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sexta-feira, agosto 12, 2011

A semente que caiu em boa terra

"Mas a que caiu em boa terra são os que, ouvindo a palavra com o coração honesto e bom, conservam-na e dão fruto com perseverança." - Lc 8:15

As últimas sementes da parábola do semeador são as que caíram em boa terra.

Há duas lições a serem aprendidas com esse versículo: sob o ponto de vista do semeador, e sob o ponto de vista da última terra.

Como semeadores do evangelho não devemos desanimar quando vemos que muitas sementes que lançamos não frutificam. Quando encontrarmos a "terra certa", a "boa terra", haverá mudança de vida. Uma (ou várias) recusa ao evangelho não pode ser sinônimo de derrota em todas as outras tentativas, até porque "a palavra de Deus não volta vazia."

Como terra que foi semeada por Jesus, é interessante observarmos a parte final do versículo. Somente quando temos um coração honesto o suficiente para percebermos o quão ruim somos, podemos receber a graça de sermos considerados "bons".

E um cristão de verdade, a despeito de qualquer dificuldade, mesmo pecando às vezes, continua persistindo em frutificar, porque sabe a graça impagável que recebeu.

sexta-feira, agosto 05, 2011

As sementes à beira do caminho

"Os que estão à beira do caminho são os que ouvem; mas logo vem o Diabo e tira-lhes do coração a palavra para que não aconteça que, crendo, sejam salvos." - Lc 8:12

Imagine-se como o semeador dessa parábola. Você está indo semear com uma sacola bem cheia de sementes. O movimento que você provoca ao andar faz com que, inicialmente, uma grande quantidade de sementes caia no chão.

Assim, nesse mundo cada vez mais cético que vivemos, a parábola se mostra mais uma vez verdadeira. Quando ouvem falar de Jesus grande parte das pessoas "desliga o ouvido", ouvindo apenas superficialmente sobre o assunto, e logo que cruzam a próxima esquina se esquecem do que ouviram.

Infelizmente, devo admitir, parte disso é culpa de nós cristãos que, muitas vezes, ao invés de falarmos sobre as boas novas da graça, preferimos fazer promessas impossíveis ou falar sobre castigos ameaçadores.

De qualquer forma, o diabo se aproveita disso para que essas pessoas nem ao menos reflitam sobre o que foi dito, ou lido. Isso porque, uma vez conhecida a graça, é impossível resistir a ela.

Por isso o diabo faz com que essas pessoas continuem suas vidas invertendo prioridades, deixando suas vidas espirituais de lado, pois " o caminho mais rápido para o Inferno é aquele que é gradual - um leve declive, um caminho suave, sem curvas abruptas, sem marcações e sem placas.*"


Cabe a nós, cristãos, orarmos por essas pessoas e mostrarmos com nossas vidas que não deixamos de ter uma vida alegre e produtiva por priorizarmos Cristo, mas, pelo contrário, por termos priorizado Cristo temos uma vida plenamente alegre e produtiva.



* Trecho de Cartas de um diabo a seu aprendiz" - C.S Lewis

sexta-feira, julho 29, 2011

O desempregado agraciado

"E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos mando?" - Lc 6:46

Havia um homem desempregado que nunca deu muito valor aos estudos. Não chegou a concluir o Ensino Fundamental I e lia muito pouco, era um semi-analfabeto.

O dono de uma grande empresa (talvez a maior existente no país) passou por ele e resolveu dar-lhe o cargo mais importante da empresa abaixo dele, a despeito de suas qualificações.

O desempregado hesitou um pouco, mas por ser uma proposta irresistível (e na verdade a única possível) ele aceitou.

O dono custeou os estudos do ex-desempregado, e o treinou para suas atribuições. Transformou, inclusive, seu guarda roupa.

O agora empregado sabia que seria praticamente impossível fazer algo que pudesse pagar o favor que seu novo chefe o tinha concedido.

Um dia, porém, depois de acostumado com esse favor, o empregado resolveu fazer o que achava mais conveniente. O chefe, ao chamar a atenção do empregado, foi interrompido por ele: "Mas senhor...". Ao que o chefe lhe respondeu: "E por que me chama de senhor, se você não faz o que eu mando?"

O empregado, que naquele momento poderia ter se tornado um desempregado de novo (o que não aconteceu devido à bondade do chefe) entendeu que era impossível ser considerado praticamente o filho do dono da empresa, se não houvesse mudança de postura por parte dele.

O favor que ele recebera, sem nenhum mérito, exigia uma postura de obediência e agradecimento ao seu chefe.

sexta-feira, junho 24, 2011

As sementes que caíram entre os espinhos

"Outros ainda são os que recebem a semente entre espinhos. Estes são os que ouvem a palavra, mas as preocupações do mundo, a sedução da riqueza e o desejo por outras coisas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera" - Mc 4:18,19

                           

E cá estou eu, mais uma vez escrevendo sobre a parábola do semeador. Como já disse algumas vezes, há trechos da Bíblia que estamos cansados de ouvir e por, ao passar direto por eles em nossas leitura bíblica diária, acabamos perdendo importantes lições que Jesus tem a nos ensinar.

Todos nós, quando pensamos em espinhos, pensamos imediatamente em coisas ruins, em problemas, não é à toa que algumas traduções da Bíblia dizem que o apóstolo Paulo tinha um espinho do qual não conseguia se livrar.

Mas o interessante desse trecho é ver como Jesus interpreta esse termo na parábola do semeador. Os espinhos são as preocupações do mundo, a sedução da riqueza, o desejo por outras coisas.

Os espinhos são o instrumento de defesa de muitas plantas, como a rosa. Para podermos segurar uma nas mãos sem risco, temos que retirar os espinhos. Assim também, a beleza da palavra não pode ser experimentada por aqueles que têm o foco em outras coisas, por aqueles que não querem priorizar Deus e sua palavra em seu cotidiano.

Todos nós temos nossos espinhos (tentações) e sabemos bem quais são, assim como o apóstolo Paulo sabia. Mas cabe a nós pedir a graça de Deus para nos ajudar a superar essas dificuldades, pois é pela graça que os espinhos não crescem a ponto de nos sufocar. Pode ser que lidemos com eles a vida inteira, mas a graça de Cristo nos basta para frutificarmos.

Aqueles que se deixam dominar pelos espinhos não fruticarão, e "toda árvores que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo" (Mt 7:19).

sexta-feira, janeiro 07, 2011

As sementes que caíram entre as rochas


"Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda. Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes (...) As sementes que foram semeadas onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a aceitam logo com alegria, mas duram pouco porque não tem raíz. E, quando por causa da mensagem chegam os sofrimentos e a perseguição, elas logo abandonam a sua fé" - Mt 13:5,6;20,21

Há certos textos bíblicos que, talvez por terem sido ouvidos com frequência na infância de cristãos de longa data, são muito pouco pregados nos púlpitos de hoje em dia.

O interessante é que trechos como esses encontrados em Mateus 13 revelam verdades tão simples e ao mesmo tempo tão profundas, mas não são poucos os pregadores que preferem distorcer alguns trechos a pregar essas simples verdades.

Essas pregações tem produzido vários "cristãos" firmado em rochas, ao invés de formarem aqueles que são firmados na Rocha.

As palavras da famigerada teologia da prosperidade (e eu não poderia usar adjetivo melhor para descrevê-la) fazem as pessoas confiarem em Deus pelas "rochas" do sucesso financeiro, pessoal, profissional, da saúde perfeita, da vida sentimental bem resolvida, etc.

Essas pessoas se tornam evangélicas na doce ilusão de que agora em diante não existirão mais as palavras "sofrimento", "problemas" e "dificuldades" em seus dicionários.

O problema está nas raízes superficiais que são formadas, e logo o que parecia doce como mel se torna amargo como fel.

Então a realidade vem à tona. O sol continua aparecendo para justos e injustos. A morte assola inocentes e culpados com a mesma falta de piedade. E aqueles que criam em Deus por aquilo que ele oferecia, e não por causa de quem Ele é e do que Ele fez por nós, porque jamais ouviram falar sobre a graça salvadora e libertadora de Cristo, simplesmente desistem e viram sementes mortas. E aqueles que cobram para nos dar o que é de graça* se importam? Claro que não. Enquanto o número de fiéis continuar aumentando exponencialmente um outro que desistirem não farão diferença.

O objetivo primordial de cada pregador - e de cada um dos discípulos de Cristo, pregadores ou não - deve ser o de formar cristãos firmados em Cristo, com raízes profundas que só aqueles que conhecem a graça podem desenvolver, porque sabem que, apesar dos infortúnios da vida, Aquele que É continua sendo e, por isso, têm forças para prosseguir na caminhada sem se desviar do caminho.






*trecho retirado da música "Vou me lembrar", da Banda Resgate.

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