso é o sacrifício dele na cruz. Ele morreu, mesmo sendo inocente, pelo pecado de todos nós. E ressuscitou para que nós fôssemos justificados (Rm 4:24).

Logo em seguida, uma colega comentou que a faculdade não deveria dar mais recursos para quem está melhor, mas sim para quem está pior, pois isso demonstra que precisa ser melhorado. A professora comentou que isso é uma visão romântica da coisa, que na verdade, no mundo hoje, quem está melhor é que é incentivado, porque isso dá garantia de retorno.

É mais uma vez uma lógica egoísta onde, até para ajudar os outros, buscamos algo em troca. Novamente penso em Jesus xingando os fariseus hipócritas, e ajudando as viúvas, os que admitiam ser pecadores condenados à perdição. Não quero dizer, obviamente, que Jesus promoveria um assistencialismo hipócrita, que apenas ajuda para criar dependência, mas pelo contrário, que Jesus oferece ajuda para que nós possamos ser verdadeiramente livres, para podermos crescer cada vez mais. Jesus se importava com as questões das minorias.

Bem, essas foram apenas divagações da minha mente hoje, e a pura verdade é que a vida com Jesus nos leva a pensar e viver de forma que possam até nos chamar de loucos, "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes" - I Co 1:27

Fiquem com Jesus =D

quarta-feira, outubro 29, 2008

A vez de Maradona


Depois de Dunga ter sido escolhido técnico para seleção brasileira, é a vez de Diego Maradona, ex-camisa 10 da Argentina ser escolhido para treinar a seleção de seu país.
Aiai...se isso vira moda¬¬

segunda-feira, outubro 27, 2008

Lot

Ei pessoas!!

Eu recebi uma carta hoje do Lot, vou transcrevê-la aqui:

"Oi Dani.
Desculpa a demora em te enviar o último capítulo do meu diário. Estou um pouco ocupado, mas em breve te enviarei as páginas.
Manda um abraço para os leitores.
Beijos"

É isso aí, em breve ele estará de volta^^

quinta-feira, outubro 23, 2008

Tira do sabiá

Acabei de conhecer, pelo "Blog do Hiroshi", o blog "Tira do sabiá", de quadrinhos, que é muito bom.
Segue abaixo um quadrinho dele. Quem quiser ler mais é só clicar no nome do blog, acima.

E recomendo o Blog do Hiroshi para quem gosta de quadrinhos, cinema, desenhos, games, séries e tecnologia, como eu =D

Fiquem com Jesus =)




terça-feira, outubro 07, 2008

Para glória do nome de Deus

"Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, para a glória do seu nome; " - Sl 79:9a

Muitas pessoas pedem ajuda a Deus para melhorar de vida, para conseguir um emprego, para melhorar de alguma doença, enfim, para muitas coisas. Deus ama ajudar seus filhos, e muitas vezes faz isso, porém existem n motivos para que um pedido não seja realizado, e, dentre eles, gostaria de enfocar o que diz o versículo acima.

Por qual motivo queremos algum favor de Deus, porque queremos uma casa nova, um novo emprego, uma saúde melhor?

Acredito que muitas vezes fazemos pedidos egoístas para Deus, ainda que esses pedidos não sejam referentes a nós mesmos. Nós pedimos, por exemplo, um lar melhor para crianças de rua porque queremos livrar nossa consciência de que também fazemos parte dessa sociedade decaída e que, portanto, temos algumas obrigações sociais, que não cumprimos.

Toda vez que fizermos um pedido de ajuda a Deus, devemos nos lembrar que nossa motivação deve ser para honrar o nome dEle. Tudo que fizermos na terra deve ser para honrá-lo, e isso não poderia ser uma exceção. Tudo aquilo que pedirmos, que não seja para glória do nome dEle, nem deveria fazer parte de nossas orações.

Que vocês não me entendam mal, não quero dizer que não podemos pedir coisas materiais e só coisas espirituais. Mas é que mesmo nossos pedidos materiais devem ter a motivação correta, de honrar o nome de Deus, nosso Salvador.

Se nos lembrarmos disso, de que Ele é nosso Salvador, não encontraremos outro motivo para viver, e tudo aquilo que pensarmos, pedirmos, falarmos, agirmos, tudo, será para a glória dEle.

Fiquem com Jesus =)

sábado, outubro 04, 2008

Palavra de salvação

Baseado na "Palavra de Salvação" ministrada na missa de casamento de minha amiga, Gleice, no ano passado


É interessante como hoje pode-se tudo, menos falar de Jesus. Na verdade até pode, desde que seja de forma negativa, pejorativa. Longe de vivermos em um país onde o cristianismo é perseguido, vivemos num país onde "Política, religião e futebol não se discutem". Entretanto, a todo tempo política, religião e futebol são discutidos. Política nem tanto, porque não é do interesse de todas as pessoas. Mas futebol, ah...o futebol. Eu mesma já discuti muito. As pessoas ficam tentando me convencer a não torcer para o São Paulo, mas é impossível. Pior é quando tentam falar mal da seleção. Está certo que hoje a seleção não é mais a mesma, tem sido um jogo muito mais violento, do que bonito,sem a mínima qualidade técnica. Mas seleção é sempre seleção. Vejam só, já estou discutindo sobre futebol. É inevitável.


Temas polêmicos sempre levarão a discussão. E só porque são polêmicos não merecem ser discutidos? Não concordo. Sem discussões (e não brigas,apenas discussões) não há progresso. Ou o leitor acha que as idéias dos grandes gênios foram aceitas logo de início?


Mas quanto a religião, tem outro porém. Não se pode discutir cristianismo. As mais diversas religiões podem ser discutidas, afinal, são desconhecidas e precisam se tornar conhecidas. É até com certa admiração e entusiasmo com que as religiões são discutidas. Não para ser seguidas, só para ser discutidas. Só o cristianismo não pode entrar na discussão. Somos um país cristão. Não precisamos discutir o que conhecemos.


Viva a diferença! Só não discuta as diferenças.


Então, exposta minha opinião, mas para não falar de religião, deixe-me falar de Jesus. Jesus vai muito além de religião. Jesus é uma pessoa. Uma extraordinária pessoa. Um grande mestre. Um grande amigo. Um excelente filho. O próprio Deus. O salvador. Falar de Jesus não é falar de religião (a não ser quando consideramos o sentido original da palavra, que sinifica religar-se, com Deus). Falar de Jesus é falar da verdade, da vida. É reconhecer que ele foi, é e sempre será a pessoa mais falada, mais influente, do mundo. Interessante é que tentando não falar dele, as pessoas estão falando dele. Ele é. E isso basta.


Fiquem com Ele =)

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sobre pérolas e rosas

"Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes a pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão." - Mateus 7:6

Jesus nos ordenou ir por todo o mundo e espalhar as boas novas. Devemos falar do amor dele para todas pessoas. Não devemos nos cansar dessa missão, que é dada a todo cristão.

Muitos acreditam que o versículo acima é desculpa para desistir na primeira tentativa de se evangelizar alguém. Na verdade, o que o autor quis dizer (na minha interpretação) foi que quando anunciamos o evangelho a alguém e a pessoa compreende, mas não quer aceitar, nada que façamos vai convencê-lo disso. O que faz uma pessoa aceitar a graça de Cristo é a própria graça de Cristo, e não nossos argumentos. Seria muita pretensão pensar dessa forma.

Quando insistimos em fazê-lo, estamos "jogando pérolas aos porcos", desperdiçando nossas forças, e barateando o evangelho, o que é um erro muito grave. Devemos pensar como o personagem George MacDonald, do livro "O grande abismo", de C.S.Lewis: "Toda doença que se submeter á cura será sarada, mas não chamaremos o azul de amarelo para agradar àqueles que insistem em ter icterícia; nem faremos um monte de esterco do jardim do mundo só porque alguns não conseguem suportar o perfume das rosas".

Que não desperdicemos preciosas pérolas as jogando aos porcos, mas que façamos um belo colar para aqueles que precisam delas; que não deixemos as rosas morrerem, mas que entreguemos um buquê maravilhoso àqueles que querem sentir o perfume que elas exalam.

Fiquem com Jesus=)

sábado, setembro 27, 2008

A lei seca e os cristãos


Os evangélicos sempre adoraram ser conhecidos por não beber, não fumar, não fazer sexo antes do casamento, e não fazer várias outras coisas.

Com a "Lei Seca", os motoristas não ousam mais ingerir bebidas alcóolicas. Constatei isso essa semana, quando saí com uns amigos da faculdade, e eu e o restante dos motoristas dividimos um refrigerante.

Se fosse há algum tempo, e eu recusasse a bebida, eu seria taxada como pertencente ao meu grupo religioso. Naquele dia fui reconhecida apenas como a motorista de um dos carros.

Será que os cristãos não estão sendo reconhecidos pelas coisas erradas?
A santidade que procuramos viver só é vista pelas coisas que não fazemos?
Cada atitude que tomamos contra o pecado é importante, mas sinto que falta a nós uma postura mais firme em relação à santidade.

Precisamos ser reconhecidos mais por aquilo que fazemos para Jesus, por nossas loucuras por Ele, por nosso amor - o amor é a marca do verdadeiro cristão - por aquilo que fazemos que torna o nosso mundo um lugar melhor, do que pelo que não fazemos e que nos torna aparentemente melhor.

O importante é mostrar Jesus em nós, e não nos orgulharmos de não fazermos isso ou aquilo. Somos pecadores miseráveis como qualquer outra pessoa na face da terra. A diferença é que conhecemos e aceitamos a graça de Cristo, e por isso devemos oferecer essas boas novas a todos. Vamos procurar a santidade enquanto estilo de vida, e não como meio de inflar nossos egos.

Fiquem com Jesus=D

segunda-feira, setembro 22, 2008

O diário de Lot - O impaciente

"O homem paciente dá prova de grande entendimento, mas o precipitado revela insensatez"

Era um dia de prova de uma das matérias mais difíceis da faculdade, e eu estava estudando no caminho para a faculdade. Um dos passageiros do ônibus, a quem chamarei de Frederico, notou minha camisa que dizia algo a respeito da mensagem. Ele disse:

F: Você acredita mesmo nisso?
L: Acredito em que?
F: Nisso que está escrito em sua camisa.
L: Claro que sim (afinal se eu estava vestindo a camisa – pensei)
F: Se esse seu livro não fosse de um curso superior eu diria que você não devia saber nem ler.
L: Eu tenho uma prova muito difícil e importante agora amigo, mas quem sabe um dia possamos discutir sobre isso?
F: Deixou de estudar pra espalhar essa baboseira?
L: Eu estou estudando há dias, mas é que a prova é realmente difícil.
F: Você está usando desculpas porque não pode argumentar.
L: Eu não acreditava nessa mensagem até pouco tempo atrás, e não sou uma pessoa tão fácil de acreditar em algo, portanto, isso faz sentido pra mim, mas, como eu disse, eu tenho uma prova agora e preciso me concentrar aqui. Aliás, nem dá mais tempo, está chegando no meu ponto.

Enquanto eu descia apressado com medo de estar atrasado para a prova, Frederico disse algo sobre o próximo dia às 17hs, mas como eu estava sem muita paciência, respondi que estava combinado, e desci do ônibus.Enquanto fazia a prova, me dei conta do que eu havia feito, e fiquei muito decepcionado comigo mesmo. Acabei perdendo um pouco da concentração, e fiquei em dúvida das respostas de várias questões.

No dia seguinte, tentava me lembrar do que seria às 17 horas, e onde, que Frederico tinha dito e que eu havia concordado, mas não adiantava, não conseguia me lembrar. Eram exatamente 17hs quando me dirigi ao ponto de ônibus e lá estava ele. De início fiquei assustado, mas depois me lembrei de que era no ponto de ônibus que ele tinha falado: “amanhã, nesse ponto, às 17hs, quero ver se você tem mesmo algum argumento”.

L: Oi...qual seu nome mesmo?
F: Sou o cara do ônibus, você não se lembra?
L: Lembro, mas eu estava com pressa, então nem perguntei seu nome.
F: Tudo bem, meu nome é Frederico, e o seu?
L: Lot.
F: E então Lot, quais argumentos que você tem a favor dessa mentira?
L: Eu já tive muitas experiências de gente tendo a vida transformada por essa verdade.
F: Esse é seu argumento? Sabia! Isso não basta pra mim. Conheço um tanto de gente que ganhou na loteria e também teve sua vida transformada.
L: Não me referia a melhora de vida financeira, e sim à mudança de caráter, para melhor.
F: Quer dizer que não acredita que isso pode te trazer...como falam mesmo? Prosperidade? Não vai ficar podre de rico só por acreditar nela?
L: Não. Você não pode argumentar comigo se nem ao menos conhece a mensagem.
F: Eu sempre ouvi a mesma história de quem conta essa mensagem: dinheiro no bolso, saúde e sucesso. É só isso que essa mentira parece oferecer, mas obviamente é ilusão.
L: Como disse, você precisa conhecer a mensagem, e sobre quem ela fala, para poder argumentar comigo. Você não pode supor que é mentira se você não conhece. Vai basear seus argumentos em senso comum? Aposto que não come jiló, não porque provou e viu que era ruim, mas porque todo mundo falou pra você que é ruim, por isso você nem experimentou...
F: OK então, eu leio o livro com a mensagem, e então conversamos de novo, mas tenho certeza que é mentira, portanto, isso não vai fazer a mínima diferença.
L: Quanto tempo você vai demorar para ler?
F: Daqui a três meses a gente se encontra aqui de novo.
L: Combinado.

Enquanto os três meses não se passaram, eu recebi o resultado da prova, que não foi tão desastroso quanto eu previa, mas foi muito ruim mesmo assim. Às vezes, encontrava com Frederico no ônibus, e acabamos virando amigos, ainda que com opiniões muito diferentes acerca da vida. Ele ia falando das aparentes contradições da mensagem, e eu explicava a importância do contexto em qualquer literatura, e das peculiaridades daquele livro. Mas tinha ficado combinado que a verdadeira discussão só aconteceria dali a três meses, então ele se continha na maior parte das vezes, e ia anotando as dúvidas em um caderno. Ele me deu alguns textos para ler, e eu fui fazendo minhas anotações à parte também. Foi um período de muito estudo para nós dois. Quando os três meses se passaram nos encontramos, às 17hs, no ponto de ônibus em frente à minha faculdade.

L: E então, o que tem a dizer agora?
F: Em primeiro lugar, eu acredito que ou vocês contam essa mensagem de forma muito errada, ou então as pessoas que acreditam nela são muito burras...
L: Como assim?
F: Você estava certo, eu não conhecia a mensagem, e aquilo que sempre vi e ouvi a respeito dela a distorcia completamente.
L: Onde você via e ouvia falar da mensagem?
F: Em programas de TV, e com algumas pessoas conhecidas.
L: Bom, não que todos os programas de TV sobre a mensagem sejam ruins, mas uma boa parte é, e não conheço as pessoas que você disse contarem da mensagem pra você, mas há muitas pessoas com conceitos errados sobre a mensagem mesmo. Mas isso não é o ponto central da questão, o que você acha da mensagem agora?
F: Estou menos convicto de que ela seja mentira, mas ainda não estou convencido de que ela seja verdade. Há algumas coisas que não fazem sentido.
L: Eu já te expliquei sobre as aparentes contradições.
F: Não é isso mas...o que você achou dos textos que eu dei pra você ler?
L: Não mude de assunto...
F: Pra eu dizer as coisas que não fazem sentido, preciso saber o que você achou do que você achou a respeito do que leu.
L: Alguns daqueles textos eu já conhecia, e eram minha base sólida contra a mensagem, mas os que eu não conheciam não fazem o menor sentido, inclusive se você usar a ciência para pensar a respeito deles.
F: Os outros, eram...sua base? Porque não mais?
L: Eles tem argumentos que condizem com aqueles primeiros seus, portanto, quando conheci a mensagem de verdade, eu estudei mais a respeito deles, e eles não são textos lógicos, usam argumentos passados e desatualizados para combater a mensagem.

Tivemos uma longa conversa sobre a mensagem e sobre os textos, e apresentei todos os argumentos contra as hipóteses de Frederico. Então ele disse:

F: Se eu resolver acreditar na mensagem, vou ter que deixar tudo que é divertido pra trás?
L: Parece com isso o que você leu?
F: Não, mas é o que parece que acontece com as pessoas que acreditam nela.
L: Você precisa conhecer alguns amigos meus, nós vamos a festas, ao cinema, jogamos futebol, nos divertimos como qualquer outro jovem de nossa idade, até mais, porque nossa diversão não é momentânea.
F: Vou pensar a respeito.
L: Ok, me fala se tiver qualquer dúvida.
F: Ok.

Antes mesmo de pegar o ônibus ele voltou e disse:

F: Acho que a dúvida que ainda existe não é maior que o desejo de viver pela verdade

Nada de melhor poderia ter acontecido naquele dia. Conversamos um pouco mais, e eu disse a ele mais coisas sobre a mensagem.

Mas essa situação toda me fez refletir sobre as graves conseqüências que a precipitação e o foco exagerado em si mesmo pode causar. E também de como as pessoas que vivem pela mensagem parecem não ler o livro, ou não lêem da mesma maneira que Frederico leu, buscando conhecimento e respostas para a vida, mas parecendo fazer do livro um jogo de loteria, onde o que for sorteado será verdade para todos. Com isso eles distorcem a mensagem, e a fazem parecer estúpida aos olhos de quem não a conhece.

domingo, setembro 21, 2008

Pergunte ao House

Aproveitando que hoje é o dia do Emmy...
Faça uma pergunta ao House e deixe que ele responda.
Brinquedinho divertido para quem sabe inglês.
Quando eu perguntei para o House como ele estava, ele me respondeu "é simples, são os comprimidos ou a dor".

segunda-feira, setembro 01, 2008

Perseguição na China


A China tem o maior e mais rápido crescimento da comunidade cristã na Terra. Entretanto, seus membros são brutalmente perseguidos por sua fé. Eles são assediados, espancados e presos, humilhados, torturados e mortos.

Sim, muitos cristãos ocidentais não têm nem idéia que isso está acontecendo com seus irmãos e irmãs chineses.

Você sabe mais sobre perseguição religiosa na China do que você sabia antes de visitar esse website.

Hoje era dia de postar algum capítulo de Lot, eu sei, mas é que depois de ler o livro "O homem do céu" e achar o site da China Aid - de onde tirei esse trecho - tinha que postar isso. Regularmente pretendo postar informações sobre a perseguição aos Cristãos chineses. Você pode orar por nossos irmãos orientais, para Deus cumprir a Sua vontade na vida deles, e se pode, ajude a sustentar uma família cristã, por 45$ mensais, mais informações sobre tudo isso em chinaaid.org.
Vou postar algo sobre o irmão Yun e seu livro qualquer dia desses também.

Fiquem com Jesus=)

segunda-feira, agosto 25, 2008

O diário de Lot - O indiferente



"A esperança dos justos é alegria"

Desde o dia em que me encontrei com o João comecei a reparar quantos pequenos erros eu cometia todos os dias, e como aquilo me atrapalhava a viver a mensagem plenamente.

Comecei a vigiar mais os meus passos, e isso, de alguma forma, impressionou meus colegas da faculdade (as histórias da Maria e do João nunca ficaram conhecidas por lá).

Certo dia, um amigo meu, o André, perguntou o que tinha acontecido comigo...

L: Porque?
A: Vcoê tá diferente cara, sei lá...tá mais empolgado com a faculdade, não tá deixando as coisas para depois, até as meninas da sala estão reparando isso.
L: Nem reparei que tinha mudado muito não, sei lá, é que aconteceu uma parada aí, e eu...mudei um pouco.
A: Que parada?
L: A história é longa, a aula já vai começar agora véi, no almoço eu te conto falou?
A: Falou, é...
L: Fala.
A: Nada não, só estou achando engraçado você se preocupar em chegar na hora.
L: Ah...

Depois da aula, como combinado, o André e eu saímos para almoçar.

A: E aí cara, que bicho te mordeu?
L: Então véi, foi muito doido, eu...

Eu contei então para ele como tinha ouvido a mensagem, como acreditava nela,e o que tinha acontecido desde então. Fiquei apreensivo no começo, porque o André é meu melhor amigo e, por mais que eu soubesse que a mensagem mudaria a vida dele para sempre, falar dela para ele era estranhamente mais difícil que o normal.

A: Cara! Bacana demais essa parada!
L: Não é cara? Eu disse que foi doido, a gente conversa mais sobre ela quando você quiser.
A: Pois é cara, é bacana a mensagem mesmo, mas tem muitas mensagens bacanas né?
L: É, tem...mas cara, você não está entendendo, essa é a mensagem!
A: Falou véi, aqui, já estou indo que tenho um tanto de coisa pra fazer, valeu?
L: Falou...

Eu fiquei parado um tempo a mais onde nós almoçamos e fiquei pensando, como alguém podia permanecer tão inerte e indiferente após ouvir a mensagem?

Isso nunca tinha acontecido antes, desde que eu comecei a compartilhá-la com outras pessoas. Eu vi a vida do João, da Maria e das pessoas que os cercavam ser completamente mudadas, e para melhor!

Lembrei do fato de que o André me conhecia muito bem, porque éramos amigos desde o colégio.

Talvez meu modo de vida tenha impactado negativamente as pessoas que me conheciam, como o André.Quando voltei para casa conversei com a minha mãe a respeito do que acontecera.

M: Filho, a mensagem chegar às pessoas é sua parte, mas ela transformar a vida das pessoas não depende de você.
L: Como assim?
M: Toda a sua vida você viu a mensagem aqui em casa, mas só quando você a ouviu aquele dia que você tomou a decisão de aceitá-la.
L: É, mas eu contei para o André do jeito que ouvi, contei tudo que aconteceu com o João, com a Maria, nossas vidas sempre tomaram rumos parecidos, achei que ele ia ter a mesma reação que eu tive.
M: Não é você que vai convencê-lo. Lembre-se, a VERDADE liberta, não você.
L: É verdade mãe. Valeu, te amo.
M: Também te amo.

Custei a pegar no sono nesse dia, mas no dia seguinte fui para aula disposto a tentar falar da mensagem de novo para meu amigo.

L: E aí, véi?
A: E aí, beleza?
L: Tudo, e aí?
A: Cara, essas mudanças todas na sua vida, isso foi por causa daquela parada que você me contou?
L: Foi, foi sim.
A: Ah...então tá, vamos para aula?
(nã tinha acreditado que aquilo estava acontecendo)
L: Vamos.

Algumas pequenas atitudes minhas em sala de aula chamavam a atenção de alguns professores. O meu orientador de monografia disse que estava impressionado com o progresso do meu trabalho. Um outro professor achou legal a monitoria voluntária que eu tinha oferecido para alguns colegas e disse que no próximo semestre eu poderia auxiliá-lo nessa aula, que poderia até considerar isso como estágio remunerado. Algumas colegas agradeceram por algumas gentilezas e brincavam com os caras da sala que se eu tinha começado a fazer isso, qualquer um poderia se esforçar e conseguir.

Como eu já disse antes, eu não tinha resolvido fazer todas essas mudanças, elas simplesmente aconteciam cada vez que eu tomava alguma decisão a respeito da mensagem. O que para mim tinha sido um processo extremamente natural, impressionava aqueles que me conheciam. Todos eles, exceto o Adnré.

A: Ei véi, beleza?
L: Tudo tranquilo, e você?
A: Beleza, aqui, tudo dando certo né Lot? A monografia, o estágio, o sucesso com as meninas. Tô felizão por você, essa parada te fez bem.
L: É, muito bem. Você devia experimentar tomar a mesma decisão que eu.
A: Me leva a mal não Lot, essa parada toda é muito legal, muito mesmo. Ouvi dizer que os professores ficaram sabendo da mensagem, as meninas também, soube que alguns deles até acreditaram, mas sabe, pra mim essas paradas são todas meio iguais, acho tudo válido sabe, depende da pessoa.
L: Só, mas só achar legal não basta pra ver os efeitos dela na sua vida cara...
A: Isso não é pra mim véi, pelo menos não por enquanto. Não tô afim de mudar. E na boa véi não tenta coomigo não, sou seu amigo e não quero que nossa amizade acabe por causa dessa parada. Então não insiste mais não, valeu?
L: Tá...

Aquele dia depois desse conversa foi um dos piores da minha vida. O meu melhor amigo, totalmente indiferente ao que estava acontecendo. Ele via quando eu conversava com alguém sobre a mensagem, chegou a ver um cara que ninguém apostaria que ia acreditar na mensagem e acreditou, mas na vida dele mesmo, nada mudava. Ele continuava dizendo o quanto aquilo era legal, que me fazia bem, que as pessoas deveriam me escutar, mas ele não queria saber daquilo pra vida dele. Continuava o velho André de sempre, sem nenhuma mudança.

Desse dia em diante eu ficava sempre muito feliz a cada vez que a vida de alguém era transformada pela mensagem, mas nunca deixei de torcer para que o André tomasse a decisão de acreditar nela também.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Crônicas do coletivo II


O mesmo ônibus de ontem. Depois da cena divertida comecei a ouvir uma conversa de duas senhoras (não que eu quisesse, mas elas falavam a uma intensidade suficiente para até o motorista ouvir).

A: - Você se casou?
B: - Deus me livre! Só morei com ele durante 14 anos.
A: - Casamento é muito ruim!
B: - É uma desgraça. Eu nunca casei, graças a Deus.
A: - A única coisa boa é entrar de branco na Igreja, a festa depois...
B: - Não vale a pena o sacrifício...
A: - Dependendo, casar no civil vale até a pena. Casa com um homem bem rico, e depois separa, e fica rica também.
B: - Mas o meu era pobre, miserável, e eu tive que aguentar por 14 anos.
Nisso o filho da senhora A, de uns três anos, começou a "cantar":
Aa: - Queeeeeeeu...queeeeeeeeu....veloxidade dois...queu queu queu queu...

Depois de um longo dia de aula, resolvi dar um cochilo.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Crônicas do coletivo


Eu sou uma pessoa que freqüentemente reclamo dos ônibus coletivos. Tanto pela demora, quanto pelo fato de eles sempre virem cheios, quanto pela falta de educação de cobradores, motoristas e passageiros (é, eu sei, reclamo muito).

Hoje presenciei uma cena engraçada.

Uma senhora entrou no ônibus com duas plantas gigantes, que pareciam estar bem pesadas. Nisso, um senhor que estava sentado à minha frente olhava inquietamente para ela, esperando que ela retornasse o olhar. Então ele disse (bem baixo, como se fosse um segredo mundial):
- Eu vou descer logo mais, no Biocor...

E pegou uma das plantas gigantes da senhora. Só que um outro lugar foi liberado, e ela sentou, com suas plantas gigantes.

O ônibus estava relativamente cheio, então essa senhora cutucou uma outra senhora que estava em pé um pouco mais a frente (uma que tinha recusado que um moço segurasse a bolsa pra ela) e disse que o tal senhor ia descer logo logo. Ela rapidamente andou até lá. Mas então outro lugar foi liberado, e ela também sentou.

Algum tempo depois, uma outra senhora chegou (uma que eu já tinha segurado a bolsa certa feita) e a moça ao meu lado avisou que o moço iria descer em breve.

E daí ele desceu.

Gentileza hoje em dia é uma coisa tão rara, que quando acontece em massa, se torna um fato extraordinário (e dessa vez até divertido).

segunda-feira, agosto 04, 2008

O diário de Lot - O mentiroso


Olá novamente, sou eu, o Lot. Da última vez em que nos encontramos eu falei sobre meu encontro com Maria. Bem, Logo após ter conhecido Maria e sua trágica história, passei a viver de modo diferente. Engraçado que eu não tinha decidido isso. Apenas decidi acreditar naquela mensagem e, naturalmente, me surpreendi pensando e agindo de modo diferente. E a cada experiência que eu tinha, como no caso de Maria, o meu novo modo de viver era fortalecido.

A minha mãe percebia isso. Aquele sorriso que ela deu quando eu levei Maria para casa nunca mais desapareceu do cotidiano dela. Eu nunca a vira tão feliz. E isso me deixava feliz.

Algun dias se passaram desde que eu tinha levado Maria de volta para casa. Caminhando pela rua (eu passei a gostar muito de fazer isso desde aquele dia), encontrei um jovem que devia ter mais ou menos a minha idade rindo. Era uma risada estranha, um tanto quanto nervosa. Eu iria continuar andando, mas eu não pude deixar de perguntar (chamarei o jovem de João):

L: Está tudo bem?

João parou repentinamente de rir e foi andando rapidamente, como se fugindo de mim.

L: Desculpe! Eu só queria saber se estava tudo bem! Eu não vou fazer nada com você (eu me arrependeria mais tarde, mas me senti extremamente poderoso naquele momento, mesmo sendo um jovem não muito forte).

"Ele não está fugindo de você" (voltei à realidade nesse momento) - uma senhora disse atrás de mim. Era a mãe de João, que chamarei de Ana.

L: Ele está bem?
A: Ele está...como sempre está.
L: Como assim?
A: Você é amigo dele?
L: Não, na verdade eu só estava passando na rua, quando o vi rindo e...bom, desculpe a intromissão. Eu vou indo.
A: Não! Quer dizer, por favor fique. O meu filho...ele se chama João. Sempre foi um garoto exemplar. Desde que o pai dele faleceu ele não para de mentir. Antes ele até se arrependia, mas agora parece até que está acreditando nas suas próprias mentiras. Eu já o levei a psicólogos, médicos...eles sempre dizem que é trauma da perda do pai, que logo vai passar, mas eu já estou cansada de esperar.
L: Sinto muito pelo seu marido. Foi há quanto tempo?
A: Tem dois anos. E nós...nós éramos divorciados. Eu me separei dele por causa das mentiras dele. Ele morreu num acidente de carro. O João tinha perguntado se ele ia viajar de carro, e ele disse que ia de avião. O João não gostava que ele dirigisse porque ele corria muito, parecia um adolescente quando pega a estrada pela primeira vez depois de tirar a carteira. Daí um caminhão desgovernado atingiu o carro dele. Ele não teve nem chance.
L: Eu...sinto muito por tudo isso.
A: Está tudo bem. Você quer entrar e esperar o João chegar?
L: É...eu...
A: Entre, está frio aqui fora.
L: Tudo bem, com licença.

João e Ana viviam em uma casa bem próxima à minha. Os tempos modernos não permitem que a gente conheça nem nossos próprios vizinhos. Na verdade, eu já os tinha visto algumas vezes na rua, mas eram vizinhos novos, eu não os conhecia.

A: O João estava rindo porque eu descobri uma de suas últimas mentiras. Ficou nervoso e disse que se eu dispensei o pai dele por falta de confiança, então ele também não queria minha presença. Acho que ele nunca superou nosso divórcio.
L: Deve ser difícil para você...e pra ele também.
A: É...um pouco.

João entrou em casa. Olhou para mim, para a mãe preparando-me um chocolate quente, e entrou para o seu quarto. Não demorou muito e me perguntou:
J: Você é o Lot, que mora a algumas quadras daqui?
L: Sou sim.
J: Podemos conversar...às sós?
L: Claro.

Depois que eu levei Maria para minha casa, eu fiquei relativamente famoso no bairro. Não sei como, mas a história se espalhou. Obviamente, cada um tinha sua versão.

J: É verdade que você engravidou a prostituta e então descobriu que a família dela morava aqui e a levou de volta para casa?
L: Bem, na verdade não fui eu quem a engravidou, mas sim, a levei de volta para a casa dos pais.
J: Ah...as pessoas espalham muitas mentiras.
L: É.
J: Minha mãe deve ter falado com você que eu tinha contado uma mentira, que meu pai era mentiroso,e que eu tinha ficado igual ele depois que ele morreu.
L: Hmm...ela está preocupada com você. Mas o que aconteceu?
J: Eu fui demitido do meu emprego porque meu patrão roubava o dinheiro da empresa.
L: Você foi demitido porque ele roubava?
J: Porque falei isso com ele.
L: Ah...mas como você sabe disso?
J: Eu vi. A minha mãe não acredita em mim porque...porque há algum tempo que eu não tenho falado muito a verdade.
L: E porque você não fala a verdade?
J: Eu não sei. Começou com "estou estudando", só para não lavar a louça, e foi aumentando de forma incontrolável. Agora parece que só sei mentir.
L: Ouvi dizer que quem causa problemas à sua família herdará somente vento...e também que a mentira tem perna curta.

João ficou em silêncio por um tempo e depois respondeu.

J: Apesar de óbvio, fazia tempo que eu não pensava nisso.
L: Acho que você precisa falar a verdade. Para o seu bem e de sua família.
J: Não é tão fácil. Virou uma espécie de vício.
L: Eu sei que não é. Mas você tem que começar, tem que dar o primeiro passo.
J: Eu sei...eu amo muito minha mãe. E o meu pai causou muitos problemas com as mentiras dele.
L: Você sente a falta dele não é?
J: Muita. Ele não podia ter mentido pra mim. Ele devia ter viajado de avião.
L: Mas ele não foi. Olha, o final da sua história são suas escolhas que vão definir.
J: É, mas a história do emprego é verdade.
L: A verdade então logo virá à tona.
J: É, acho que devo desculpas para minha mãe...e acho que ou começar a dar uns passos. Ei...
L: Lot.
J: Isso, Lot. Só mais uma coisa. O que você sabe sobre a verdade?
L: Eu conheci uma que me libertou.
J: Boa resposta. Pode me falar sobre ela um dia desses?
L: Claro.

Depois de tomar o meu chocolate quente, me despedi de João e Ana e fui embora. Voltei lá outras vezes, e numa dessas vezes falei com os dois sobre a verdade que me libertara. Ela os libertou também. E João deu o primeiro, o segundo, o terceiro passo, até parar de mentir de vez.

Mais tarde descobriu-se que o ex-chefe de João tinha mesmo roubado o dinheiro da empresa, e como João havia denunciado o fato, foi recontratado pela empresa, num cargo superior ao que tinha antes.

Quanto a mim, ganhei um novo amigo. E cheguei à conclusão de que devia me preocupar mais com meus vizinhos. Outro dia emprestei meu videogame para um garoto do prédio ao lado da minha casa.

sexta-feira, julho 18, 2008

O fim de uma Era


"Nós gostaríamos de esclarecer a todos os nossos fãs, os nossos amigos, e pessoas ao redor do mundo que têm apoiado fielmente o Delirious?

Depois de 14 álbuns, milhares de shows em frente a milhões de pessoas, e muitas memórias extraordinárias, nós decidimos que, no final de 2009, vamos fazer uma pausa de gravação e shows como a banda.

A nossa decisão foi tomada por um pedido de Martin para sair da banda para prosseguir com novos projetos, incluindo o seu trabalho com a CompassionArt e o desejo de estar mais em casa com Anna e os seus filhos. Nós honramos esse desejo e tomamos juntos a decisão de que agora é hora de encerrar esse capítulo de nossas vidas.

Vamos continuar a tocar em nossa atual agenda, tours e reservas, mas nada será acrescentado ao longo dos próximos 17 meses.

Estamos todos tão profundamente gratos aos nossos fãs incríveis que cantaram as músicas e permitiram a Delirious? o privilégio de fornecer a trilha sonora de muitas vidas ao longo dos anos. Da escola municipal em Littlehampton para os estádios do mundo, temos muitas histórias para contar aos filhos de nossos filhos. Delirious? também não seria o que é sem a nossa maravilhosa esposas e famílias, e a nossa gratidão a elas é imenso. Vamos agora avançar para a próxima etapa de nossas vidas, onde os novos desafios e histórias serão escritos.

Queremos deixar bem claro que embora esta decisão tenha sido extremamente dolorosa e difícil, ainda somos muito amigos e nosso respeito uns com os outros é inquestionável. Adoramos tocar nesta banda juntos e sabemos que, mesmo que 2009 seja o fim desta jornada atual, haverá mais aventuras juntos nos próximos anos.

A música acabou indo mais longe e mais profundo do que alguma vez poderíamos ter sonhado, e ainda não estamos num ponto em que os nossos criativos futuros irão espalhar-se e tomar rumos diferentes.

Obrigado novamente por acreditar em nós através de todos estes anos. Nós acreditamos que o melhor ainda está para vir.

Jon, Martin, Paul, Stu G, and Tim"

Postado em 6 de Julho no site oficial do Delirious? (http://www.delirous.co.uk)

quinta-feira, julho 17, 2008

O apóstolo Paulo e a questão do sofrimento - Parte II

Achei que mais convincentes que todas as minhas palavras,seriam os trechos em que Paulo fala do sofrimento. Provavelmente não estão todos aqui, mas seguem abaixo os que eu lembrei:

“ Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nosso corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” – Rm 5:3-5

“Considero que os nosso sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” – Rm 8:18

“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: ‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” – Rm 8:35-39

“Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é” – I Co 1:28

“Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que possam suportar.” – I Co 10:13

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações” – II Co 1:3,4

“De todos os lados somos pressionados, mas não desanimamos; ficamos perplexos, mas não despreparados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal.” – II Co 4: 8-11

“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nosso sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos nossos olhos, não naquilo que se vê, mas naquilo que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” – II Co 4:16-18

“Ao contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as formas: em muita perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas; em açoites, prisões e tumultos; em trabalhos árduos, noites sem dormir e jejuns; em pureza, conhecimento e bondade; no Espírito Santo e no amor sincero; na palavra da verdade e no poder de Deus; com as armas de justiça, quer de ataque, quer de defesa; por honra e por desonra; por difamação e por boa fama; tidos por enganadores, sendo verdadeiros; como desconhecidos, apesar de bem conhecidos; como morrendo, mas eis que vivemos; espancados, mas não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo muitos outros; nada tendo, mas possuindo tudo” – II Co 6:4-10

“ São eles servos de Cristo? – estou fora de mim para falar desta forma – eu ainda mais, fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto á fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquem em jejum; suportei frio e nudez.” – II Co 11:23-27

“ Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” – II Co 12:10

“Portanto, peço-lhes que não desanimem por causa das minhas tribulações em seu favor, pois elas são uma glória para vocês” – Ef 3:13

“ pois a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele, já que estão passando pelo mesmo combate que me viram enfrentar e agora ouvem que ainda enfrento” – Fp 1:29,30

“Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” – Fp 4:12,13

“Por isso, irmãos, em toda a nossa necessidade e tribulação ficamos animados quando soubemos da sua fé;” – I Ts 3:7

“Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos” – I Ts 5:14

“Por esta causa nos gloriamos em vocês entre as igrejas de Deus pela perseverança e fé demonstrada por vocês em todas as perseguições e tribulações que estão suportando. Elas dão prova do justo juízo de Deus e mostram o seu desejo de que vocês sejam considerados dignos do seu Reino, pelo qual vocês também estão sofrendo.” – II Ts 1:4,5

“e dar alívio a vocês, que estão sendo atribulados, e a nós também. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes.” – II Ts 1:7

“Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem eu tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia.” – II Tm 1:12

“pelo qual sofro e até estou preso como criminoso contudo a palavra de Deus não está presa. Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus, com glória eterna” – II Tm 2:9,10

“as perseguições e os sofrimentos que enfrentei, coisas que aconteceram Antioquia, Icônio e Listra. Quanta perseguição suportei! Mas, de todas essas coisas, o Senhor me livrou. De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” – II Tm 3:11,12

Fiquem com Jesus=)

segunda-feira, julho 14, 2008

O diário de Lot

O começo - Parte II

No dia seguinte, quando Maria e Tiago acordaram, eu levei o café-da-manhã para eles. Maria olhava para mim como se eu fosse um ET, mas estava muito contente. E para mim era isso que importava.

Levei Tiago ao meu quarto e o deixei brincando com o meu videogame. O mesmo que eu nunca deixei ninguém mexer. Ele nunca tinha visto um videogame antes, mas logo aprendeu a jogar e se divertia bastante. Então fui ao meu quarto, onde Maria passara a noite com Tiago (eu tinha dormido na sala), e ela me perguntou:

M: Porque?
L: Porque o que?
M: O que você quer em troca?
L: Em troca de que?
M: Ora, dessa bondade que você está tendo comigo e com meu filho.
L: Eu não quero nada em troca.
M: Isso é impossível. Ninguém faz nada de graça.
L: Eu não quero nada em troca. Só achei que vocês precisassem de ajuda.
M: É, nós precisamos, mas...é estranho. Não é comum. Eu não perguntei antes, qual o seu nome?
L: Lot.
M: Diferente.
L: É, um pouco. Está precisando de mais alguma coisa?
M: Não, quer dizer, sei lá. Não te conheço, mas confio em você. Posso desabafar mais um pouco? Contar porque eu fui parar nas esquinas?
L: Claro.

Maria me contou sua história. Foi uma longa conversa. Resumindo um pouco a história, ao contrário de muitas prostitutas, Maria nunca teve uma vida difícil, nunca foi abusada sexualmente por ninguém, tinha uma vida perfeita. Ela havia sido uma adolescente mimada a vida inteira. Tinha tudo o que queria, concluiu o ensino médio numa das melhores escolas da cidade. Quando fez 18 anos, resolveu fugir, sem motivo aparente, para “conhecer o mundo lá fora e curtir a vida”. Ela viajou para uma cidade distante e curtiu sua juventude com bebidas, festas, rapazes, e tudo o mais que ela achava inusitado e divertido. Pelo que ficou sabendo mais tarde, seus pais colocaram a polícia para procurá-la por um longo tempo, até a própria polícia dar o caso como sem solução, e encerrar as buscas. Seus pais então bloquearam todos os seus cartões de crédito e cancelaram sua conta no banco, o que a faliu completamente. Voltando à cidade, tentou pedir dinheiro na rua, até que um rapaz fez a “brilhante” sugestão de que ela poderia ganhar muito mais dinheiro como prostituta. E foi aí que ela começou a vender seu corpo pelas esquinas. Com o dinheiro que ganhava, conseguiu comprar um barracão num aglomerado relativamente próximo ao seu local de trabalho.

Quando ouvi a história fiquei alguns segundos olhando para ela, imaginando cada momento da vida daquela jovem apenas alguns anos mais velha que eu (ela tinha 25 anos, e eu 22). Perguntei para ela:

L: Porque você não voltou para a casa de seus pais?
M: Eles não me aceitariam de volta nem como empregada se eu contasse o que tinha acontecido.
L: Aposto que eles mandariam comprar roupas novas para você e dariam uma festa pelo seu retorno (sorri, me lembrando de algo que eu havia lido antes, mas que só agora fazia sentido para mim).
M: Pode até ser, eu só sei que agora não posso mais trabalhar nisso. Cansei. Mas não posso morrer de fome e deixar meu filho faminto também. Preciso arrumar um emprego para criar meu filho.
L: Você não quer mesmo voltar para casa?
M: Eu não tenho coragem.
L: Se você quiser, eu posso ir com você.
M: Você faria isso?
L: É claro.
M: E como é que eu chego lá com um filho de quatro anos?
L: Acho que não vai ser fácil nem para você nem para eles, mas eles só querem você de volta.
M: Você nem os conhece, como sabe disso?
L: Eu não sei como, eu só sei.

Maria ainda passou alguns dias conosco, tomando coragem para voltar para a casa dos pais. Quando decidiu que iria, fomos verificar se os pais dela ainda moravam na mesma casa. Eles haviam se mudado, mas conseguimos achar o novo endereço.

Sete anos depois de abandonar seus pais, Maria vestiu sua melhor roupa, arrumou o pequeno Tiago, e então saímos. Maria estava nervosa, mas não pensava em desistir.

Batemos à porta da elegante casa dos parentes de Maria, que agora serão chamados Souza. Um garoto de 11 anos atendeu a porta. Maria começou a chorar. Era seu pequeno irmão, que tinha a idade de Tiago quando ela saiu de casa. O garoto não a reconheceu, mas foi chamar a mãe. A senhora Souza, quando viu a filha, começou a chorar junto com ela e, ao ver Tiago, pela semelhança, não duvidou que era seu neto. Ele estava no meu colo, então ela achou que eu era o namorado maluco que ela havia achado pelo caminho.

Entramos. Após longos abraços, choros e soluços, a família Souza sentou-se no sofá, Maria foi reapresentada ao irmão e em seguida contou tudo o que havia acontecido e porque resolvera voltar.

M: Eu não sei quem esse rapaz é, seu nome é Lot. Eu só sei que é meu salvador.

Eu aproveitei e expliquei que não era nenhum salvador, era um cara comum que havia sido contagiado por amor e por vontade de fazer o que é certo. E que esse amor e essa justiça só poderiam vir de um lugar, que em outra oportunidade explicarei melhor. A família Souza chorou e aceitou a mensagem que eu havia falado. Apesar do trauma que ficaria por muitos anos, era uma família transformada.

Eu fui para casa e deixei a família Souza rindo e conversando, depois que o senhor Souza anunciou que faria uma festa pelo retorno da filha. Aquele conceito de justiça que eu havia conhecido e apresentado a eles agora era parte de suas vidas.

Voltei andando vagarosamente para casa, pensando no que havia acontecido. De onde eu tinha conseguido tanta coragem? Como um simples gesto meu mudou a história não só de uma pessoa, mas de uma família inteira?

Eu viria a compreender essas coisas mais tarde, por meio de mais experiências. Eu resolvi que daquele dia em diante, iria espalhar a mensagem que recebi. E ia emprestar mais o meu videogame.

sexta-feira, julho 11, 2008

O apóstolo Paulo e a questão do sofrimento - Parte I


O apóstolo Paulo foi um homem incrível. O "apóstolo dos gentios" escreveu a maior parte dos livros do Novo Testamento. Na verdade, poderia ficar dias falando sobre ele, poderia até escrever um livro sobre ele, pois sou fascinada pelo exemplo de homem que ele foi. Hoje vou me deter apenas sobre como ele tratava a questão do sofrimento.

Paulo era alguém que entendia sobre a questão do sofrimento, afinal, ele foi encarcerado diversas vezes, açoitado de modo muito severo, exposto à morte repetidas vezes. Cinco vezes recebeu dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes foi golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofreu naufrágio, passou uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Enfrentou perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos de seus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalhou arduamente; muitas vezes ficou sem dormir, passou fome e sede, e muitas vezes ficou em jejum, suportou frio e nudez (2 Co 11:23-27)

Apesar de Paulo citar a palavra sofrimento três vezes em suas cartas (na versão João Ferreira de Almeida revista e atualizada), ele tratou desse assunto talvez mais do que qualquer outro, em suas epístolas.

Ele encarava o sofrimento, e ensinou isso em seus textos, como algo bom. Algo que nos aproximava de sermos como Jesus.

E para sermos como Jesus, que enfrentou mais sofrimentos que todos nós juntos, e enfrentou o pior de todos eles, o de não ser (realmente) ouvido por Deus, seu próprio Pai; temos que enxergar o sofrimento como dádiva divina, um instrumento para crescermos. Se o sofrimento é tentação para pecarmos, Deus não permitirá que soframos além de nossas forças (I Co 10:13).

"O homem que teme o sofrimento já está sofrendo pelo que teme."
(Michel de Montaigne)

Fiquem com Jesus=)

quarta-feira, julho 09, 2008

Leite e carne espirituais



"Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições" - I Co 3:2





Estava pensando sobre esse famoso texto das escrituras um dia desses. É bem claro que leite espiritual significa as bases da fé, o início da caminhada cristã e a carne (alimento sólido) significa mais aprofundamento, mais entendimento.

Mas analisando a maioria de meus amigos, os teólogos que eu leio, e a minha própria vida, tive um vislumbre sobre algo diferente a respeito desse versículo. Todos (ok, 99,9%, não devemos generalizar) passaram por um momento de "legalismo" no início da fé. É como dirigir um carro. Em suas primeiras aulas de auto-escola você se preocupa mto mais com a teecnica do que com o trânsito em si. O instrutor tem que te alertar a todo tempo. Ou seja, é como se no inicio, ficássemos preocupados apenas em seguir as liturgias cristãs, as doutrinas que aprendemos (certas ou não, é outra questão). Ao avançarmos na fé, como no trânsito, passamos a focar o cristianismo em si. Viver o cristianismo livre do engessamento teológico, livres para seguir Jesus, adaptamo-nos a seguir as liturgias e doutrinas automaticamente, não precisamos mais viver por elas. E ao passar do tempo selecionamos aquilo que achamos correto ou não, se vivemos de acordo com a Bíblia.

O que me entristece é saber que, muitas vezes, o número de crianças espirituais só aumenta, e daí os pastores só oferecem leite espiritual, o que leva a aumentar ainda mais o número de crianças espirituais. É um ciclo perigoso. E na falta de carne, até mesmo os adultos se alimentam de leite.

Mas que eles gostariam de um bom churrasco, isso gostariam.


terça-feira, julho 08, 2008

Jesus ama os homossexuais


Discutir sobre homossexualismo é extremamente polêmico, mas esse texto está no rascunho há muito tempo (desde os tempos em que o blog chamava-se Menininha), e resolvi publicá-lo.

Jesus ama os homossexuais. Hoje em dia, parece que o homossexualismo virou a nova blasfêmia, o pecado imperdoável. Os homossexuais não tem direito ao arrependimento. Mas Jesus morreu por eles também. Assim como morreu pelos imorais, idólatras, adúlteros, ladrões, avarentos, alcoólatras, mentirosos e trapaceiros (I Co 6:9,10). Morreu por cada um de nós, pois todos somos pecadores (Rm 3:23).

Em 23 de Agosto de 2006, a coluna “Triunfo à tolerância”, de André Petry, na revista Veja, me fez pensar mais sobre o assunto. Alguns trechos: “o casamento homossexual é uma realidade no Canadá em alguns países da Europa, inclusive na católica Espanha, e será uma realidade no Brasil- mais cedo ou mais tarde. Trata-se de um avanço inevitável, como aconteceu com o divórcio ou o tabu da virgindade.” “ (...) ajude a desbloquear a legalização do casamento gay. Faria bem ao país. Ensinaria, aos socialmente conservadores, aos religiosos que identifiquem liberdade sexual como sinal do apocalipse, que a legalização é apenas uma reverência à diversidade e um triunfo da tolerância. Não faz mal a ninguém.”


Um fato é que o projeto de lei 122/2006 pode tornar parte desse trecho realidade. Pode ser que não dê em nada, mas se der vai ser um tanto quanto complicado. Postagens como essa poderiam me levar à prisão. Acho um absurdo. Se eu digo que não concordo com o homossexualismo, mas eu acredito que os homossexuais são pecadores que necessitam de arrependimento tanto quanto eu, tenho resguardado pela lei, meu direito de livre expressão, garantido pela constituição. Mas isso é assunto para outro dia.

A Bíblia é meu guia de vida, e, portanto, eu não me importaria de ser presa por segui-la. Desde o Antigo testamento, em Levíticos 18:22: "Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher; é repugnante", até o Novo, em Romanos 1:26-27: " Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão", Deus é claramente contra à prática do homossexualismo.

O homossexualismo, ao meu ver, e ao contrário da opinião de Petry, faz mal sim a muita gente, e não representa avanço nenhum. Faz mal às famílias deles, faz mal a eles próprios, quando não se previnem e contraem doenças (não é uma regra, mas estatisticamente, os homossexuais são uns dos mais atingidos pelas DSTS). E, para concluir porque sou contra a prática do homossexualismo, devo dizer que ele é antinatural. Se fosse uma coisa natural, como a relação entre homem e mulher, os casais de homossexuais poderiam reproduzir-se, o que não acontece.

Há diversos versículos na Bíblia em que é exposto a aversão de Deus a outros pecados. O que estou dizendo não é que devamos aceitar o homossexualismo enquanto prática, mas devemos aceitar os homossexuais, assim como aceitamos o mentiroso, o ladrão, o idólatra, uma vez arrependidos.

Jesus ama a todos, sem fazer distinção de pecados.

Temos que parar com essa bobagem de condenar os homossexuais como endemoniados, e absolver a culpa de outros pecados. Deus não faz escala de pecados. Para ele, é tudo igual.

A nossa atitude de negar os homossexuais, dizendo que todos vão para o inferno, leva às pessoas a generalizarem e condenarem não só os cristãos, como o cristianismo como um todo (Rm 2:24). Aqueles que transmitiram a mensagem de Deus com amor, só trouxeram mais homossexuais para Cristo. A não ser que tenhamos tanta raiva dos homossexuais que os queiramos realmente no inferno, essa deveria ser a nossa atitude: condenar o pecado, mas amar o pecador.

Acho que temos que pensar a respeito disso.

segunda-feira, julho 07, 2008

O diário de Lot

O começo - Parte I



" Pois, vivendo entre eles, todos os dias aquele justo se artomentava em sua alma justa por causa das maldades que via e ouvia".


Olá, meu nome é Lot. Sou uma pessoa comum, assim como você. Um jovem com sonhos, anseios, medos e tristezas. Porém, há algum tempo, ouvi falar de um conceito de justiça que mudou meu modo de agir e pensar.

O primeiro capítulo desse diário (se é que posso cahamar assim) começa numa esquina. Eu havia sido impactado por aquela mensagem a que me referi antes,e estava caminhando de volta para casa, quando vi uma moça chorando. Pela pouca roupa, suspeitei ser uma prostituta. Ainda que temeroso no início (seria o primeiro passo para mudar minha história inteira), fui conversar com ela.

Assustada, a moça, que a partir de agora chamarei de Maria, limpou as lágrimas, disse que era 30R$, e já ia se colocando de pé, quando eu a interrompi dizendo que podia permanecer sentada. Perguntei se poderia conversar com ela. Naquele momento ela olhou-me estranhamente, como se tivesse ouvido algo totalmente inédito, pelo menos vindo de um suposto cliente. Um pouco hesitante ela assentiu com a cabeça.

Então eu perguntei (a partir de agora, quando eu utilizar diálogos, M significa Maria e L significa Lot):

L: Porque você está chorando?
M: Porque você quer saber? Eu já disse que o programa é 30R$.
L: Calma! Eu só quero saber se posso ajudar com alguma coisa.
M: Ajudar? AJUDAR? (acho que nesse momento as colegas de Maria olharam muito bravas para mim, fiquei pensando se tinha sido a melhor escolha, sentar ali com Maria). Como você poderia me ajudar? Toda noite eu bato ponto aqui. Já atendi homens casados, com filhos, jovens que terminaram o namoro - ou não - solteiros, bêbados, drogados. Esses dois últimos nem tanto, e quando vem, costumam sair me devendo, eu evito atender esse tipo de gente (nesse momento as colegas de Maria - ainda bem - não pensavam em me bater mais, e cada uma tinha ido, ahn, digamos, trabalhar). Numa dessas, um pai de família, um empresário muito bem de vida, que sempre que brigava vinha me procurar, me engravidou.

Ela se calou e olhou para mim com os olhos cheios d'água. Eu estava assustado. Primeiro, era tarde e logo minha mãe poderia me ligar. O que eu diria? "Não mamãe, pode ficar tranquila que eu já estou chegando, estou sentado numa esquina, conversando com uma prostituta". E, segundo, eu estava sentado numa esquina conversando com uma prostituta. Eu nunca tinha feito isso antes. Mas eu senti que deveria falar algo, então arrisquei:

L: Ele assumiu o filho?

Bom, claro que dava para perceber que eu era novo no negócio. Perguntar para uma prostituta se um empresário rico havia assumido um filho feito num programa de 30R$? Eu esperava um "não" bem seco, ou um tapa pela ironia da pergunta, ou qualquer outra coisa, mas a resposta dela me surpreendeu:

M: Foi como se eu trabalhasse numa empresa de construção ilegal e quebrasse a perna no serviço. No contrato imaginário estaria escrito que quem paga pelos acidentes de trabalho é o próprio trabalhador, ainda que sem condições de trabalhar para arcar com isso. Foi isso, um acidente de trabalho. Só que agora eu tinha que continuar trabalhando para sustentar a mim e mais alguém.

Dessa vez, fui eu que emudeci. Acidente de trabalho numa empresa ilegal? Não sei se pela explicação dela, mas senti como se eu estivesse na pele dela naquele momento. Eu segurei as lágrimas dentro dos olhos e perguntei:

L: É por isso que está chorando?
M: Não, eu continuei trabalhando até o moleque nascer. Ganhava até mais dinheiro. Tem cliente que gosta de mulher grávida, daí paga mais. Durante o dia eu fico com o menino, e durante à noite ele dorme no barraco sozinho enquanto eu venho trabalhar. É assim desde que ele era bebê. Eu cubro ele, tranco bem o barraco, deixava a chave com a vizinha quando ele era mais novo, agora deixo com ele mesmo. Ele já tá com quatro anos.

Engoli seco ("Já" tá com quatro anos!) e continuei:

L: Então o que foi?
M: Eu engravidei de novo e - ai que frio!
L: Pega minha blusa.
M: Não, não precisa.
L: Por favor, eu insisto.
M: Tá bom. Então, eu engravidei de novo, de um drogado. Ele me pagou bem, por isso aceitei. Drogado e bêbado só se for dinheiro na hora, e muito dinheiro Quando ele ficou sabendo que eu tinha engravidado ele me ameaçou, e ameaçou meu filho. Eu resolvi tirar.
L: Tirar?
M: É, tirar o menino, abortar. Eu resolvi tirar, eu já tava de cinco meses quando ele descobriu. Eu quase morri, mas estou aqui trabalhando de novo. Mas eu não...

Maria começou a chorar novamente. Eu não sabia o que dizer, então a abracei. Ela chorou mais ainda - o que me levou a pensar que eu tivesse feito algo errado - mas logo ela se acalmou e continuou:

M: ... eu não consigo esquecer que eu tirei uma vida. Eu matei alguém. E ia ser meu filho. E o drogado ainda ameaça meu menino e eu. Falou com o chefe que eu tenho que parar de trabalhar aqui, senão ele mata o menino. Eu vou embora, mas vou morrer de fome. Eu e o menino.
L: Mas...ahn...porque você veio hoje?
M: Isso foi hoje, foi agora. Foi agora que aquele drogado veio aqui me ameaçar.

Olhamos um para o outro e fomos correndo para o morro onde Maria vivia com o filho. Queríamos saber se ele estava bem. A essa altura do campeonato, se minha mãe ligasse eu nem me importaria mais em dizer que estava no morro, resolvendo o problema de uma prostituta. "Eu te explico quando chegar", eu diria. O importante era saber como estava o filho de Maria, que ficará conhecido como Tiago.

Chegando lá o pequeno Tiago estava muito bem. Aliás, quase bem, porque ele se assustou em ver a mãe assustada, e comigo do lado. Ela pegou o menino no colo e me disse:

M: Olha, eu nem te conheço, nem sei seu nome, mas se você me ajudar a sair daqui eu te passo o dinheiro da semana inteira.
L: Vamos, você vai comigo. Mas não quero que me pague nada. Você precisa desse dinheiro.

Maria pensou em deixar um bilhete para a vizinha, mas, dadas às circunstâncias, achou que era mais seguro para todos apenas ir embora.

Ao chegar em casa, eu abri a porta e minha mãe me esperava na sala. Ela não teve tempo de me xingar, pois logo em seguida entrou Maria. Peguei um pijama da minha mãe, entreguei para Maria e falei para ela tomar um banho, e dar um banho no pequeno Tiago também. Ela estava muito constrangida, mas estava muito cansada também. Logo após o banho ela e Tiago adormeceram.

Expliquei (tremendo de medo) tudo para minha mãe, inclusive do que tinha acontecido antes de me encontrar com Maria. Ela pegou minhas mãos, olhou nos meus olhos e disse: "Eu te amo! Você deve estar cansado, vá dormir". E foi o que eu fiz.

Continua...

sábado, julho 05, 2008

LDU é campeão da Libertadores

Como boa São Paulina que sou, torci secretamente para a derrota do Fluminense na final da Libertadores. Afinal, queria muito ser novamente campeã da taça, mas o Fluminense impediu esse momento. Os brasileiros deveriam ter se juntado e torcido para o São Paulo contra o Fluminense, afinal, o meu time ser campeão novamente ia aumentar o status do futebol do Brasil, que anda lá embaixo ultimamente.

Achei que ia ficar muito feliz com a derrota, mas no fundo no fundo descobri que meu coração de brasileira queria que o Fluminense ganhasse. Acabei ficando decepcionada. Decepcionada comigo, por ter torcido contra por vingança, e com o Fluminense, que nem conseguiu salvar a honra do Brasil após o fiasco do empate com a Argentina aqui mesmo, em BH.
A vida é assim mesmo. Às vezes a gente ganha, às vezes a gente perde...

quinta-feira, junho 26, 2008

Sabendo a razão da nossa fé

"Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês" - I Pe 3:15b

Esse é um versículo relativamente conhecido da Bíblia, que nos fala de sabermos explicar a nossa fé. Não simplesmente crer, sem pensar. Isso é muito importante para todos nós cristãos. Algo fundamental para nossa fé.

Entretanto, como todo versículo fora de contexto, este também pode causar algumas confusões. Podemos responder a razão da nossa fé com a mesma agressividade com que alguns vem nos abordar. Sabe-se que o movimento evangélico hoje passa por crises, e que, portanto, algumas críticas deveriam ser aceitas por nós e convertidas em mudanças, mas não é esse o ponto que quero abordar nessa postagem. Vamos ver esse versículo completo, e em contexto com o versículo 16:

"Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias" - I Pe 3:15,16

Com esse trecho completo, podemos entender de forma mais ampla o seu significado. Para começar, o trecho fala de primeiro santificar Cristo como Senhor em nossos corações. Antes de buscar argumentos para responder ao orgulho ferido, às duras críticas de qualquer pessoa ao cristianismo, devemos nós mesmos santificar Jesus em nossos corações, ou seja, devemos acreditar que Ele é o único Senhor, que Ele é nosso salvador. Antes de tudo, Ele deve ser mais que tudo nas nossas vidas.

A seguir vem o texto que a maioria de nós conhecemos. Devemos saber responder quando nos pedirem a razão da nossa fé. Vejam que a palavra utilizada é razão, o que nos leva a estudar e saber os preceitos básicos da nossa fé. Sabemos de onde o cristianismo surgiu? Porque Jesus teve que morrer? Deus deixou de ser justo quando entregou Jesus, inocente, para morrer pelos pecados de todos nós, pecadores? Deus deixa de ser amável quando diz que o juízo virá? Entre outras tantas questões, sabemos responder a essas simples perguntas?

Mas logo depois, vem algo muito pouco falado, mas que está em seqüência no texto: "Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias".

Muitas vezes nos sentimos ofendidos pelas questões que as pessoas nos fazem, e as respondemos com agressividade. Ou se elas vem com agressividade criticar algo, nós rebatemos com a mesma moeda. Mas não é isso que a Bíblia nos orienta a fazer. Jesus mesmo disse, que se alguém nos ferir na face direita, devemos oferecer também a outra. Porque aqui seria diferente? Nós devemos responder com calma,com respeito e com os argumentos que nós temos e, se não soubermos a resposta, devemos humildemente reconhecer essa falta de conhecimento, e nos propormos a buscar a informação questionada. Fazendo isso, nossa consciência fica limpa, e nós seguimos a vontade de Deus para nossas vidas. Quem sabe se a pessoa que nos fez a pergunta enxergue o cristianismo com essa nossa simples atitude?

Eu me proponho a tentar.

Fiquem com Jesus=)

segunda-feira, maio 12, 2008

O cérebro não pode ser esquecido


A minha professora de Afasia* repete insistentemente: "alguns fonoaudiólogos trabalham a fala, a linguagem, a audição, trabalham a língua, os músculos, mas se esquecem que por trás disso tem um cérebro que comanda tudo".


Reconhecer o cérebro como comandante central das funções do corpo é tão importante quanto reconhecer que Deus é o comandante central do mundo (acho que este último é até mais importante, é fundamental) .

As pessoas pensam na vida, lutam por um emprego, sofrem com a violência, criam os filhos, estudam o dia inteiro, trabalham o dia inteiro, se divertem, e se esquecem de Deus. Só se lembram dele quando querem algum favor, ou quando algum trágico acontece, nesse último caso para culpá-lo dos problemas do mundo.

Toda essa desgraça que o mundo atual vive - violência, miséria, fome - provêm do pecado do ser humano.

Deus sofre tanto ou mais do que nós quando ele vê situações como o tão falado "Caso Isabella". Mas Ele ainda está no controle de tudo. Se o mundo ainda existe, é pela misericórdia dEle, porque se a situação é crítica com Ele no comando, seria infinitamente pior sem Ele. É o que as pessoas que não recebem Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas enfrentarão no inferno.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” – João 3:16-18


* A afasia é uma deterioração da função da linguagem depois de ter sido adquirida de maneira normal e sem déficit intelectual correlativo. Caracteriza-se por dificuldade em nomear pessoas e objetos. Pode haver um comprometimento grave da linguagem escrita e falada e da repetição da linguagem. No extremo pode levar a mutismo ou a um padrão deteriorado de fala. O clínico especialista no terapia com pacientes afásicos é o fonoaudiólogo.

Veja mais em

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...