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quinta-feira, dezembro 18, 2014

7 anos de Saudade



Dia 15, completou sete anos o seu aniversário de partida. E hoje o senhor faria 87 anos. Sinto saudades, vô.

Eu sei que estou escrevendo esse texto para mim mesma, mas eu só queria falar como se estivesse falando com você assim mesmo.

Demorei alguns anos para voltar a olhar lá para baixo de novo. Esses dias me peguei olhando para sua casa à toa, só me lembrando de coisas, tantas coisas. Quantas pessoas na Terra tem o privilégio de ter um avô tão fantástico igual a você? Bom, igual a você só quatro pessoas mesmo, porque nossa família é pequenininha.

Aprendi muito com você, vô. Em vida, você me fez ser sempre grata, e após sua partida aprendi muita coisa também. Você me ensina, mesmo não me contando mais histórias.

Seu menino cresceu, viu vô? Formou no Ensino Médio já, acredita? Queria que você estivesse vivo só para ouvir você falar: "ah, até lá já morri", quando ele contasse dos planos de faculdade. Queria que essa frase que você sempre dizia não fosse verdade agora.

Queria também saber o que o senhor acharia de eu namorar, noivar...e casar daqui a pouco tempo. Será que ficaria com ciúmes? Tenho certeza que o Gi se sentaria no sofá e teria longas conversas com o senhor.

O Jônata aprendeu a fazer costelinhas também, herança genética? A dele é dessas tipo de restaurante, não é igual a sua não, mas é muito gostosa também.

A sua falta ainda dói, embora não da mesma maneira que antes. A vida segue sem o senhor, mas seria melhor que estivesse aqui.


quarta-feira, janeiro 16, 2008

Saudade

Para meu primo, Thiago, que está nos Estados Unidos

Saudade, é uma palavra difícil de definir, fácil de sentir.
Difícil de definir porque saudade é boa e ruim ao mesmo tempo.
Boa, porque nos remete a lembranças de uma pessoa querida, de lugares bacanas, de momentos inesquecíveis.

Ruim, porque ela dói.
Dor que não chega a ser física -mas é quase.
E nos lembra que estamos longe de alguém, de um momento, de um lugar.
A saudade é pior ainda quando é saudade de quem não volta mais.
Porque saudade de quem está longe a gente cura quando revê (e volta a sentir quando não vê mais).
Mas saudade de quem já se foi nunca mais se cura.

Saudade vai, saudade vem.
Na verdade saudade existe até quando alguém não está tão longe assim.
Saudade é tão difícil de definir, que só existe em português, e em língua nenhuma mais.

Saudade é fácil de sentir.
Quem nunca sentiu saudade?
Todo mundo já sentiu.
Saudade é universal.

Até Deus sente saudades de nós.
E nós (mesmo sem saber ás vezes) sentimos saudades dele.
São as saudades originais de todo ser humano.
Acho que foi daí que surgiu a saudade.


Saudade não é doença, mas dói.
Saudade não é cura, mas consola com suas lembranças.
Saudade, saudades, eternas ou temporárias saudades, não importa.
Saudade é isso - e apenas isso - saudade.

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Tributo ao meu avô


Meu avô não foi o tipo de cara que você veria estampado na capa da revista que prestigia as 100 pessoas mais influentes do mundo, você nunca o veria dando uma entrevista para a televisão, nem dando palestras por aí. Ele cursou até a quarta série do ensino fundamental. Em sua época de escola, somente os muito ricos passavam dessa fase.

Mas muitas das maiores lições que aprendi nessa vida foram-me ensinadas por ele.

O senhor José Nogueira me ensinou o valor da família. Não podemos desperdiçá-la. Ele nunca foi aquele avô que ficava apertando e abraçando os netos o tempo inteiro. Mas nunca vi alguém que cativasse as crianças mais do que ele. Ele me passou o dom de entender e expressar os sentimentos sem palavras, só pelo olhar.

Vovô me ensinou que se a vida não é fácil, nós é que temos que lutar para podermos vencer. Meu avô trabalhou por mais de 40 anos numa mesma gráfica. Quando ele se aposentou legalmente, trabalhou por mais vários anos. E mesmo quando parou, ele continuava fazendo coisas em casa que eu, se não convivesse com ele, nunca acreditaria que um senhor de 80 conseguisse fazer. Ele cozinhava maravilhosamente, e sempre foi um bom amigo do garfo. Nunca precisamos de alguém para consertar coisas estragadas, ele resolvia tudo. Ia ao supermercado todos os dias, e freqüentava o centro regularmente. Ele me levava a médicos, dentistas e outros, de ônibus, quando não tinha ninguém que pudesse me levar.

Ele me ensinou a ter gosto pela vida. Ele sempre foi apaixonado pela vida. Era visível. Ele curtia a vida com 80 anos como se tivesse 20. Ele nunca desistiu de viver, até os últimos dias da vida dele, ele lutou.

Eu sempre sentirei muitas saudades dele, e não foram poucas as lágrimas que derramei para escrever isso. Mas ele sempre nos pedia que quando ele morresse, nós fizéssemos uma festa e soltássemos foguetes. Eu sempre achei que jamais ia superar a morte dele. Mas o motivo que me faz continuar vivendo e acreditando que viver vale a pena, não é simplesmente o exemplo do grande homem que foi meu avô. Meu avô me ensinou a tomar decisões corretas, mesmo no fim de sua vida. Eu poderia dizer muito mais a respeito dele, mas...

...“Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus que os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito:
‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos consideradas como ovelhas ao matadouro.’
Mas, em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Meu avô está morto há 15 dias. Antes de morrer ele declarou não menos que três vezes que Jesus Cristo era o Senhor e Salvador de sua vida. Ele está num lugar bem melhor que todos nós agora.

Mas, apesar do nome do post, e das lembranças, não escrevi isso tudo com o objetivo de fazer uma simples menção à pessoa maravilhosa que vovô foi. É meu último post esse ano. Eu normalmente escreveria minha retrospectiva, mas posso resumi-la no que escrevi. Esse foi um ano de aprendizados, em todas as áreas da minha vida. Eu sou grata a Deus por isso. Por poder crescer, através de todas as dificuldades e vitórias que tive esse ano.

Eu queria que você leitor do TrintaeTrês, refletisse sobre sua própria vida, sem se deixar levar pelas emoções que esse texto talvez tenham produzido em você. O natal passou, um novo ano se aproxima. Você que tem 15, 20, ou 80 anos, estará vivo amanhã? Não é sensacionalismo o que quero criar, apenas pense, como diria minha mãe, “para morrer basta estar vivo”. Desde o instante em que você nasceu você está morrendo. Sua vida tem valido a pena? Você está realizando os seus sonhos, fazendo planos, sendo justo?

Eu posso dizer de mim mesma que tenho deixado a desejar. Aliás, de todas as lições que vovô me ensinou, não há nenhuma em que eu esteja satisfeita. Se algum dia eu chegar aos 80 anos (quase 81), eu tenho muito a melhorar. Se eu morrer agora, eu tenho muito a melhorar.
Vou resumir meus pensamentos, porque o texto já está muito grande:

Meu avô foi um herói. Jesus é o cara.

Meu avô viveu uma vida digna. Jesus viveu uma vida perfeita.

Meu avô sofreu com essa maldita doença, o câncer. Jesus foi maltratado e torturado até a morte.

Meu avô me amou desde o meu nascimento. Jesus me ama mesmo antes de eu vir ao mundo.

Meu avô vivia por sua família. Jesus morreu pela humanidade.

Eu amarei pra sempre meu avô. Eu sempre serei louca, apaixonada e desesperada por Jesus.

José Nogueira *18-12-1926 +15-12-2007

sábado, julho 29, 2006

Quando chega a hora de dizer adeus

Quando essa hora chega a gente pode estar se preparando há meses ou acontecer de repente, mas a gente insiste em acreditar que esse é um pesadelo do qual vamos ainda acordar. A gente sente uma dor que não dá pra explicar como é, e todas as palavras vão ao vento porque o vazio que se sente é...não temos palavras pra descrever.
É difícil encontrar forças, mas a vida continua não é mesmo? Ainda bem poder contar com nosso amado Jesus, porque só ele pra dar essa força de que precisamos. A Ele damos glórias, mesmo sem saber porque tudo aconteceu. "Abraão se fortalecia dando glórias a Deus.
Tia Su, João Paulo, Mariana, Gabriel, Amanda,vovó,tia Dilú, tio Zé,tio Tatá, tia Tânia,Matheus, Thiago e Sheila, contem comigo sempre.

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