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quinta-feira, janeiro 08, 2015

Somos Iguais



É muito fácil criticar os muçulmanos, especialmente após um ataque como o de ontem. Mas todo fanatismo é errado, e não podemos julgar o grande número dos seguidores do Islã por atos de um ou mais grupos terroristas. O que ocorreu, foi, antes de mais nada, um crime horroroso.

Mas, assim como muçulmanos choram pela deturpação da mensagem de Maomé, cristãos choram quando outros companheiros de fé fazem o mesmo.

Nós somos iguais, quando pregamos o ódio ao invés do amor;

Somos iguais, quando preferimos condenar a acolher;

Somos iguais, quando estabelecemos regras que se sobressaem à essência da mensagem;

Somos iguais, quando pessoas morrem por medo do julgamento, ao invés de encontrarem esperança;

Somos iguais, quando julgamos uma pessoa por seu gênero;

Somos iguais, quando fechamos as nossas mentes;

Somos iguais, quando não sabemos mais rir de piadas sem nos ofendermos.

Que sejamos iguais também na dedicação e zelo, assim como na sinceridade da fé.

E a todos nós, cristãos, oremos para que Deus console o coração dos familiares das vítimas. Deixemos os julgamentos de lados e aprendamos, também, com exemplos de outros, nem que seja para fazermos exatamente o contrário.

#JeSuisCharlie

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Anotações de "Alma sobrevivente - sou cristão apesar da igreja"

O Philip sempre me surpreende. Como falei ontem, depois de Maravilhosa Graça, esse é seu melhor livro. Absolutamente fantástico. E deixo as frases falarem por mim.



Philip Yancey

"Às vezes sinto-me a pessoa mais liberal no meio dos conservadores e, em outros momentos, o mais conservador entre os liberais." - p. 6

"Se o evangelho é considerado uma eucatástrofe - palavra usada por J. R.R. Tolkien para uma coisa espetacularmente boa que acontece a alguém terrivelmente ruim -, por que tão poucas pessoas recebem essas notícias como sendo realmente boas?" - p. 6,7

"Tornei-me escritor por causa do meu próprio encontro com o poder das palavras, porque percebi que palavras estragadas e distanciadas de seu sentido original poderiam ser recuperadas." - p. 8

"'amamos os homens não porque gostamos deles, nem porque seus modos nos atraem, nem mesmo porque eles possuem algum tipo de fagulha divina. Amamos todos os homens porque Deus os ama.'" - Martin Luther King, citado na p. 31

"Como King costumava dizer, a presença de injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar." - p. 31

"Nem sempre a Igreja entende - e pode levar séculos ou milênios para que seus olhos sejam abertos. Porém, quando isso acontece, o amor e o perdão do próprio Deus fluem como um rio de águas vivas." - p. 43

"' um jovem que deseja permanecer ateu convicto não pode ser muito cuidadoso com sua leitura'" - C.S. Lewis, citado na p. 46

"Comecei a ver Deus mais como um médico que prescreve mudanças de atitude para o bem de minha saúde do que como um juiz austero, que balança seu dedo diante da minha teimosia." - p. 47

"Não deveríamos começar com o mais óbvio fato da existência - de que, seja lá quem for o responsável [pela existência da Terra e de tudo que há nela], ele é um ardente e incomparável artista diante de quem qualquer feito ou criatividade humana mingua como se fosse um rabisco de criança?" - p. 51

"A humanidade caída está neste estado. As boas coisas que existem na terra, como o mundo natural, a beleza, o amor e a alegria, ainda possuem traços de seu propósito original, mas a amnésia desfigura a imagem de Deus em nós." - p 54

"Podemos ter poucas pistas sobre os segredos da realidade, mas que magníficas pistas são essas!" - p. 55

"Para Chesterton, e também para mim, os enigmas de Deus provaram ser mais satisfatórios do que as respostas propostas sem Deus." - p. 55

"Deus responde a Jó com mais perguntas, como se dissesse que a verdade da existência está muito além do alcance de nossa compreensão. Fomos deixados aqui com vestígios do plano original de Deus e com a liberdade, sempre e liberdade, de jogarmos nossas sorte, apostando em Deus ou contra ele." p . 56

"Momentos de prazer são restos de um naufrágio jogados na praia, pedaços do Paraíso que resistiram ao tempo. Devemos nos ater a essas relíquias, sem muito apego, e usá-las com gratidão e prudência, nunca utilizá-la como rótulos." - p. 57

"O maior triunfo do mal pode ser  seu sucesso em retratar a religião como uma inimiga do prazer, quando, na verdade, a religião aponta para sua fonte: todas as coisas boas e agradáveis são invenção do Criador, que doou liberadamente esses presentes ao mundo." - p. 58

"Na verdade, disse ele [Chesterton] , um dos mais fortes argumentos em favor do cristianismo é o fracasso dos cristãos, os quais, em última instância, provam o que a Bíblia ensina sobre a Queda e o pecado original." - p. 61

"Em contraste [a outras religiões], o cristianismo tem tradicionalmente respondido [ao problema da dor] com o paradoxo apresentado por Jesus: devemos confiar na bondade de Deus, a despeito do sofrimento e da injustiça que vemos ao nosso redor, e, ainda assim, fazer tudo que estiver ao nosso alcance para aliviar esse sofrimento enquanto vivemos nesta terra." - p. 83

"A natureza refuta os céticos e a razão confunde os dogmáticos." - Pascal, citado na p. 100

"Como é que nós, os privilegiados [que têm habilidade para ler e recursos para comprar um livro] agimos como mordomos da graça que recebemos? Podemos começar, conforme dito por Coles, tirando os rótulos que tão imprudentemente colocamos naqueles que são diferentes de nós. Podemos começar buscando uma comunidade que valoriza a compaixão pelos fracos, um instinto que o privilégio tende a suprimir. Podemos começar com humildade, gratidão e reverência, e então prosseguir orando sem cessar pelo maior dos dons, o amor." - p. 114

"Andamos numa corda bamba, oscilando entre a melancolia e a perda de fé, por um lado, e a tentação de se dar muita importância ou valor, por outro. Os dois extremos levam ao pecado." - Dr. Robert Coles, citado na p. 122

"Se conheço o caminho de casa e ando por ele embriagado, o caminho não deixa de ser certo simplesmente porque ando por ele cambaleante." - Tolstoi, citado na p. 137

"Além do mais, se alguém me provasse que Cristo está fora da verdade, preferiria estar com Cristo a permanecer com a verdade." - Dostoiévski, citado na p. 143

"Em um mundo regido pela Lei, a graça se levanta como um sinal de contradição. Queremos justiça; o evangelho nos dá um homem inocente pregado numa cruz, que clama: 'Pai, perdoa-lhes'. Queremos respeitabilidade, o evangelho exalta coletores de impostos, pródigos e samaritanos. Queremos sucesso; o evangelho inverte os termos, movendo o pobre e o oprimido para o centro das atenções e os ricos e famosos para os bastidores." - p. 146

"Aprendi que seguir a Jesus não significa resolver todos os problemas humanos - o próprio Cristo não tentou fazer isto -, mas, ao contrário, reagir como ele mesmo fez, contra toda a razão para dispensar graça e amor àqueles que menos mereciam." - p. 149

"Só existe uma maneira de todos nós resolvermos a tensão entre os altos ideais do evangelho e a triste realidade de todos nós: aceitar que nunca estaremos à altura, mas que também não temos de estar nesse patamar." - p. 151

"Deus nos ama não por aquilo que somos ou que fizemos, mas por aquilo que Deus é. A graça flui para todos aqueles que a aceitam (...). A graça é absoluta e abrange todas as coisas." - p. 152

"Quando um som está muito alto, às vezes é mais fácil discerni-lo por meio de seu eco." - p. 155

"A violência brutaliza e divide: ela jamais reconcilia." - p. 162

"Por intermédio de Gandhi, pude ver que além de fundar uma Igreja, Jesus introduziu uma corrente de autoridade moral que liberta os cativos, alivia os oprimidos e despreza um mundo violento e competitivo. Essa corrente flui quer a Igreja se junte a ela ou opte por permanecer nos bancos." - p. 180

"Não se faz bem algum em citar passagens bíblicas a pessoas que não reverenciam a Bíblia, ou usar a justiça do Senhor para intimidar pessoas que não creem. Existe uma maneira melhor de se comunicar, conforme Koop demonstrou." - p. 208

"Apesar de os cristãos terem a obrigação de seguir os mandamentos de Deus, isto não quer dizer que devemos automaticamente transformar esses mandamentos morais em leis a serem cumpridas pelo Estado." - p. 209

"O evangelho apresenta tanto altos ideais quanto graça abrangente. Com muita frequência, porém, a Igreja inclina-se para uma ou outra direção. Ela tanto diminui os ideais, ajustando os padrões morais para baixo e amaciando os fortes mandamentos de Jesus e racionalizando o comportamento, quanto reduz as fronteiras da graça, considerando alguns pecados piores que outros e alguns pecadores inaceitáveis." - p. 212

"A única esperança para qualquer um de nós, independentemente de nossos pecados particulares, reside na inabalável confiança num Deus que inexplicavelmente ama pecadores, inclusive aqueles que pecam de maneiras diferentes das nossas." - p. 212

"Para aprender como Deus vê o sofrimento neste planeta, precisamos apenas olhar para a face de Jesus nos momentos em que ele se move entre os paralíticos, as viúvas e os leprosos." - p. 225

"(...) a catástrofe reúne a vítima e o espectador num chamado ao arrependimento, relembrando abruptamente sobre a brevidade da vida." - p. 228

"Os livros cristãos geralmente são escritos a partir da perspectiva da luz do dia, exterior ao túnel. Cercado de luz, o autor se esquece da profunda escuridão do interior do túnel por onde muitos leitores caminham." - p. 247

"É assim, de maneira ambíguas, difíceis de compreender e sujeitas a diferentes interpretações, que Deus molda nossa vida." - p. 263

"Onde não houve espaço para a dúvida, também não haverá espaço para a fé." - p. 263

"Embora passe a vida à busca de Deus, com frequência sinto que Deus está na próxima curva do caminho, ali atrás da próxima árvore na floresta. Continuo andando porque gosto de onde a jornada me levou até agora, pois outros caminhos parecem ainda mais problemáticos do que o meu próprio e porque anseio pela conclusão do plano. Conheço pouco das tragédias da vida. Provei de sua comédia. Continuo andando porque creio no conto de fadas de que um Deus forte e sábio o suficiente para criar um mundo marcado por tal beleza e bondade será fiel em restaurar sua aparência original. Com Buechner, eu coloco minhas fichas na firme promessa de Deus de que, no final, tudo sairá bem." - p. 264

"Isto é tudo que qualquer escritor pode oferecer, especialmente um escritor da fé: uma perspectiva única da Criação, um ponto de vista visível somente do lugar onde ele está." - p. 272

"Não pude encontrar qualquer incentivo ao sucesso ou à superioridade no convite de Jesus. A graça, assim como a água, corre para as partes mais baixas." - p. 290

"A graça de Deus vem como um presente gratuito, mas somente aquele que estiver com os braços abertos poderá recebê-la." - p. 316

Que a graça nos inspire =D


sexta-feira, outubro 28, 2011

Uma pequena conversa sobre arrependimento

"Ele fez o que era mau diante do Senhor, como seu pai Manassés. Amom sacrificou a todas as imagens esculpidas que seu pai Manassés tinha feito, e as cultuou." - II Cr 33:22


Esse versículo é um alerta aos pais, pois nos lembra que os filhos aprendem mais pelos exemplos do que por palavras. Porém, como filha, sinto-me no dever de mostrar o alerta aos filhos que esse versículo também transmite.

Manassés havia pecado contra Deus, a despeito do excelente exemplo que seu pai Ezequias havia deixado. Amom seguiu o mau exemplo do pai. 

Entretanto, a história de Manassés não termina assim. Ele se voltou a Deus em arrependimento, e terminou seus dias na presença de Deus.Amom, por outro lado, preferiu seguir o mau exemplo do pai, que talvez ele nem tenha visto (Manassés reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém, e Amom se tornou rei aos 22), do que seguir seu bom exemplo.

Quantos não são assim, usam a desculpa de que se comportam mal porque seus pais foram assim?

Devemos assumir a responsabilidade por nossos atos e seguirmos os bons exemplos que nossos pais nos deram, deixando o que eles fizeram de ruim no passado. 

Afinal, se Manassés se arrependeu, o que impedia Amom de fazer o mesmo?

sexta-feira, outubro 21, 2011

Honradez

"Ele tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém. Morreu sem deixar saudades; e o sepultaram na Cidade de Davi, mas não nos túmulos dos reis." - II Cr 21:20
"Durante os dias de Joiada, os sacrifícios eram oferecidos continuamente no templo do Senhor. (...) E o sepultaram na Cidade de Davi com os reis, porque tinha feito o bem em Israel para com Deus e seu templo." - II Cr 24:14b,16


Joarão e Joiás foram reis de Judá. Joás era neto de Joarão e começou a reinar aos sete anos, enquanto Joarão começou aos trinta e dois. Joás teve um grande conselheiro, o sacerdote Joiada. Joiada orientou o rei Joás, e este fez o que era a vontade de Deus enquanto o sacerdote viveu.

Nos versículos acima temos o relato sobre o sepultamento de Joarão e Joiada. Em ambos os casos, o povo não estava sendo fiel a Deus de coração, mas, mesmo assim, sabiam honrar o homem de Deus. Joiada foi enterrado com honras de rei, Joarão não deixou saudades.

A relação do povo com Deus era bastante política, por isso vemos os reis sendo bem sucedidos ou não, de acordo com sua fidelidade a Deus.

Mas, e hoje, como podemos aprender com os exemplos de Joarão e Joiada?

Honre a Deus com atos e palavras, e até os ímpios reconhecerão Deus em você. Abandone sua fé e faça o que for bom aos seus próprios olhos, e eles reconhecerão essa perversão.

Em outras palavras, devemos viver uma vida justa e íntegra perante Deus e homens, pois a graça pode ser manifestada mesmo após a nossa morte, porque Deus e sua palavra são eternos, e nossa vida aqui pode repercutir muito além dos dias que habitarmos essa terra.

terça-feira, agosto 24, 2010

Um cristianismo relevante


"Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." - Romanos 12:1,2

Ultimamente tenho pensado muito em minha conduta enquanto cristã. Algumas perguntas vêm à minha mente e, a principal delas é o título desse texto. "O que fazer para que meu cristianismo seja relevante?", eu penso o tempo todo.

Ouço muito falar sobre um cristianismo relevante enquanto um conjunto de ideias que sejam relevantes para a sociedade. O meu objetivo nesse texto é diferente. O cristianismo É relevante para a sociedade atual. A questão é, a minha forma de viver o cristianismo tem sido relevante para o meu contexto, para a pequena porção da sociedade da qual eu faço parte?

O meu cristianismo deve ser relevante não por minha própria pessoa, porque aí não seria o verdadeiro cristianismo. Eu devo diminuir para que Cristo cresça em mim. E como Cristo crescendo em mim pode ter um impacto em alguém além de mim mesma?

Simples, se Cristo vive em mim, eu não vivo mais para mim, mas para Cristo, e o desejo dele é que todo ser humano conheça o seu amor.

Será que apenas palavras bastam?

Acredito que não. Na verdade, acredito que as palavras são uma pequena parte de algo que é muito maior. A minha conduta enquanto cristã deve ter muito mais importância, porque é o que de fato as pessoas verão em mim. De que adianta eu dizer que Cristo veio e mostrou o maior amor do mundo e Ele me alcançou, se eu não demonstro amor para com o meu próximo? Ou, de que adianta eu dizer que Cristo me trouxe a verdadeira felicidade, se eu não sou feliz de fato?

E aqui vale ressaltar que felicidade não é sinônimo de ausência de problemas. Os problemas podem - e vão - me fazer mais forte. Não por meu próprio mérito, mas porque Cristo vive em mim. Os problemas não demonstram que Cristo é fraco, pelo contrário, a minha força para encarar os problemas e para superá-los mostram o quanto Ele é forte. Nenhuma pessoa é mais bem preparada para enfrentar os problemas do que um cristão. Por sua certeza da eternidade, da salvação, ele pode encarar todo tipo de problema, pela força de Cristo.

O meu cristianismo deve ser relevante porque as pessoas com as quais eu convivo não podem sair da minha vida sem que antes tenham conhecido o amor de Deus, que mudará a vida delas por completo, para melhor.

Volto agora à minha pergunta inicial. Meu cristianismo tem sido relevante? O que de fato as pessoas têm visto em mim?

Para responder minha pergunta me vejo obrigada a rever minha conduta. Aqueles que conhecem a Cristo tem ânimo com a vida, apesar de tudo. Aqueles que conhecem a Cristo são felizes, porque encontraram a felicidade plena em Sua graça. Aqueles que conhecem a Cristo vivem em paz, porque não a procuram na resolução dos problemas sociais do mundo (ainda que isso seja importante), mas a encontram dentro deles mesmos, pela presença de Cristo em suas vidas. Aqueles que conhecem a Cristo não conseguem viver uma vida pecaminosa, não porque estão escravos de algo, mas, pelo contrário, são finalmente livres pela graça.

A resposta para minha pergunta é que o meu cristianismo somente será relevante se eu realmente tiver sido alcançada pela graça. A graça de Cristo me faz uma pessoa melhor de tal forma, que é impossível ser alcançada por ela e não transmiti-la, naturalmente, por meio de minhas palavras e ações. Ainda sou pecadora, portanto falharei muitas vezes, mas sou uma pecadora que foi alcançada pela graça e posso, por isso, viver um cristianismo que seja de fato relevante.




Fonte da imagem: Fatos em foco

quarta-feira, agosto 19, 2009

A fidelidade de Daniel

"Diante disso, os supervisores e os sátrapas procuraram motivos para acusar Daniel em sua administração governamental, mas nada conseguiram. Não puderam achar nele falta alguma, pois ele era fiel; não era desonesto, nem negligente. Finalmente esses homens disseram: 'Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele'. (...) Eles não me fizeram mal algum, pois fui considerado inocente à vista de Deus. Também contra ti não cometi mal algum, ó rei" - Dn 6:4,5,22b

A história de Daniel sempre me fascinou, desde que a ouvi pela primeira vez, na escola bíblica dominical infantil da qual eu participava.

Daniel foi um jovem exemplar, e podemos ver isso logo no início do livro que conta sua história, quando ele "não quis se contaminar com as finas iguarias do rei" (Dn 1:8). Ele continuou sendo exemplar durante sua vida toda e, por tantas qualidades, o rei planejava colocá-lo à frente de todo o império (Dn 6:3).

Duas coisas me deixam chateada nos dias de hoje, e talvez uma seja consequência da outra.

A primeira é que o livro de Daniel não é mais pregado nas igrejas. No máximo as crianças sabem superficialmente a história dos três amigos na fornalha e a história de Daniel na cova dos leões.

A segunda coisa é que, num mundo onde quem se destaca na maior parte das vezes não é o mais "fiel, não desonesto e não negligente", e sim o mais astuto e que consegue ter vantagem tirando proveito dos outros, os cristãos estão se amoldando aos padrões mundanos, ao contrário de seguirem o exemplo de Daniel.

Às vezes fico pensando se eu estivesse no lugar de Daniel. Será que os invejosos sátrapas e supervisores conseguiriam achar algum motivo para me acusar ou eu seria tão irrepreensível quanto Daniel e eles teriam que recorrer a acusações contra minha fé? E será que minha fé seria tão marcante quanto a dele?

Sinceramente admito que peco por negligência às vezes, e não tenho certeza de que minha fé possa se equiparar à de Daniel.

Toda vez que leio esse livro me sinto desafiada a melhorar, tanto na minha vida pessoal quanto na minha vida espiritual. E é por isso que fico chateada quando vejo que ele está sendo deixado de lado nas pregações contemporâneas. E é por isso também que quis compartilhar esse texto.

Para encerrar, deixo aqui um trecho da música Daniel, da banda Resgate, que resume bem o caráter de Daniel:

Se prostrar todo dia
E provar ser fiel
Ser lançado na cova
Sair ileso como Daniel

Que Deus nos dê a graça de sermos parecidos com ele.

Veja mais em

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