segunda-feira, outubro 31, 2011

O diário de Lot - O reformador


"...você abandonou o seu primeiro amor."


Coincidentemente, ou não, eu conheci o Edgar no dia 31 de Outubro. Um dia muito importante para os seguidores da mensagem.

Estava twittando algumas coisas, dando RT em outras, quando vi o link para o texto do Edgar. Como não o conhecia, resolvi dar uma navegada no blog dele, pra conhecer melhor a linha de pensamento dele. Fiquei surpreendido quando vi que Edgar não frequentava nenhuma comunidade de seguidores da mensagem. Isso porque o texto dele sobre o dia já citado, muito bem escrito, dizia da importância de uma nova reforma - "A reforma do século XXI", era o nome do texto.

Eu disse pra ele: @EdgarDaMensagem seu texto é excelente, mas acho válido começar de nós essa reforma.

Fui trabalhar, e, na volta, verifiquei a resposta dele: @LotJustificado e quem disse que eu disse o contrário?
   @LotJustificado ah, claro, não vai responder. Que coisa mais coerente a se fazer.

Uma coisa que gostava muito da internet é que eu era menos conhecido lá do que no "mundo real". Entrava muito pouco, então quem me conhecia era porque conhecia de fora mesmo, ou porque alguém indicou. Tinha um blog onde escrevia algumas coisas, mas também não era muito visitado. Enfim, na internet era como se eu estivesse revivendo aquele dia que estava caminhando de volta pra casa quando encontrei Maria

Respondi a ele que estava no trabalho, e que acharia bacana trocar umas ideias a respeito desse assunto. Coisa que, obviamente, de 140 em 140 caracteres não teria como ser feito. Ele me adicionou no Facebook, e começamos a conversar.

Ele começou, dizendo: - Você chega no twitter dando uma indireta e depois some, com desculpa de que foi trabalhar, fácil né amigo?

Eu respondi: Cara, eu realmente estava no trabalho. Meu sinal de celular lá é péssimo e prefiro também não me distrair por lá, por isso só entro em casa. A questão é que foi só uma crítica positiva, não entendi a razão de tanto stress.

E: Você está dizendo que eu fui incoerente ao dizer o que disse. Aliás, você deve ser só mais um desses caras que criticam quem é contra o sistema, nem sei pra que estou te dando atenção.

L: Na verdade, se por ser "contra o sistema" você quer dizer ser contra a palhaçada que se tem feito em nome do Autor, então eu sou parte desse time, não adversário.

E: Ah tá, mas então por que disse isso?

L: Eu não conhecia seu blog, vi que alguém deu RT no seu post, fui verificar um pouco mais da sua linha de pensamento, porque curti o texto. Mas aí descobri que você não frequenta nenhuma comunidade de seguidores da mensagem.

E: Ah, é só por isso? Vou te explicar o motivo (se eu soubesse que teria que me explicar por causa de um motivo tão óbvio, nem teria perdido meu tempo). Eu cansei dessa palhaçada aí, entendeu? Estamos longe do reformador, e muito mais do Autor.

L: Sim, concordo.

E: ?

L: É, eu concordo. Estamos mesmo muito longe. Mas você notou a conjugação que utilizou?

E: Ahn? E que tem português a ver com isso tudo?

L: Você disse "estamos". Acredito que está se incluindo aí.

E: Claro que me incluo, só porque eu não frequento nenhuma reunião não significa que eu não sou parte dos seguidores da mensagem.

L: Então, foi isso o que eu quis dizer. Essa reforma deve partir de nós, os seguidores da mensagem.

E: Cara, e quem disse que eu me excluí, quando escrevi o texto?

L: Você acabou de me dizer que não concorda com o que está sendo dito, com a palhaçada feita em nome do Autor. Mas você também não frequenta nenhuma comunidade.

E: Eu não frequento porque não aguento mais essa palhaçada.

L: Certo. E aí fica mais fácil pra eles mesmo.

E: Oi?

L: É, porque se caras como você, que não são corrompidos pela falsa mensagem deles, preferem deixar de participar, porque não aguenta mais a palhaçada, fica mais fácil pra eles. É mais fácil quando os críticos vão embora e só sobram os desavisados que acreditam em qualquer lorota. Mas fazendo isso, devo advertir você, você está sendo conivente com eles. O Autor capacitou você, te deu uma mente capaz de mudar muita coisa (eu vi isso nos seus textos) e você prefere ficar de fora.

E: Não é bem assim.

L: Na verdade é, é como se você visse um médico infectando milhares com o vírus da AIDS, propositalmente, e, sendo médico também, resolvesse sair do hospital que ele trabalha, por não concordar mais com a palhaçada que ele está fazendo. Se fosse esse o caso, e alguém descobrisse o que o médico estava fazendo, e descobrisse que você já fez parte da equipe, você seria acusado de cumplicidade, tão criminoso quanto o médico que infectou os pacientes.

Edgar ficou calado, e eu cheguei a pensar que a conexão dele tinha caído (uma desvantagem clara de ter esse tipo de conversa pela internet), mas na verdade ele estava pensando. Alguns minutos depois (minutos na internet parecem horas) ele respondeu.

E: Pensando dessa forma, você tem razão. Mas...

L: Mas?

E: Mas nós não temos chance nenhuma contra os poderosos. Ninguém vai nos ouvir, e ainda vai nos acusar de perverter a mensagem.

L: E é o que você estará fazendo?

E: Na verdade não, na verdade a estarei resgatando.

L: É como se você denunciasse aquele médico. Por ser um residente, e ele chefe do setor, provavelmente eles não iriam acreditar em você. Mas quando a realidade viesse à tona, se viesse, você saberia estar certo. E mesmo que nunca viesse à tona, você estaria com sua consciência limpa. Agora, uma coisa importante...você sabe que reformar esse hospital não significa quebrar tudo e construir de novo né? Você poderia matar vários pacientes fazendo isso inadvertidamente. Reformar, nesse caso, seria você agir corretamente, denunciar o médico e continuar cuidando dos doentes.

E: É, eu entendi. Você tem razão. E me desculpe pelo modo rude do início. É que achei que você era mais um daqueles.

L: Eu sei que achou. Mas tente, mesmo que eles não mereçam, trate-os dignamente. Você não precisa se rebaixar ao nível deles para ser ouvido.

E: É, você tem razão.

Edgar acabou procurando uma comunidade naquela semana mesmo. Na verdade, ele procurou sua antiga comunidade. Inaugurou um grupo de estudo com os jovens, além de apoiar as ações sociais da comunidade. Ele fez a diferença, mesmo que ninguém dos poderosos soubesse. De um jovem revoltado com o sistema, ele estava ajudando a reconstruir o sistema, fazendo com que as novas peças não viessem defeituosas - ou ao menos nem tão defeituosas assim.

domingo, outubro 30, 2011

O caso Lula e a ausência da graça na igreja

"Porque, para Deus, não há acepção de pessoas" - Rm 2:11
"Como está escrito: não há um justo, nem um sequer." - Rm 3:10
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." - Rm 3:23,24
Fonte da imagem: Minuto em Reflexão
Todos que me conhecem sabem como fui imensamente contra o governo do presidente Lula. Sempre critiquei suas atitudes, principalmente pelo assistencialismo extremo aos pobres (dando o peixe, não ensinando como pescar), deixando a classe média sem ter como crescer, e enriquecendo mais os que já eram ricos. Isso fora os diversos casos em que se omitiu em relação à corrupção. Enfim, espero ter deixado bem claro que fui muito contra o governo Lula, assim como sou contra o governo de sua sucessora.

Daí o citado presidente foi diagnosticado com câncer de laringe. Eu, enquanto estudante, fiz um doloroso estágio na clínica de câncer de cabeça e pescoço. Eu vi o que um câncer de laringe pode fazer com o ser humano. Isso fora as aulas de patologia clínica. Por isso quando alguém tosse por muito tempo e/ou fica rouco por muito tempo eu fico preocupada e mando procurar médico.

Se isso não bastasse, perdi meus dois avôs e um tio por essa doença horrorosa chamada câncer. E ainda acompanhei à distância a luta da pequena Ana Luiza. Meu avô materno faleceu quando eu tinha três anos, de metástase de um câncer originalmente na laringe. Meu avô paterno, como já disse aqui, foi meu herói. E ainda me faz falta demais. Essa semana o pai de uma amiga também faleceu devido a essa doença. John Piper, um pastor que eu admiro muito, também está com essa doença, e fez um belíssimo e inspirador texto sobre isso - ele tem demonstrado uma força de alguém que vive pela graça, e, por isso, consegue passar por esse tipo de dificuldade sem abandonar a Deus.

E no twitter, facebook e companhia, começou uma grande manifestação em relação a essa doença. O surpreendente (cada vez menos surpreendente) é que tenho visto mais manifestação de apoio ao presidente por parte daqueles que não são cristãos, do que o contrário. Muitos destes dizendo que é "a mão de Deus pesando sobre ele" (como eu odeio essa frase!), outros ironizando a situação, e muitos justificando tudo isso dizendo que Lula deveria se tratar pelo SUS, para ver a situação da saúde pública que ele deixou. Já tendo estagiado no SUS e sabendo bem de seus problemas, mas sabendo também das diversas coisas que funcionam muito bem nele (mas que a mídia não divulga), vou me abster de tocar nesse assunto.

"Um tumor é chamado de benigno quando seu efeito é bastante localizado e se restringe aos limites de uma membrana. No entanto, a condição mais traumatizante para o corpo acontece quando células desleais desafiam as restrições. Multiplicam-se sem controle algum, espalhando-se rapidamente pelo corpo, estrangulando células normais. Células brancas, armadas contra invasores estranhos, não se dispõem a atacar as células rebeldes do próprio corpo. Nada intimida mais os médicos do que essa disfunção: ela se chama câncer. Por razões ainda misteriosas, essas células — e podem ser células do cérebro, do fígado, dos rins, dos ossos, do sangue, da pele ou de outros tecidos — crescem livremente, sem nenhum controle. Cada uma delas é uma célula sadia e funciona, mas é desleal e já não mais atua levando em conta o resto do corpo.

Até mesmo as células brancas, que compõem a confiável guarda palaciana, podem destruir o corpo por meio de uma rebelião. As vezes elas se reproduzem temerariamente, obstruindo a corrente sangüínea, sobrecarregando o sistema linfático e estrangulando as funções normais do corpo — tal como ocorre na leucemia.

Sendo um cirurgião e não um profeta, eu tremo ao estabelecer essa analogia entre o câncer no organismo físico e uma rebelião no corpo espiritual de Cristo. Mas preciso fazer isso. Em suas advertências dirigidas à igreja, Jesus Cristo não mostrou nenhuma preocupação com os ataques e as escoriações que seu Corpo sofreria de forças externas. "Edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la", disse ele, sem rodeios (Mt 16.18). Jesus caminhou tranqüilamente, sem se sentir ameaçado, entre pecadores e criminosos. Mas ergueu a voz contra aquele tipo de deslealdade que vem de dentro."

 Esse trecho encontra-se no livro "Feito de modo especial e admirável", um livro do meu mentor, Philip Yancey, feito em parceria com o brilhante médico Paul Brand. Um livro fascinante, onde os autores fazem belíssimos paralelos entre o corpo humano e o corpo de Cristo. Tomo a liberdade de usar esse trecho com um propósito um pouco diferente do paralelo traçado originalmente no livro.

Alguns tipos de câncer podem ser causados por vírus, como é o caso do HPV, que, se não tratado, pode levar ao desenvolvimento do câncer do colo do útero. Um portador(a) de HPV pode viver anos sem nenhuma manifestação de sintomas, até que uma situação onde ocorra baixa da imunidade desencadeie a doença.  E, na Igreja, vejo um tipo de vírus se infiltrando muito facilmente, que é o vírus da ausência da graça. Normalmente esse vírus fica incubado, não se manifesta, até que algo aconteça para que ele se manifeste. Algo como, quem sabe, um câncer de alguém que não foi um primor de ética enquanto exerceu a presidência. Ou, quem sabe, um terremoto em um país tradicionalmente budista. Ou uma cantora promíscua que morra por abuso do álcool.

A igreja, que foi presenteada com a graça, deveria ser a primeira a manifestar a graça em momentos assim. É a oportunidade perfeita para mostrar que somos de fato diferentes, pois vivemos pela graça. Que sabemos que todos somos pecadores miseráveis que mereciam o inferno, mas fomos atingidos por uma graça irresistível que também está disponível para essas pessoas tão miseráveis como nós. Não falemos de justiça, pois a graça é, de certo modo, injusta. Recebemos a salvação, quando deveríamos ter recebido o castigo. Isso iguala a humanidade, não há ninguém mais ou menos merecedor dela.

Mas, infelizmente, não é o que temos visto, não é o que eu vi em relação à doença do presidente. Na verdade, o que vi foi exatamente o contrário. Esse vírus da ausência da graça tem se infiltrado em nosso meio e devastado muita gente. Novamente, citando Yancey, dessa vez no livro "Maravilhosa graça", "qualquer coisa que nos faça sentir superiores às outras pessoas, qualquer coisa que nos tente a exibir um senso de superioridade é gravidade - e não graça"

Existem coisas simplesmente sem explicação para nós, e não cabe a nós saber ou, pior, determinar, por qual motivo o presidente está sofrendo dessa doença. Cabe a nós, sim, como cristãos,orar por sua cura, mas, principalmente, orar para que Deus tenha misericórdia de sua alma, para que a graça se mostre presente na vida dele. e nós temos a oportunidade de ser essa graça para ele. Lembremos que a graça é gratuita para pessoas que não merecem, e deixemos essa discussão política sobre o SUS para outra ocasião.

Que a graça nos lembre o que é compaixão.

sexta-feira, outubro 28, 2011

Uma pequena conversa sobre arrependimento

"Ele fez o que era mau diante do Senhor, como seu pai Manassés. Amom sacrificou a todas as imagens esculpidas que seu pai Manassés tinha feito, e as cultuou." - II Cr 33:22


Esse versículo é um alerta aos pais, pois nos lembra que os filhos aprendem mais pelos exemplos do que por palavras. Porém, como filha, sinto-me no dever de mostrar o alerta aos filhos que esse versículo também transmite.

Manassés havia pecado contra Deus, a despeito do excelente exemplo que seu pai Ezequias havia deixado. Amom seguiu o mau exemplo do pai. 

Entretanto, a história de Manassés não termina assim. Ele se voltou a Deus em arrependimento, e terminou seus dias na presença de Deus.Amom, por outro lado, preferiu seguir o mau exemplo do pai, que talvez ele nem tenha visto (Manassés reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém, e Amom se tornou rei aos 22), do que seguir seu bom exemplo.

Quantos não são assim, usam a desculpa de que se comportam mal porque seus pais foram assim?

Devemos assumir a responsabilidade por nossos atos e seguirmos os bons exemplos que nossos pais nos deram, deixando o que eles fizeram de ruim no passado. 

Afinal, se Manassés se arrependeu, o que impedia Amom de fazer o mesmo?

quinta-feira, outubro 27, 2011

Easy like that

Another post of #Thirty-three (original at 04/2007)


We have a habit of complicating our lives, especially when we begin to grow. The studies take account of our beings so incredible that no more recourse to the simple and obvious.  For many things in life that is sorely needed, but it comes to spiritual life should be like my young brother, in a scene that I witnessed for a while.
I will summarize the story. Once upon a time, the dog of my aunt’s house fled without anyone knowing. Everyone was sad, about 10 years he lived with us (I live in a two-story house, the bottom one is my aunt), but no one was so low as my brother. In that day I was not feeling well, so I asked him to read me the Bible aloud, and before did a prayer. Here it is:
“My God, my Father, Bless me to understand your word, letter by letter, comma by comma, bless my father, my mother, Dani and me. And Tobi brings back. In Jesus’ name, Amen.”
I was thinking about that prayer for a long time, when I hear my cousin down there celebrating the return of Tobi. My cousin found him, and look his account:
“I was playing video games, when something told me to go outside. As it was in the middle of the match, finished, and when I went out there, Tobi was there. I then opened the grate and put it inside.”
We should not be afraid to of talking to God, to be honest with Him. Many prayer times transformed into a moment of pure traditionalism and religiosity, and in fact not talk to God right now, just fill our egos, the pride of our culture and erupt. And when Daddy did not respond to us we are outraged, saying that He has forgotten us, abandoned us, we often get to the point questioning our faith.
The problem is with us, we lose ourselves in religion and put the blame on God. He wants to hear us crying asking our puppy back, and we are afraid to expose our emotions to Him, put a mask a beautiful speech, but lack of emotion in it. That’s when the affairs of life does not leave us still, spiritually dead, and not strive to pray.
God does not thing any sincere request too stupid. People may feel silly “bother” God with our little problems, but He loves to hear us. He is Father, and is happy to answer our prayers. He delights in looking at our faces shinning when a dream is realized. His greatest pleasure is to see us happy. And with this I do not support that we always will be happy, because Christians are not without problems, but in all this, “we are more than conquerors in Christ Jesus our Lord.”

In short, the scholarship does not make one wiser, if not accompanied by humility, faith in God and love for the world. 

In closing, here are the music of David Quinlan, Irish singer naturalized Brazilian, who translates all that tried to explain here: 

"I want to be like a child 
Love you for what you are
Return to innocence
And believe in you
But sometimes I'm taken 
For the will to grou
I become independent
And I leave simply believing 
I cannot live away from your love, Lord
I cannot live away from your hugs, Lord
I cannot live away from your embrace, Lord
Hold me
With your arms of love”

From someone who promised God to always be His little girl

sexta-feira, outubro 21, 2011

Honradez

"Ele tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém. Morreu sem deixar saudades; e o sepultaram na Cidade de Davi, mas não nos túmulos dos reis." - II Cr 21:20
"Durante os dias de Joiada, os sacrifícios eram oferecidos continuamente no templo do Senhor. (...) E o sepultaram na Cidade de Davi com os reis, porque tinha feito o bem em Israel para com Deus e seu templo." - II Cr 24:14b,16


Joarão e Joiás foram reis de Judá. Joás era neto de Joarão e começou a reinar aos sete anos, enquanto Joarão começou aos trinta e dois. Joás teve um grande conselheiro, o sacerdote Joiada. Joiada orientou o rei Joás, e este fez o que era a vontade de Deus enquanto o sacerdote viveu.

Nos versículos acima temos o relato sobre o sepultamento de Joarão e Joiada. Em ambos os casos, o povo não estava sendo fiel a Deus de coração, mas, mesmo assim, sabiam honrar o homem de Deus. Joiada foi enterrado com honras de rei, Joarão não deixou saudades.

A relação do povo com Deus era bastante política, por isso vemos os reis sendo bem sucedidos ou não, de acordo com sua fidelidade a Deus.

Mas, e hoje, como podemos aprender com os exemplos de Joarão e Joiada?

Honre a Deus com atos e palavras, e até os ímpios reconhecerão Deus em você. Abandone sua fé e faça o que for bom aos seus próprios olhos, e eles reconhecerão essa perversão.

Em outras palavras, devemos viver uma vida justa e íntegra perante Deus e homens, pois a graça pode ser manifestada mesmo após a nossa morte, porque Deus e sua palavra são eternos, e nossa vida aqui pode repercutir muito além dos dias que habitarmos essa terra.

quinta-feira, outubro 20, 2011

The true God

Another post of #Thirty-three (original at 10/2011)
“Now for a long season Israel {hath been} without the true God, and without a teaching priest, and without law. But when they in their trouble did turn unto the LORD God of Israel, and sought him, he was found of them.” – 2 Chronicles 15:3,4
In the context of this verse, the Israelit nation had been divided into two kingdoms – that of Israel (or the then northen tribes) to the north, and Judah, to the south. The kingdom of Israel chose to abandon God and follow his own way, worshiping other gods.
Then these arose a generation who did not know God, because there was who taught them about Him. But somehow, they rescued what their grandparents had done, and sought God – and found.
Today our occidental society is living a paradox. In a secular country, so free, Christians can freely exercise their faith. But it also gives freedom to others, and with that comes a generation that maybe will not hear about the true God.
Two things scare me: the growing number of atheists and agnostics, and perversion of the faith that has happened in the Christian/Gospel.
What kind of God the generation born today will know it? His absence, according to atheists? The possible existence of it, but the total neglect of Him to humans, according to some of the agnostics? The Santa Claus who brings presents to good boys and punishes the bad guys, according to some of the evangelical churches today? Neither option pleases me.
As Christians, we must fight all these false gods – the dead, the relapse, the Santa Claus – and present the true God, the merciful and just God.

And if somehow this generation appear (if it does not already exist), let us pray that, like the nation of Israel, it knows something we do not rescue and seek God. Because He will never fade of fold of humanity, just to look for it, and he will be found.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Anotações de "Rumores de outro mundo"

Sempre me encanto com a escrita do Yancey. Normalmente ele fala muito sobre o ofício de escrever em seus livros, e eu deixo essas anotações só pra mim, mas pensei que outros escritores podem ler também essas notas e serem edificados como eu sempre sou.
Philip Yancey







“Conhecer as partes não é, necessariamente, um auxílio à compreensão do todo.” – p. 19

“Nos tempos modernos, parece que, quanto mais a luz da ciência lança sobre o mundo criado, mais uma sombra encobre o mundo invisível que há além.” – p.20

“A contrário das gerações passadas, muitos estão incertos sobre Deus e um mundo invisível. Mesmo assim, sentimo-nos ansiosos por algo mais.” – p. 33

“Permitimos que divindades substitutas, ou falsos infinitos, preenchessem o vácuo de nosso mundo desencantado.” – p. 34

“Um idólatra opta por coisas que podem ser intrinsecamente boas, às quais concede um poder que elas jamais deveriam ter.” – p. 35

“Pode-se escolher somente entre Deus e a idolatria. Não há outra possibilidade. Pois a aptidão para a adoração está em nós, e, ou ela se volta para o outro mundo, ou é dirigida para esse aqui.” – p. 36

“Percebi que o desejo natural não era inimigo do sobrenatural, e reprimir esse desejo não era a solução. Em vez disso, a fim de encontrar o caminho para a felicidade, precisei vincular os desejos a suas origens no outro mundo.” – p. 37

“De alguma forma, afeiçoara-me ao engano de considerar o mundo natural como não espiritual, e Deus como avesso ao prazer. Mas Deus inventou a matéria, afinal de contas, incluindo todos os sentidos de meu corpo, por meio dos quais sinto prazer. O natural e o sobrenatural não são dois mundos separados, mas diferentes expressões da mesma realidade.” – p. 38

“Visto que somos seres materiais, Deus precisa lidar conosco nesse nível. (...) Praticamente tudo que sabemos acerca do mundo sobrenatural chegou-nos filtrado através do mundo natural e comum – o que facilita o trabalho de céticos de desprezar ou não crer.” – p. 41

“Para crer, é sempre necessário o mistério da fé, pois Deus não parece interessar-se por fé obrigatória. (Caso se interessasse, Jesus, ressuscitado, teria aparecido para Herodes e Pilatos, não apenas para seus discípulos.).” – p. 43

“Não tenho desejo algum de fugir do mundo natural, a exemplo de gnósticos, monges do deserto e fundamentalistas que fogem da “mundanidade”. Tampouco nego o sobrenatural, o erro dos reducionistas. Em vez disso, quero juntar os dois, a fim de reunir a vida no todo que Deus planejara.” – p. 45

“(...) basta-me ler os Salmos para perceber que Deus quer que o amemos e honremos por meio da criação, e não `a parte dela.” – p. 46

“Para contemplar e apreciar todo o resto, reverenciar e consagrar, erguer uma expressão de louvor à criação muda – foram esses os papéis reservados para a espécie feita à imagem de Deus.” – p. 49

“Um Deus soberano que decide contra sua vontade máxima, que supervisiona um Universo com centenas de bilhões de galáxias e ainda dispersa atenção profunda às suas minúsculas criaturas – como posso compreender um Deus assim?” – p. 51

“É preciso haver atenção e esforço de nossa parte para atendermos à orientação ‘lembre-se do seu Criador’, pois o Criador retira-se silenciosamente para os bastidores. Deus não força, sobre nós, sua presença. Quando deuses inferiores nos seduzem, Deus se retira, respeitando nossa inexorável liberdade para ignorá-lo.” – p. 51

“Não ganho um novo par de olhos sobrenaturais que me possibilitam, de uma hora para a outra, ver o mundo com visão perfeita. A cada dia, a cada hora, a cada momento, devo exercitar meu chamado para consagrar a criação de Deus (...). Centelhas sagradas estão potencialmente aprisionadas em cada momento do meu dia, e, como agente de Deus, sou chamado a libertá-las.” – p. 52

“Se você pode viver um momento, consegue viver todo um dia, e o modo de viver um dia é, no final das contas, o modo pelo qual vive sua vida. Gasto tanta energia na busca de uma maneira correta de viver que deixo passar momentos específicos, que são, na verdade, o único modo de eu poder viver.” – p. 57

“Encontrar Deus é questão de viver cada momento da vida em sua plenitude.” Joan Chittister, citada na p. 58

“O objetivo da contemplação é ver a vida como Deus a vê: a união de dois mundos, e não uma divisão. Isso engloba tanto a prática de toda uma vida como os raros e isolados lampejos de revelação.” – p. 58

“Aquele que busca o que é santo olha para cima, seguindo os raios de sol até sua fonte.” – p. 58

“A vida na terra envolve um conflito entre impulso e moderação, entre nossa natureza arruinada e a imagem de Deus. Uma visão sagrada da vida requer a simples verdade segundo a qual aquele que criou a criatura humana tem em mente nosso bem acima de tudo.” – p. 59

“Nossa vida forma algum tipo de padrão, quer tenhamos providenciado isso quer não.” – p. 61

“De outro mundo, ele [Jesus] veio mostrar-nos como viver melhor nesse aqui.” – p. 63

“O abuso surge quando se considera o prazer um fim em si mesmo, em vez de um fator que aponta para algo mais.” – p. 64

“É necessário um par de olhos treinados para ver Deus em detalhes.” – p. 66

“Fui criada em um ambiente cristão onde, por precisar-se dar preeminência a Deus, não se permitia que o resto tivesse importância. Cheguei à conclusão de que, devido ao fato de Deus existir, tudo é importante.” – Evangeline Paterson, citada na p. 71

“O sexo pode envolver nossos corpos, mas, diferentemente de funções corpóreas como a excreção, o espirro e o soluço, ele também toca nossas almas – por mais precário e delicado que seja esse toque.” – p. 76

“Quando uma sociedade perde a fé em seus deuses, ou em Deus, poderes inferiores surgem para tomar o lugar.” – p. 77

“Todo homem que bate à porta de um bordel está procurando por Deus.” – G.K. Chesterton, citado na p. 77

“O sexo possui força combustiva suficiente para incinerar a consciência, além de votos, compromissos familiares, devoção religiosa e o que mais estiver em seu caminho.” – p. 78

“O poder do sexo continua vivo, mas poucos vêem nele alguma indicação daquele que o criou.” – p. 81

“(...) no sexo, assim como em todas as áreas da vida, nossa humanidade caída nos atrapalha e impede de realizarmos o ideal.” – p. 81

“Os cristãos mais exaltados se esquecem do fato de que Deus criou o sexo.” – p. 82

“Se a humanidade for o foco de sua religião, o amor romântico se torna um ato de adoração. Todavia, se Deus fez o objeto de sua religião, então o amor romântico se torna um indicador inconfundível, um rumor de transcendência tão alto como qualquer outro que ouvimos na terra.” – p. 88

“Não os vejo mais [os tabus sexuais da Bíblia] como regras caprichosas que visam a estragar nossas aventuras sexuais, mas sim como diretrizes que protegem algo extremamente valioso que só pode ser percebido em um relacionamento exclusivo e pactuado.” – p. 91

“A fidelidade estabelece limites nos quais o sexo ocorre sem restrições.” – p. 92

“Casei-me imaginando que o amor nos manteria unidos. Em vez disso, aprendi que precisava do casamento para ensinar-me o que significa o amor.” – p. 94

“O casamento como instituição social é arbitrário, flexível e aberto a novas definições. Mas o casamento na condição estabelecida por Deus é um assunto completamente diferente.” – p. 94

“Os cristãos devem continuamente progredir entre o deleite nas dádivas de Deus e a aflição pelas distorções do pecado.” Lewis Smedes, citado na p. 101

“O método de Deus para lidar com o mal é a cura, não a prevenção.” – p. 105

“(...) o mal aparece, com mais freqüência, tal qual um amigo perfumado.” – p. 105

“Deus deseja nos libertar; o mal tem a intenção de me escravizar.” – p. 107

“’Existem duas formas de ter o suficiente’, disse G.K. Chesterton; ‘uma é continuar acumulando sempre mais e mais. A outra é desejar menos’” – p. 108

“A liberdade humana permite-nos um ambíguo privilégio, que não é concedido ao resto da criação: nós podemos arruinar o equilíbrio da natureza (...). O planeta inteiro estremece ante os resultados de nossas tentativas de colocar a nós mesmos, e não a Deus, no centro da existência.” – p. 110

“Este é o amargo jugo do pecado. Por ele, abandonamos o leve e suave jugo de Cristo.” – Thomas Merton, citado na p. 110

“a crença no mal traz uma prova invertida da existência de Deus.” – p. 112

“Em vários momentos, a igreja insistiu com afinco no ‘pecado original’, ao mesmo tempo que ignorava uma graça original, na qual Deus providenciou a cura do pecado mesmo antes de ele ocorrer.” – p. 113,114

“(...) se a culpa moral for efetivamente um rumor de outro mundo, um sentimento dado por Deus de que algo está errado, nenhum embuste ou racionalização o fará desaparecer.” – p. 118

“No momento do pecado, considero o mundo como sendo meu, e não de Deus.” – p. 121

“ele [o pecado] afeta todos os que já nasceram. Os cristãos têm uma visão mais realista da humanidade, ao crer que os seres humanos falharam, estão falhando e sempre falharão.” – p. 121,122

“Hoje visualizo Deus não tanto como um policial, no andar de cima, vigiando cada movimento meu, mas como um espírito dentro de mim. Um espírito que me incentiva a compreender plenamente para que, antes de tudo, fui criado.” – p. 122

“Como criador do homem, Deus sabia como a sociedade humana funcionaria melhor.” – p. 129

“Ao contrário dos animais, temos a liberdade de dizer não a nossos instintos ruins. Ao fazê-lo, evitamos o que certamente nos causaria danos.” – p. 129

“Agradou a Deus, nesse aspecto, entrelaçar seus interesses com os nossos, de forma que, ao buscarmos sua glória, busquemos, real e efetivamente, nossos próprios e verdadeiros interesses.” – Matthew Henry, citado na p. 130

“Onde a lei vacila, o amor intervém.” – p. 130

“Se nossas ações forem verdadeiramente motivadas pelo amor que temos por Deus, agiremos de forma que não apenas agrade a Deus, mas também a nós mesmos.” – p. 131

“Meus pecados eram mais internos, condizentes com um escritor que passa a vida olhando para dentro de si.” – p. 132

“A insatisfação, o orgulho e a cobiça são pecados internos que crescem como fungo na escuridão, nos cantos úmidos da alma, nutridos por pequenas rejeições, uma leve paranóia e solidão – são esses os riscos ocupacionais da profissão de escritor.” – p. 134

“O pecado introduz um tipo de interferência estática na comunicação com Deus e, por conseqüência, ele nos desliga da verdadeira fonte de que precisamos para combatê-lo.” – p. 139

“A culpa merece minha gratidão, pois somente uma força assim tão poderosa pode empurrar-me a uma reconciliação com aqueles a quem prejudiquei.” – p. 141

“A falsa culpa ocorre quando uma pessoa se pune por não corresponder aos padrões de outras pessoas – podem ser os pais, pode ser a igreja, ou a sociedade. A verdadeira culpa ocorre quando uma pessoa não corresponde aos padrões de Deus.” – p. 142

“O sentimento de culpa só serve à função para o qual foi planejado, como um sintoma, quando nos pressiona em direção à cura.” – p. 142

“Um santo não passa de um pecador, só que mais arrependido que a maioria de nós.” – Benedict Groeschel, citado na p. 143

“A graça é um dom gratuito de Deus, e o arrependimento, o caminho a percorrer para chegarmos até ela.” – p. 144

“Deus não consegue evitar estender sua graça. O perdão, a reconciliação e o resgate definem a natureza de Deus.” – p. 150

“você só pode ser plenamente amado se for plenamente conhecido.” – p. 151

“Aprendi que Deus não fica nada surpreso com meu fracasso. Conhecendo-me melhor que eu mesmo, ele espera fracasso de minha parte. Sou mais pecador do que jamais imaginei – e também mais amado por Deus.” – p. 151

“Resgatar é assunto de Deus.” – p. 151

“É quando percebemos a sujeira, que Deus está mais presente em nós; é o próprio sinal de sua presença.” – p. 152

“Em psicologia, teologia e física, a linha que separa os dois mundos – físico e espiritual – é, na melhor das hipóteses, incerta.” – p. 158

“Fico maravilhado com a humildade de um Deus que nos confia prazeres que, como ele bem sabe, nos desencorajariam ou substituiriam todo desejo espiritual que pudéssemos sentir.” – p. 162

“O mundo físico, por mais atrativo que seja, tem seus limites.” – p. 163

“Para muitos, não é possível que Deus exista, a menos que se faça visível – e Deus não age segundo nossa vontade.” – p. 164

“Em resumo, creio não tanto porque o mundo invisível influencia este, mas porque o mundo visível sinaliza, mediante maneiras que me comovem intensamente, que um e outro se completam.” – p. 165

“O amor que experimentei nesse mundo me traz a convicção de que um amor perfeito não ficará satisfeito com a triste história desse planeta (...). O amor perfeito persevera até alcançar a perfeição.” – p. 165

“a sociedade atual não tem muito espaço para o conceito de um reino invisível, o qual nos exige lealdade a qualquer custo.” – p. 173

“Toda a matéria (...) passou a existir mediante o comando de Deus. Sua origem no mundo espiritual torna a história mais valiosa, e não menos. Ela existe porque Deus quis que existisse, nós existimos pela mesma razão.” – p. 176

“Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais tendo uma experiência humana.” – Pierre Teilhard de Chardin, citado na p. 178

“Somos, mais precisamente, seres incompletos à espera de uma experiência completa, seres fragmentados à espera de unidade. Estabelecer contato com o mundo invisível, enquanto estamos na terra, inicia esse processo.” – p. 178

“O mesmo Deus que criou o mundo invisível o sustenta diligentemente.” – p. 180

“As duas palavras, visível e invisível, parecem distintas somente para aqueles de nós que possuem visão limitada.” – p. 181

“Assim embaixo, como em cima: inverter a ordem de duas palavras muda tudo (...). O derradeiro destino do mundo, como também o nosso, está sendo definido aqui e agora.” – p. 182

“Aqueles que não têm nenhuma possibilidade de sucesso no mundo visível, enfim, liderar o caminho para o Reino de Deus.” – p. 192

“Estremeço diante da intrepidez de Deus ao confiar tão grande tarefa – Deus fazendo seu apelo por nosso intermédio – a uma espécie notória em separar o belo do feio, o rico do pobre, os de pele escura dos de pele clara, homens de mulheres, fortes de fracos.” – p. 193

“Levar a atribuição de Deus a sério significa que devo aprender a ver o mundo ao contrário, tal qual o fez Jesus. Em vez de procurar pessoas que massageiam meu ego, vou encontrar aqueles cujos egos precisam ser massageados; em vez de pessoas importantes, de recursos que podem fazer-me favores, procuro pessoas com poucos recursos; em vez de  fortes, procuro pelos fracos; em vez de saudáveis, os enfermos.” – p. 193,194

“É entre os humildes, desprezíveis, oprimidos e rejeitados que o Reino de Deus finca suas raízes.” – p. 195

“Se o mundo é são, então Jesus é tão louco quanto o chapeleiro, e a Última Ceia é a festa do chá maluco. O mundo diz: Preocupe-se com sua própria vida; Jesus diz: Não existe esse negócio de sua própria vida. O mundo diz: Siga o caminho mais inteligente e seja um sucesso; Jesus diz: Siga-me e seja crucificado. O mundo diz: Dirija com cuidado – a vida que você salva pode ser a sua; Jesus diz: Quem procurar salvar sua vida, a perderá, mas quem perder sua vida por minha causa, a achará; O mundo diz: Lei e ordem; Jesus diz: Amor. O mundo diz: Tome; Jesus diz: Entregue. Levando-se em conta o que o mundo considera sanidade, Jesus é demente como um simplório. Qualquer um que pense poder segui-lo sem ser um pouco louco trabalha mais por uma ilusão que pela cruz. ‘Nós somos loucos por causa de Cristo...’, diz a Paulo, diz a fé – a fé de que, em última análise, a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria do homem, a insanidade de Jesus mais sã que a implacável sanidade do mundo.” – Frederik Buichmer , citado na p. 197

“muitas vezes parece que mal pratico a existência de Deus, quanto mais a presença dele.” – Irmão Lawrence, citado na p. 199

“Suas parábolas e discursos [de Jesus] ressaltavam um aspecto do dinheiro que se mostra uma verdade incontestável: você não pode levá-lo consigo.” – p. 200

“Por instinto, acumulamos dinheiro em cofres de aço e esconderijos secretos; ao dar, o libertamos, liberando graça em um muno de competição e balanços financeiros.” – p. 201

“Precisava ver o dinheiro pelo que ele é: um empréstimo concedido por Deus para que eu investisse no Reino dos céus, o único reino que paga dividendos eternos.” – p. 202

“Ninguém em sã consciência aceita alegremente o confisco dos próprios bens – isto é, a não ser que preveja ‘ bens superiores e permanentes’ em um mundo invisível; a menos que viva para Deus, na para si mesmo.” – p. 203 (sobre versículo de Hebreus 10:34)

“Enquanto uma pessoa pobre combate a inveja, uma pessoa rica luta contra a cobiça. O dinheiro proporciona um campo de batalha completo para o confronto de dois mundos.” – p. 203

“Os cristãos sustentam sua lealdade a outro mundo e, desde a época do Império Romano, esse fato vem despertando a suspeita e a ira tanto de governos como de outras religiões.” – p. 205

“A crença em outro mundo põe a tribulação sob uma ótica tão diferente que ele [Paulo] podia fazer uma lista de muitas calamidades pessoais e chamá-las de ‘sofrimentos leves e momentâneos.’” – p. 207

“A questão da dor parece trazer à tona uma bizarra inversão: dentre os escritores dedicados a esse assunto, os que mais sofreram tendem a reclamar menos.” – p. 207

“Se nos apaixonarmos muito pelo mundo, as aflições quebram de uma só vez o encanto.” – p. 208

“Confiar não elimina as coisas ruins que podem acontecer, apesar do que tenha despertado o medo originalmente. Confiar tão somente significa achar uma nova saída para a ansiedade e um novo fundamento para a segurança: Deus. Deixo que Deus se preocupe com os detalhes inquietantes da vida, visto que a maioria está, de qualquer forma, além de meu controle.” – p. 208

“Teologia significa olhar para o mundo a partir da perspectiva de Deus.” – Henri Nouwen, citado na p. 210

“Meu objetivo ao envelhecer, ao preparar-me para a morte, é preocupar-me cada vez menos em como os outros me vêem e, cada vez mais em como Deus me vê. Afinal, ficaremos muito mais tempo juntos.” – p. 211

“A graça significa que nenhum erro que cometemos na vida nos desqualifica para o amor de Deus. Significa que pessoa alguma está além da redenção, que nenhuma mácula humana é impossível de ser limpa.” – p. 213

“A graça é irracional, injusta, imerecida, e só tem significado se eu creio em outro mundo, governado por um Deus misericordioso, o qual sempre oferece outra chance.” – p. 213

“Quando o mundo vê a graça em ação, fica em silêncio.” – p. 214

“A vingança perpetua o mal. A justiça o pune. O mal só é vencido pelo bem se a parte ferida o absorve, recusando-se a permitir que siga adiante, e assim funciona a graça sobrenatural que Jesus demonstrou em sua vida e morte.” – p. 215

“Nossa cidadania deve estar nos céus, mas também ocupamos corpos feitos de pele, ossos, gordura e músculo, em um mundo material.” – p. 217

“Aqueles que investem suas esperanças em um mundo invisível deixam isso evidente por suas ações nesse mundo (...). Buscam não estar tão voltados para o céu, a ponto de não terem utilidade na terra, bem como não atentar tanto para a terra, a ponto de não terem valor para o céu.” – p. 218

“faça tudo o que fizer como se tivesse 1000 anos para viver e como se soubesse que pode morrer amanhã.” – Ann Lee, citada na p. 219

“O risco reside em nos sentirmos completamente à vontade na terra, sem estar ciente do outro mundo.” – p. 220

“A cidade deste mundo me bombardeia com sinais sensuais e atraentes. A cidade de Deus, por sua vez, é tranqüila, invisível e fugaz. Será que existe? Preciso estimular transmissões por sobre o abismo: orando, ouvindo.” – p. 220

“A pessoa sábia vive consciente tanto do tempo quanto da eternidade, simultaneamente um cidadão da cidade de Deus e da cidade desse mundo.” – p. 221

“Na criação, na encarnação, e em todos os atos sobre a terra, Deus torna o comum sagrado.” – p. 222

“O fato de [Jesus] aparentar ser radical, de ter sido morto por suas convicções, pode dizer mais a nosso respeito que a respeito dele.” – p. 228

“Os santos sobressaem porque se recusam a respirar esse ar [de luxúria, consumismo, egoísmo e ambição], a aceitar a mentira sem protestar. Procuram viver de acordo com as regras do mundo invisível, mesmo enquanto estão no mundo visível.” – p. 229

“O dom de nos entregar em total submissão a Deus é um sacrifício , no qual, longe de perder algo, ganhamos tudo e recuperamos em um posse mais perfeita, até aquilo que parecemos perder. Pois no mesmo momento em que nos entregamos a Deus, Deus se entrega a nós.” – Merton, citado na p. 230

“O melhor percurso de todos é crer em algo que é – a verdadeira aposta da fé.” – p. 234

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