Mostrando postagens com marcador confiança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador confiança. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, abril 20, 2012

Releitura das Cartas do Apocalipse: à igreja em Laodiceia

"Conheço tuas obras, sei que não és frio nem quente. Antes fosse frio ou quente! Assim, porque tu és morno, e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca. Porque tu dizes: Sou rico, tenho prosperado e nada me falta, mas não sabes que és infeliz, miserável,  pobre, cego e nu" - Ap 3:15-17

Uma das cartas mais famosas, a carta à Igreja em Laodiceia é conhecida por diversos cristãos. É interessante observar o contexto em que esse versículo foi usado. As cidades vizinhas à Laodiceia, Hierápolis e Colossos, tinham fontes de água. As de Hierápolis eram quentes, portanto importante para tratamentos médicos; as de Colossos eram frias, ideais para beber. As águas de Laodiceia, entretanto, eram mornas e não tinham utilidade alguma, a não ser dar ânsia de vômito. 

O versículo 17 é pouquíssimo citado nas pregações sobre a igreja de Laodiceia, entretanto é de suma importância. A igreja de Laodiceia sofria do pecado de autossuficiência. Eles se consideravam salvos simplesmente por não dependerem de ninguém, por terem dinheiro. A igreja foi destruída por um terremoto, e foi reerguida com recursos próprios, sem ajuda do governo de Roma, o que os fez ter ainda mais orgulho. Achavam que a bênção de Deus estava com eles simplesmente porque exteriormente eles eram abençoados. Voltamos, portanto, ao assunto reputação x caráter, citado nas duas cartas anteriores. 

Essa igreja não tinha poder de curar nem de matar sede, voltando à nossa analogia. Eles não se preocupavam com as pessoas, mas com o dinheiro que tinham, com seu status. Ela não trazia as pessoas para Cristo, nem edificava aqueles que estavam nela. Era mais uma igreja que estava viva, mas na verdade estava morta.

"Infeliz, miserável, pobre, cego e nu" é o estado de todo ser humano. Só saímos desse estado quando aceitamos a maravilhosa graça de Cristo, que nos torna plenos, felizes, nos faz verdade, cobre as nossas iniquidades. Saímos de um estado de humilhação para sermos exaltados em Cristo. E glorificamos a Deus por nos satisfazermos nEle. A igreja de Laodiceia, entretanto, achava que não precisava disso, porque não reconhecia esse estado pecador.

A teologia da prosperidade também faz isso. Ela faz a pessoa que tem posses acreditar que é aceita por Deus, por causa das posses; e faz a pessoa que não tem posses acreditar que é rejeitada por Deus, pela ausência de posses. Na verdade todos nós somos infelizes, miseráveis, pobres, cegos, nus e não podemos fazer nada para mudar isso. Nossa conta bancária não determina o quão cheio de Deus somos ou não. 

Para resumir o estudo das cartas, que não aceitemos falsas doutrinas entre nós, mas combatamos aquilo que corrompe o evangelho, sem perder o primeiro amor. Preocupemo-nos em desenvolver nosso caráter, não nossa reputação. Confiemos na graça de Deus, e não em nossas forças ou posses. Sejamos instrumentos de cura nas mãos de Deus, pessoas que mostrem onde a sede espiritual pode ser saciada. Sejamos felizes, porque Ele nos faz feliz, extraordinários, plenos enfim. 

Em alguns dos estudos das Cartas eu me baseei em informações retiradas do site Estudos Bíblicos, recomendo a visita.


sexta-feira, dezembro 16, 2011

Mesmo assim me alegrarei

"Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,
ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. 
Habacuque 3:17-18"


"Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos."
"A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar Mediterrâneo. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento,combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos."
"A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária da Ásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
A videira produz as uvas, fruto de cujo o suco se produz o vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica." - Wikipedia

Nesse momento você deve estar se perguntando por que eu peguei coisas tão óbvias, copiei a definição da Wikipedia e colei aqui.  Antes de tudo, então, devo avisar que esse é o texto mais "para mim", que eu já escrevi. Quero refletir mais profundamente sobre o que esse trecho de Habacuque tem a me dizer. Os devaneios podem não passar de pura reflexão vazia, mas é assim que costumo fazer reflexões, hehe.

A economia daquela época era extremamente voltada para a agricultura, então, nada de mais normal que uma comparação com plantas. Mas porque essas três? A figueira é uma árvore que se multiplica profundamente, as raízes podem até destruir uma parede de casa se for construída perto de uma delas. Então, posso concluir que os figos podem representar abundância. A videira é importante por sua tradição, por seu fruto maravilhoso - a uva. Então videira pode significar prazer, talvez? E, por último, a oliveira. Da oliveira vem a azeitona, e dela o azeite. O azeite é usado, como visto acima, tempero, unção e até combustível. Logo, concluo que o azeite pode representar o equilíbrio, o "tempero da vida" (como estou poética hoje, haha). Os alimentos da lavoura e os animais representam o sustento, para finalizar minha viagem

Abundância, prazer, equilíbrio e sustento. Mesmo que me falte tudo isso, eu me alegrarei no Senhor.

Agora deixe-me explicar porque eu estou fazendo essa reflexão (e remarcando a postagem programada para hoje). Domingo faço a prova de um concurso. Até aí nada de mais, certo? A verdade é que estive nos quatro últimos meses estudando muito (do verbo não faço mais nada além disso) para essa prova. E na quarta fui fazer umas provas para testar meus conhecimentos e fui muito mal. Fiquei arrasada, claro.

Eu depositei todas as minhas fichas nesse concurso. Todo meu futuro - cursos, casamento, carro - depende desse resultado. E aí eu me esqueci do versículo que se tornou o lema da minha vida profissional:

E é por meio de Cristo que temos tal confiança em Deus. Não que sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se viesse de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus." - II Co 3:4,5

É, eu esqueço das coisas às vezes, igual o povo de Israel se esquecia de quem era o  seu Deus. Não sou menos humana que eles e tendo a incorrer no mesmo erro às vezes. Não que em algum momento eu tivesse realmente achado que eu fosse capaz de ser aprovada nesse concurso por conta própria. Eu sei que não sou. Apesar de boletins escolares que diziam o contrário, nunca fui boa com essa coisa de estudar. As provas de CEFET, UFMG (fui aprovada com uma nota bem baixa) e dos últimos concursos que fiz estão aí para provar. Ainda que dessa vez eu ache que meu método tenha sido mais eficiente, se o foi, foi por causa de Deus, por causa da graça. Independentemente disso, o que esqueci é que pode ser que eu não passe - e que isso não seja uma coisa ruim (a longo prazo, obviamente).

Deus não está preso ao tempo como eu estou. Daqui a 10, 20 anos eu vou estar de um jeito que Ele já sabe, porque Ele já está lá. E eu sei que vai ser bom, não apenas porque a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, mas porque sei que a mesma graça que me salvou vai continuar comigo. Porque Ele me ama independentemente do que eu faça ou seja. Ele não desiste nem desistirá de mim, mesmo que eu mesma o faça.

Concluindo, ainda que me falte abundância, constância, prazeres, eu vou ser grata a Deus. Eu vou confiar em sua vontade. Eu vou saber que a confiança que tenho em Deus é por causa de Cristo, não por causa da minha capacidade de pensar.

E que domingo agora seja só mais um dia na história que Ele escreveu pra mim.

Que a graça continue nos acompanhando ^^
 

sexta-feira, julho 08, 2011

Perder a vida por Cristo


"Pois quem quiser preservar sua vida, irá perdê-la; mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho irá preservá-la" - Mc 8:35

O versículo acima é muito utilizado para falar de sofrimento, da igreja preserguida principalmente. Mas você já pensou que pode ter uma verdade para nós também, da igreja livre, nesse trecho?

Perder nossa vida não significa perder a vida no sentido literal, apenas.

Perder a vida por Cristo é saber que você pode perder seu status em seu antigo grupo social.

Perder a vida por Cristo significa perder a vida antiga que você tinha.

Perder a vida por Cristo significa abrir mão de todos os seus sonhos e entregá-los nas mãos dEle.

Perder a vida por Cristo é ter a segurança de não ter segurança alguma.

Perder a vida por Cristo é saber que suas decisões não são mais feitas pela sua vontade, mas submetê-las à vontade dEle.

Parece radical?

Mas ao perder nossas vidas por Cristo nós a ganharemos de volta.

Nós teremos nossa personalidade restaurada e melhorada.

Nós não iremos querer nossa antiga vida de volta, pois saberemos que ela não era, de fato, vida, mas sim morte.

Nós teremos a certeza de que nossos sonhos serão realizados, dentro da vontade de Deus.

Nós teremos a segurança de estarmos nEle.

Nós saberemos que a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável, será cumprida em nossas vidas. E isso é melhor do que qualquer coisa que desejaríamos.

sexta-feira, maio 27, 2011

No escuro à luz do sol



"Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." - João 8:12

É comum em nosso meio ouvirmos que às vezes temos que confiar cegamente em Deus, que não devemos confiar cegamente em ninguém a não ser nEle.

Às vezes, quando a luz solar é muito forte, nossa visão escurece e não conseguimos enxergar nada, ficamos como que no escuro, a despeito da luz do sol. Nesse momento temos que confiar em nossos sentidos e no próprio sol, que nos guiará na direção certa.

Apesar da aparente escuridão o sol está lá. É porque a luz dele é tão mais forte que qualquer outra iluminação que não enxergamos nada, a não ser ele. É um escuro brilhante.

Por experiência própria vejo que nossa caminhada cristã passa por isso algumas vezes. E Deus tem me ensinado que isso significa caminhar com ele no escuro à luz do sol. Onde não haja nenhuma outra luz para nos guiar, onde não haja escolhas ou opções, apenas confiarmos cegamente nele, porque nesses anos em que tivemos opções e onde Ele nos guiou no caminho certo nos ensinaram que Sua vontade é o melhor para nós. 
Podemos confiar nEle porque Ele é a luz, não devemos confiar cegamente nas pessoas porque apenas Ele é a luz, as pessoas, mesmo as servas dEle, apenas refletem a luz que receberam dEle.

É claro que é mais fácil quando precisamos da ajuda de Deus para decidir cursar a faculdade "A" ou a faculdade "B", se devemos namorar fulano ou ciclano, ou ainda se devemos permanecer em um ministério ou mudar para outro. Mas é no momento em que não sabemos em qual rumo devemos guiar nossa vida profissional, ou como conseguir constituir família através do casamento com data marcada sem que nenhum dos noivos tenham um emprego estável, ou em qual cidade devemos criar nossos filhos, é aí que a luz do sol se faz mais presente. 

Jesus é a luz do mundo, nossa estrela da manhã. Ele guiará cada um de nossos passos, se nós O convidarmos a fazê-lo, mesmo que que não saibamos o que nos aguarda na próxima esquina, mesmo que não saibamos se ao atravessar a rua um carro virá ou não. O Espírito Santo guiará nossos sentidos e Ele iluminará nosso caminho de forma que nossas escolhas sejam exclusivas dEle, e que, ao chegarmos do outro lado, saibamos que foi apenas Ele que nos permitiu chegar até ali. 

No escuro à luz do sol a única coisa que não deixamos de enxergar é a luz do próprio sol. Sob dilemas aparentemente insolúveis é somente em Deus que devemos confiar e nos deixar guiar.

Por sua graça, e apenas por ela, podemos andar no escuro à luz do sol e saber que tudo nos irá bem. E que a vontade dEle será cumprida em nossas vidas, para que essa luz seja refletida para outras pessoas também.

Veja mais em

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...