terça-feira, agosto 14, 2007

Oremos


Precisamos orar uns pelos outros. Precisamos seguir o modelo da comunhão registrada em Atos:

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às ORAÇÕES. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos. (...) Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus, e grandiosa graça estava sobre todos eles. Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda, e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um" At 2:42-47, 4:32-35

Muitas coisas lindas poderiam ser ditas sobre esse texto. Mas pretendo enfatizar a oração e a preocupação que os cristãos primitivos tinham uns com os outros (e, por primitivos me refiro a primeiros e não atrasados, porque temos muito a aprender com eles).

Os discípulos de Jesus se dedicavam à oração. A oração é fundamental para a vida do cristão e é de suma importância que oremos uns pelos outros. Isso faz parte da comunhão, de ajudar uns aos outros. Com a vida corrida que levamos acabamos por esquecer de nossos amigos, preocupados com nossos próprios problemas, esquecemo-nos de orar para que Deus dê alívio para os nossos companheiros. Não podemos deixar isso acontecer em nosso meio. O objetivo de uma célula, também conhecida em nossa igreja como grupos de COMUNHÃO, é justamente a comunhão. É a oportunidade que temos de compartilharmos uns com os outros as dificuldades cotidianas, não expor nossa vida para o grupo todo,mas só o fato de contarmos nossa semana e algumas de nossas lutas e vitórias já significa muito, momento de chorarmos juntos, de cantarmos juntos. Precisamos orar mais uns pelos outros. Quando oramos em grupo, Jesus se faz presente em nosso meio (Mt 18:20). Oremos também em casa,no serviço, na faculdade, na escola. Oremos!!

É uma mensagem simples, apenas para refletirmos mais sobre nossas vidas de oração enquanto grupo e também para avaliarmos se estamos vivendo realmente em comunhão.

Que Deus abençoe a todos

Dani=)


Texto publicado no blog da célula V.I.P.S. (http://celulavips.blogspot.com) em 15/04/07

domingo, agosto 05, 2007

A Bíblia, por ela mesma

Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair discípulos. Por isso, vigiem!

O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele, todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.


[Trechos extraídos de, respectivamente, Atos 20: 29-31a e Efésios 4: 14-16. Bíblia versão NVI]

sexta-feira, agosto 03, 2007

Uma declaração cristã

por Ed René Kivitz

Meu impulso inicial foi chamar este post de “Resposta a Bento XVI”, mas logo desisti, pois seria atribuir demasiada importância ao pronunciamento do Vaticano. Chamo de “Uma declaração cristã” para ser coerente com o pensamento de que em tempos de pós-modernidade e pluralismo (que alguns confundem com relativismo) não cabem afirmações categóricas. O máximo que um cristão pode fazer é “uma declaração cristã”, pois a declaração cristã sugere a unanimidade entre os cristãos, o que certamente existirá apenas no céu.

O documento "Respostas a Questões Relativas a Alguns Aspectos da Doutrina sobre a Igreja" elaborado pela Congregação para a Doutrina da Fé e ratificado pelo papa Bento 16, afirma que "a única verdade da fé cristã encontra-se na Igreja Católica", cria a ocasião para uma declaração cristã.

Conforme bem advertiu Pierucci:

Não bastassem a arrogância fundamentalista da "Christian America" monoteísta do governo de George W. Bush e a truculência fundamentalista do monoteísmo intransigente dos aiatolás e talebãs, agora vamos ter pela frente, para completar, mais esta espécie do mesmo gênero: o fundamentalismo católico, que afirma o primado cristão da verdade católica no universo multicultural das igrejas cristãs agora declaradas "não-igrejas" ou "igrejas lacunares".[ANTÔNIO FLÁVIO PIERUCCI, Folha de S.Paulo, 17 de julho de 2007]

Rejeitei, portanto, e de imediato o pronunciamento do Vaticano. Primeiramente porque poderia argumentar da legitimidade do protestantismo. Poderia advogar em favor do protestantismo, mas cairia no mesmo erro do Vaticano: reivindicar posse da verdade. Seria também vítima do equívoco que confunde o corpo místico de Cristo com as instituições que pretendem representá-lo na história.

Depois considerei afirmar que a verdade a respeito da fé cristã não se encontra nem no Catolicismo nem no protestantismo, mas nas Escrituras, ou na Bíblia Sagrada, compreendida como a coletânea de textos canônicos: a Lei de Moisés e os Profetas do Velho Testamento e os escritos apostólicos do Novo Testamento. Nesse caso, tanto o catolicismo quanto o protestantismo seriam apenas interpretações das Escrituras. Mas logo percebi que cometeria outro erro, a saber, confundir doutrina com verdade: tanto o catolicismo quanto o protestantismo articulam a fé cristã em termos dogmáticos e doutrinários, nos termos da modernidade com sua razão-mania que pretende fazer caber a verdade cristã em um conjunto de teorias filosófico-teológicas. Além de confundir doutrina com verdade, confundiria a experiência com o Cristo ressurreto com a apropriação intelectual das teorias que pretendem explicá-la.

Indo um pouco mais longe, considerei que a tentativa de estabelecer as Escrituras como lócus da verdade a respeito da fé cristã desconsideraria o fato de que a Bíblia Sagrada é uma realidade tardia à consolidação do cristianismo. De fato, havia no movimento cristão chamado primitivo um conjunto de escritos apostólicos, mas não eram considerados textos canônicos autoritativos como o são pela cristandade contemporânea. O Cânon bíblico é formado no quarto século da era cristã, de modo que já existia cristianismo antes que houvesse o que hoje chamamos Bíblia.

Considerei, então, que a verdade a respeito da fé cristã estivesse no testemunho da Igreja, que nasce no Pentecoste. A proclamação dos primeiros cristãos, os documentos gerados, e as experiências comunitárias seriam continentes da verdade. Mas nesse caso, deixaria o cristianismo e a obra de Cristo à mercê das contingências humanas, o que não me agrada, até porque não é o que leio nas Escrituras Sagradas, o que significa que nem mesmo os primeiros cristãos se compreendiam como protagonistas do movimento de Cristo.Fiquei com a mais conservadora das possibilidades: a única verdade a respeito da fé cristã encontra-se em Cristo. O cristianismo prescinde da Igreja, das Escrituras, do Clero, e de qualquer outra realidade que tenha a mínima cooperação humana para sua existência. A única coisa (perdoe o “coisa”) da qual o cristianismo não prescinde é de Cristo.

O cristianismo é obra do Cristo ressurreto e do Espírito Santo. Não é obra do catolicismo, nem do protestantismo. É Cristo quem edifica sua igreja. É o Espírito Santo quem guia a toda a verdade, sendo que o próprio Cristo é a verdade. É Cristo a verdade e é o Espírito Santo quem aproxima e une Cristo aos que são seus. Cristo está aonde as Escrituras ainda não chegaram. Cristo está aonde Igreja ainda não chegou. Cristo está aonde o testemunho da Igreja ainda não chegou.

Eis uma declaração cristã: "a única verdade da fé cristã encontra-se em Cristo".

quinta-feira, agosto 02, 2007

Um ano de Salva-vidas

por uma pessoa muito feliz em fazer parte dessa família


Um pouco atrasada, porque foi no mês passado que os Salva-vidas comemoraram um ano de existência, venho agradecer a Deus por essa data.

Era julho do ano passado quando eu tinha acabado de sair da união de adolescentes - a UGA - para ir para a mocidade. Eu estava disposta a entrar em um ministério, para servir a Deus. Como já havia feito o curso de liderança de células, minha idéia inicial era abrir uma célula, ou ao menos vice-liderar uma, o que, algum tempo depois, veio a acontecer, com a célula VIPS (da qual eu sou vice-líder). Foi quando um amigo da época de UGA me chamou para ir à reunião dos Salva-vidas. Eu, sem entender do que se tratava, mas bastante curiosa, acabei indo. Entrei no ministério,logo comecei a trabalhar, e li a apostila, que viria a se tornar o livro do pr. Davi Lago, um pouco depois. Uma idéia bastante inovadora, pensava eu. Mas fui surpreendida, porque era melhor do que eu pensava.

A cada sábado que se passava me apaixonava mais pelo ministério. Isso eu já disse até em algun textos aqui no blog. Eu me apaixonei pela seriedade com que a obra de Deus era levada, pelo respeito e admiração pelos pastores, pela cuidado de nosso líderes, pela dedicação de cada Salva-vidas, pela determinação de cada um de não realizar a obra de Deus por simples ativismo, mas de viver um cristianismo verdadeiro, prático e cativante.

Aos poucos, o grupo foi crescendo e se aproximava a data do congresso Loucos por Jesus, o primeiro grande evento em que trabalharíamos. O congresso foi excelente, muitas pessoas foram impactadas, muitas lideranças transformadas, e a idéia do ministério se espalhou pelo país. Algum tempo depois nosso líderes viajavam para dar cursos de capacitação em muitos lugares do Brasil. Fiquei ainda mais contente por fazer parte daquele grupo.

Depois veio o acampamento OQFJ (O Que Faria Jesus), e nele aprendi (ou reaprendi) muitas lições. A respeitar regras, a disciplinar sem ofender, mas, principalmente, a servir com humildade. A felicidade de fazer parte do ministério não esmorecia pelos erros que cometemos, na verdade, surgiu a vontade de superar, e de fazer melhor da próxima vez, com a excelência com que o serviço cristão deve ser feito.

Veio então a idéia do curso, que se iniciou alguns meses depois. O curso está muito bom, não só como capacitação para o ministério, mas como enriquecimento na vida cristã. Não poderia esquecer do site, que ficou muito bom também, e melhora a cada dia.

Magnificat e Festisêmani também passaram, e fomos muito abençoados, ainda que muitas vezes nem soubéssemos o que tinha acontecido dentro do templo.

Apesar de citar só os grandes eventos, não poderia deixar de lembrar o culto de todo sábado, e os outros cultos em que trabalhamos. Oportunidades de servimos e sermos abençoados, em nosso próprio cotidiano. Seja correndo para entregar algum folheto, seja recepcionando os visitantes ou recebendo cada novo convertido, seja na intercessão ou pulando na hora do louvor. Esse é o ministério dos Salva-vidas. Ainda temos muito a aprender e a fazer, mas eu sei que sou uma pessoa muito feliz por fazer parte dele.

Obrigada Deus, por cada Salva-vidas, pelos nosso líderes, vice-líderes, secretária e pela equipe do site, por nosso pastores, por nossa famílias e por cada pessoa que pôde ser abençoada através desse ministério. Obrigada por Jesus, o verdadeiro Salva-vidas, e por podermos, através do sacrifício dEle na cruz, sermos integrantes de Sua família. E também pela oportunidade de sermos mensageiros que divulgam Tuas boas-novas. Obrigada Papai, por podermos te servir e por termos o privilégio de sermos chamados Teus amigos. A Ti, toda honra e glória para sempre.

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