quarta-feira, dezembro 31, 2014

Sobre perspectivas e compreensão


Eu já falei aqui sobre o quanto meu ano foi fantástico, um dos melhores até hoje na minha vida. Mas vi alguns posts de amigos no Facebook onde relataram que 2014 foi um dos piores anos da vida deles.

No meu ponto de vista, o Brasil teve um ano péssimo, a presidente eleita para mim foi a pior escolha, escândalos eclodem a cada segundo, e até no futebol fomos humilhados. Mas os estrangeiros elogiaram muito a Copa do Mundo, evento o qual todos tínhamos um enorme medo de ser um fracasso.

O fato é que bom e ruim são conceitos relativos, subjetivos, extremamente pessoais. E, claro, circunstâncias diferentes trazem percepções diferentes, assim como experiências de vida e personalidade diferentes trazem uma perspectiva diferente.

Fico pensando que os anos de 2006 a 2012 com certeza foram anos excelentes para muitas pessoas, mesmo tendo sido o pior período que já vivi. O fato de 2013 e 2014 terem sido diferentes não pode me tornar cega ao fato de que foram anos ruins para outras pessoas.

Tendemos a generalizar as nossas experiências como a experiência de todos, e isso leva ao risco da incompreensão. Vi tantas coisas boas acontecerem comigo nos últimos dois anos que poderia simplesmente achar que, aqueles que não passaram pelo mesmo, estão sendo exagerados e sentimentalistas demais. Por que eu acho isso? Porque me lembro de gente torcendo para que o ano seguinte fosse tão bom quanto o anterior (nada de errado nisso), e julgando pessoas que sofreram muito no mesmo período de tempo.

Desejo um feliz 2015 a todos, melhor do que 2014 (tenha sido ele maravilhoso, ou não). Que a graça de Deus nos proporcione sorrisos mesmo nos dias mais escuros.

Até mais!

terça-feira, dezembro 30, 2014

Promessas de ano novo


Promessas de ano novo são, muitas vezes, motivo de piada. Quase ninguém cumpre o que planejou, e os planos se adiam para o ano seguinte. 

2014 foi um ano pouco produtivo aqui no blog, mas um ano de muitas realizações na minha vida - incluindo os planos de 2013 (que, na verdade, não eram muitos). 

Parte do problema está no fato de que incluímos sonhos nesses planos. Claro que muitos sonhos dependem de nossa atitude para serem realizados, mas diversas vezes vários outros fatores interferem para que eles não aconteçam - está além da nossa força de vontade.

Outra parte do problema é que adoramos procrastinar. E esses planos acabam sendo o "segunda-feira" em relação aos anos. Dizemos que vamos começar determinada coisa, mas nunca começamos. Temos que lembrar que o amanhã pode nunca chegar, e viver o hoje com a máxima intensidade que conseguirmos. 

A nós cristãos, devemos lembrar que podemos fazer planos, podemos sonhar, mas Ele nos dará a resposta final. Ele cuida do nosso futuro, podemos ficar tranquilos.

Para não me decepcionar, reduzi os planos de 2012 para 2013. E em 2013 estava tão extasiada com tudo que aconteceu, que simplesmente nem pensei em planejar nada para 2014. 

Ano que vem tenho alguns planos, importantíssimos para o rumo do resto da minha vida. Até porque estou agora reconstruindo e resgatando a vida que deixei para trás quando fui para os Estados Unidos. 

Espero que consiga cumpri-los com a mesma eficiência dos anos anteriores, mas sei que outros fatores interferem. Seja o resultado que for, sei que uma coisa não mudará - Deus continuará me surpreendendo com sua graça maravilhosa.

E que venha o ano novo!!

quinta-feira, dezembro 18, 2014

7 anos de Saudade



Dia 15, completou sete anos o seu aniversário de partida. E hoje o senhor faria 87 anos. Sinto saudades, vô.

Eu sei que estou escrevendo esse texto para mim mesma, mas eu só queria falar como se estivesse falando com você assim mesmo.

Demorei alguns anos para voltar a olhar lá para baixo de novo. Esses dias me peguei olhando para sua casa à toa, só me lembrando de coisas, tantas coisas. Quantas pessoas na Terra tem o privilégio de ter um avô tão fantástico igual a você? Bom, igual a você só quatro pessoas mesmo, porque nossa família é pequenininha.

Aprendi muito com você, vô. Em vida, você me fez ser sempre grata, e após sua partida aprendi muita coisa também. Você me ensina, mesmo não me contando mais histórias.

Seu menino cresceu, viu vô? Formou no Ensino Médio já, acredita? Queria que você estivesse vivo só para ouvir você falar: "ah, até lá já morri", quando ele contasse dos planos de faculdade. Queria que essa frase que você sempre dizia não fosse verdade agora.

Queria também saber o que o senhor acharia de eu namorar, noivar...e casar daqui a pouco tempo. Será que ficaria com ciúmes? Tenho certeza que o Gi se sentaria no sofá e teria longas conversas com o senhor.

O Jônata aprendeu a fazer costelinhas também, herança genética? A dele é dessas tipo de restaurante, não é igual a sua não, mas é muito gostosa também.

A sua falta ainda dói, embora não da mesma maneira que antes. A vida segue sem o senhor, mas seria melhor que estivesse aqui.


terça-feira, dezembro 16, 2014

Graça Para Quem?

"Tendo Jesus voltado de barco para a outra margem, uma grande multidão se reuniu ao seu redor, enquanto ele estava à beira do mar. Então chegou ali um dos dirigentes da sinagoga, chamado Jairo. Vendo Jesus, prostrou-se aos seus pés e lhe implorou insistentemente: 'Minha filhinha está morrendo! Vem, por favor, e impõe as mãos sobre ela, para que seja curada e viva'. Jesus foi com ele. Uma grande multidão o seguia e o comprimia." - Marcos 5:21-24

Como é difícil tolerar fariseus! Eles podem aprender a viver pela graça, mas preferem ficar confortáveis seguindo as regras humanas que inventaram. É tão mais fácil se limitar por regras do que se arriscar na liberdade da graça!

Fico imaginando o quanto deve ter sido difícil para Jesus - além de ter que viver no limitado corpo humano, restrito tempo terráqueo, ainda tinha que ver a ignorância e teimosia do ser humano.

Seria um trabalho muito mais fácil chegar aqui e mostrar que as coisas só dão certo quando O seguimos. Ele poderia ter operado milagres apenas entre aqueles que afirmaram lealdade a Ele. Poderia ter feito a vida deles um mar de rosas, ao contrário de todos os outros.

Mas Jesus conhece os humanos, esses seres confusos e amedrontados. Bastava ameaçar a integridade física deles que logo mudavam de ideia e diziam não conhecer esse tal de Cristo. Basta não ser confortável que muitos desistem. E Ele sabe disso!!

Ainda assim, um líder dos fariseus - aqueles que queriam matá-lo - aproxima-se dele pedindo ajuda. A sua garotinha está morrendo e não importa o que ele foi ensinado, o seu status, as consequências. Ele ouviu falar que Jesus curou pessoas doentes. E sua menininha está morrendo. Sua última chance é ir atrás de Jesus.

E Jesus, o misericordioso Deus, Ele não quer saber o que Jairo tinha feito no passado. Jesus vê apenas um pai em profunda dor e desespero. Sem perguntas, Ele simplesmente acompanha o homem. Ele o ensina a não ter pressa, tem mais gente necessitada no caminho. Ele o ensina a esquecer a lógica, ainda que todos venham a rir de tão inocente fé.

O homem, Jairo, não sei o que se passava em sua cabeça. No caminho, será que pensou em desistir? Não seria errado negar tudo aquilo em que ele acreditava, trair sua fé? Como reunir forçar para acreditar em Jesus, mesmo após a notícia de algo irreversível, a morte? Poderia Ele fazer até isso? Ele prosseguiu, porém. Jesus sabia o que Jairo pensava, mas não disse nada. Nada precisava ser dito.

Ele curou a pequena menina, a ressuscitou. Logo depois, não houve uma intensa discussão teológica sobre o fato de os fariseus serem uns hipócritas. Jesus apenas pediu silêncio. Era a sua chance de provar aos fariseus como ele era bom, mas preferiu o silêncio. 

Eu tenho muito a aprender sobre a graça, talvez até mais do que os fariseus.

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Carta para mim aos 5 anos (2)



Sabe, Dani, as pessoas crescem, isso é inevitável. E daí quando você cresce, se fizer tudo direitinho, pode ser que tenha a honra de ter amigos que são crianças.

Afinal, você sabe, não é qualquer adulto que mereça isso. A maioria deles é chata e entediante. Mas sempre tem aquele adulto legal que deu um jeito de continuar inteligente e interessante, além de divertido, apesar de adulto.

Mas, deixa eu te contar uma coisa, as crianças crescem. E, se já não fosse difícil passar por isso enquanto criança, é mais ainda quando se é um adulto.

Eu sei que é muita pretensão dizer que eu sou um desses adultos legais, mas você sabe o quanto se esforça para não crescer, não é? Então imagino que sou um desses. Tenho um número considerável de amigos crianças.

Mas, você vê? Eles crescem. E chega uma hora em que você é deixada de lado, porque criança esperta sabe que amigo bom mesmo é criança (ou porque as crianças crescem e já são adultas também...mas ainda não cheguei nessa fase). 

Às vezes eles ainda têm um carinho por nós, e sempre vão gostar de você, mas não é a mesma coisa. É um carinho que você sente por aquele ancião que era legal com você, ao contrário dos outros adultos.

E, por isso, devemos nos acostumar com esse ciclo maluco da vida. Até porque ser aquela tia legal nem é tão chato quanto parece. E porque sempre haverá a chance de brincar com novas crianças.

Atenciosamente,

Dani, você mesma, 26 anos, em dezembro de 2014

segunda-feira, dezembro 08, 2014

2014, ano de fins e (re)começos.


Hora daquela tradicional retrospectiva de fim de ano aqui. Apesar dos apenas quatro posts (cinco com esse - nunca antes publiquei tão pouco), nem chego perto de desistir desse meu cantinho aqui. Pode estar meio empoeirado, ter sido aparentemente substituído por outros, mas nunca nenhum ocupará o lugar do Trintaetrês. Aliás, publiquei pouco aqui, mas escrevi muito, terminei de escrever meu livro e já estou no processo final de edição.

Enfim...que ano intenso!!

Nessa época no ano passado realizei o sonho mais louco da minha vida. Só acredito que foi de verdade porque tenho fotos e provas escritas para comprovar.

E, apesar disso, esse ano melhorou mais ainda. Realizei meu sonho de visitar Nova York (e revi o Philip), fui à Washington DC também, Filadélfia, muitas cidadezinhas da Pensilvânia e Maryland...vivi intensamente essa minha experiência louca na América do Norte.

Tudo de lá vai ficar na minha memória para sempre, porque foi a coisa mais incrível que vivi até agora. Sei que virão dias ainda mais fantásticos, mas, até lá, as lembranças desse 2013/2014 certamente ocuparão um posto bem alto de coisas maravilhosas da minha vida.

E, de tudo que foi incrível, eu ter ganho uma nova família, bem longe da minha família original - foi realmente o ponto alto. Todos os dias desde que voltei para a terrinha sinto saudade dos meus gringos. Acho que essa saudade nunca passará, assim como nunca passava a saudade do povo aqui do Brasil.

Voltei e, graças a Deus, as coisas parecem estar se acertando pra Gi e eu. Nesses poucos mais de dois meses eu fui a shows, viajei, comi comida brasileira (mineira!), curti minha família e amigos, tudo na mesma intensidade que vivi lá nos EUA. Sei que essa empolgação não vai durar para sempre, mas não ligo. Estou curtindo cada segundo nessa volta para casa.

Se ano passado eu voltei a acreditar em sonhos malucos e impossíveis, esse ano aprendi a colocar coisas em prática. A fazer acontecer planos de anos e anos que eu deixava na gaveta por medo.

Deus, obrigada por 2014. Que 2015 seja ainda melhor (e vocês não têm ideia do quanto é bom desejar que um ano seja ainda melhor, depois de tantos e tantos anos tão difíceis)!

Bjim!

quinta-feira, dezembro 04, 2014

Novos Projetos


O Trintaetrês surgiu como "Menininha" nos longínquos 2006. De lá para cá, muita coisa mudou no blog, e também comecei com novos projetos. 

Vieram histórias diferentes, por aqui, e linhas diferentes, em outros blogs. Admito que não sou a melhor no quesito manutenção de projetos, mas, graças a Deus, estou num emprego que me permite organizar minha paixão - escrever - com muito mais dedicação. 

Não estou divulgando isso em lugar nenhum, apenas para vocês, leitores do Blog. Aliás, esse post nem terá divulgação no Facebook, porque estou testando a mim mesma para ver se consigo manter tantos projetos paralelamente.

O Trintaetrês, obviamente, vocês já conhecem. Ele continuará a ser meu "carro-chefe", lugar onde publico minhas reflexões espirituais, falo sobre futebol, publico os raros poemas que escrevo, etc.

O Blog de Casamento está passando por reformulações. Além dos posts de dicas de cerimônia e recepção, também terei posts sobre decoração de casa e sobre vida de casados, além de criação de filhos.

O Porta-Histórias de Sofia voltará a ter mais posts. Sofia resolveu falar mais.

Agora, os dois projetos novos:

Crônicas do Coletivo, aquela série que comecei aqui, vai virar blog independente, um pouquinho diferente dos posts da série, porém. Começarei a fazer uns experimentos sociais e vamos ver no que dá.

Naquele Livro da Estante vai ter resenhas de livros e eventos literários, além de crônicas minhas sobre o ato de escrever.

Estou torcendo para que dê tudo certo, torçam comigo =)

Bjim!

Dani

Veja mais em

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