Mostrando postagens com marcador cotidiano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cotidiano. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, janeiro 14, 2015

Propósito


Estou lendo o livro 365 Days of Wonder (que, no Brasil, foi traduzido como 365 Extraordinários). É um livro de citações, recolhidas pelo personagem fictício Mr. Browne, professor de August, que é personagem principal do livro Wonder, da autora R.J. Palacio.

Cada dia o livro conta com uma citação, e a supracitada veio há exatamente uma semana (7 de Janeiro).

Já havia lido essa citação algumas vezes, mas sabe quando você lê algo e dá aquele clique de "uau"? Pois é, foi o que houve nesse dia.

Permitam-me filosofar um pouco sobre a frase. O dia que nascemos é, sem dúvida, esplêndido. Nos próximos poucos anos vamos aprender tanto em muito pouco tempo. Jamais em nossas vidas isso acontecerá de novo. Iremos aprender, sim, mas nunca na velocidade desses primeiros anos, e de aprendizados ao mesmo tempo tão básicos e fundamentais. 

Mas é quando descobrimos o porquê de estarmos aqui que tudo muda. É, de forma quase literal, um segundo nascimento. Existem muitas pessoas que passam pela vida sem nunca terem descoberto o real propósito de sua vida. E essas pessoas não estão limitadas a não cristãos. Existem muitos cristãos mais perdidos que tudo nessa vida.

Encontrar o porquê de estarmos aqui se constitui em um renascimento porque muda nossa forma de ver e viver a vida. De nossa carreira aos sonhos pessoais, tudo é regrado por aquilo que acreditamos ser  a razão de estarmos aqui. Cada investimento, decisão, plano, tudo é determinado pelo nosso propósito de vida.

Portanto, se nós, cristãos, acreditamos que nosso propósito na Terra é de transmitir a graça aos nossos próximos - e eu acredito que é, ou ao menos deveria ser - então tudo que decidirmos do momento em que conhecemos a graça até o momento de nossa morte deve ser pautado nesse fundamento.

É fácil nos perdermos em meio à correria do cotidiano e viver uma vida sem a menor relevância. Até sonhos deixamos de buscar. Nem sempre é possível trabalhar no emprego dos sonhos, por exemplo, mas muitas pessoas se deixam levar pelas reclamações de todos ao invés de correr atrás de seus objetivos, de se especializar e lutar pelo seu espaço. 

Não que eu acredite que um emprego bom deva ser a meta mais alta a ser alcançada, mas, por experiência própria, sei que estabilidade profissional e felicidade nessa área da vida pode ajudar, e muito, no nosso serviço cristão e no nosso exercício ministerial. Até porque, muitas vezes, nosso ministério coincide com aquilo com o qual sonhamos trabalhar.

Na vida pessoal, é fácil também nos acomodarmos aos padrões de casamento e divórcio com frequência. Deixamos de tentar compreender o outro, de relevar coisas, porque queremos ser felizes a qualquer custo, ainda que o preço seja, veja bem, a própria felicidade, que poderia ser encontrada na felicidade do outro também.

Há muito mais exemplos, nas mais diversas áreas de nossas vidas. O novo nascimento em Cristo se dá por meio da graça. E a graça nos dá um propósito pelo qual viver.

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Crônicas do coletivo - IV


Diálogo entre um homem de 39 anos (H) e uma moça de uns 30 (M):


H: Eu quero ter um milhão e meio até meus 50 anos.
Não precisamos ter dinheiro pra ter ousadia e visão. É preciso, sobretudo, de perseverança.

M: (risos)
H: Não é impossível não, veja só. Teve uma época que eu trabalhava como autônomo, e eu ganhava R$30 por dia. Eu todo dia guardava R$10 e ficava com o resto, colocava esses R$10 num porquinho que eu comprei. Quando eu não tinha algum dia, porque não tinha trabalhado, no dia seguinte guardava R$20, pra compensar. No fim do ano eu quebrei o porquinho e tinha R$3650.
M: É, é preciso determinação.
H: Outra vez, eu estava desempregado e fui ao centro da cidade. Eu era novo na cidade e tinha só R$28 no bolso. Estava na época da copa do mundo que o Brasil ganhou, a última. Eu orei a Deus e pedi pra ele me ajudar a multiplicar o meu dinheiro. Lá na praça Sete estava cheio de gente vendendo bandeirinhas, daí tomei coragem e perguntei pra um moço onde ele tinha comprado as bandeirinhas. Ele me falou que foi na "Armando Nacionais e Importados", lá na Santos Dumont. Daí eu ofereci a ele pra tomar um café, numa lanchonete lá perto, e ele foi. E lá eu ofereci um biscoito de queijo também, e ele aceitou (dos R$28 eu já tinha só R$26). Daí pedi pra ele ir comigo lá nessa loja, que eu não conhecia nada em BH. E ele foi. Daí lá ele deu a dica de não comprar bandeirinhas, porque todo mundo já estava vendendo. E eu vi aquelas cornetinhas, que só começaram a fazer sucesso depois, e perguntei o preço. Era R$0,19 se fosse por atacado, e R$1 se fosse individual. Peguei meus R$26 e comprei tudo em cornetinha (não tinha dinheiro nem mais pra voltar pra casa). Fui pra Afonso Pena (naquela época ainda podia camelô) e comecei a tentar vender. A primeira cornetinha que eu soprei, veio um guarda e disse que eu não poderia vender lá. Daí perguntei onde podia vender, ele me falou que em qualquer rua, menos ali. Fui pra São Paulo, em frente à Galeria do Ouvidor, e no fim do dia tinha vendido todas as 100 cornetinhas que tinha conseguido. No dia seguinte voltei na loja e fiz a mesma coisa. E no dia seguinte também.  E um dia, era 15h e eu já tinha vendido as 100 do dia. Daí um amigo meu (a gente acabou ficando amigo de vender na rua) disse que no bar da esquina ia transmitir os jogos, pra eu comprar mis e ir lá vender. A Armando fechava às 17h, então eu fui lá correndo e comprei mais 100. O Brasil ganhou naquele dia e eu vendi todas as cornetinhas. No fim do mês, depois da copa, eu tinha tido um lucro de R$1800. 
M: Uau!
H: É, ainda faltam 11 anos, eu quero meu um milhão e meio até meus cinquenta anos.

Não precisamos de dinheiro para ser ousados. Precisamos, sobretudo, de perverança.


quarta-feira, janeiro 30, 2013

Crônicas do Coletivo III


Diálogo entre motorista (M) e trocador (T), essa manhã:

M:  - Não sô, mas tem lenha que é normal, acontece e tal, mas tem gente que tá procurando lenha.
T: É, o cara tá lenhado e quer lenhar mais.
M: É, o cara vê que tá chovendo e, mesmo assim, deita o cabelo.
T: Mas depende, tem carro que dá pra deitar o cabelo, mas eles ficam pegando carro lenhado e querem deitar o cabelo...
M: Pois é...

"Oh, Minas Gerais..."

sexta-feira, novembro 25, 2011

Milagres x natureza

"E no dia depois de terem comido do produto da terra, o maná cessou, e os israelitas não o tiveram mais; mas naquele ano eles comeram produtos da terra de Canaã." - Js 5:12


Esse versículo narra um período da travessia do povo de Israel pelo deserto. Deus não os abandonou, Ele enviava o Maná para que o povo fosse sustentado nas áridas e inférteis terras do deserto. Assim que o povo teve acesso aos recursos naturais, o maná cessou - o milagre acabou.

Deus criou o mundo de uma forma completa, e o guia pelas leis da física. Ele não criou esse funcionamento para poder transgredi-lo toda hora, por isso os milagres são tão raros. 

Se você criasse algo fantástico, certamente só usaria outro instrumento com o mesmo fim caso fosse estritamente necessário. Assim também é com Deus, Ele gosta de trabalhar por meio das leis que Ele mesmo criou. 

Isso para os seres humanos é algo muito positivo, por mais que o senso comum evangélico clame por milagres o tempo todo. 

O maná sustentou o povo judeu no deserto, mas não foram poucas as vezes que o povo murmurou, querendo voltar para a terra de seus escravizadores, os egípcios.

Estudiosos especulam que o maná tinha o gosto de mel misturado com azeite, o que pode ter sido um motivo pelo qual o povo reclamava tanto. O povo queria que o milagre se portasse como o natural.

Todos somos assim. Se pedimos pela cura de um doente, é porque o queremos livre daquela doença, ainda que a natureza não colabore. Se queremos um milagre financeiro, queremos viver bem, não queremos ter dinheiro apenas para as necessidades básicas.No fundo, no fundo, quando pedimos por um milagre, queremos que tudo volte ao seu estado natural.

O brilhante escritor C.S. Lewis afirma: "Que Deus possa modificar e, de fato, por vezes modifique o comportamento da matéria e realize o que chamamos de milagre faz parte da fé cristã, mas a própria concepção de um mundo comum e, portanto, estável, requer que essas ocasiões sejam extremamente raras."

Por isso, creio que devemos desejar que as leis naturais sejam cumpridas, ainda que isso significa algo contrário ao que queremos que aconteça muitas vezes, como é o caso da progressão de uma doença terminal para a morte.

Lewis afirma também:  "Tente excluir a possibilidade de sofrimento implicada pela ordem da natureza e pela existência do livre-arbítrio, e você descobrirá que excluiu a própria vida." Essa frase não poderia ser mais verdadeira. Não podemos viver de milagres, porque senão não viveremos de fato, não seremos livres.

Eu prefiro viver nas leis naturais de Canaã que mana leite e mel, do que no deserto à base de maná. Mesmo que gigantes venham me perturbar em Canaã, sei que Deus está comigo, e isso me basta.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Anotações de "Rumores de outro mundo"

Sempre me encanto com a escrita do Yancey. Normalmente ele fala muito sobre o ofício de escrever em seus livros, e eu deixo essas anotações só pra mim, mas pensei que outros escritores podem ler também essas notas e serem edificados como eu sempre sou.
Philip Yancey







“Conhecer as partes não é, necessariamente, um auxílio à compreensão do todo.” – p. 19

“Nos tempos modernos, parece que, quanto mais a luz da ciência lança sobre o mundo criado, mais uma sombra encobre o mundo invisível que há além.” – p.20

“A contrário das gerações passadas, muitos estão incertos sobre Deus e um mundo invisível. Mesmo assim, sentimo-nos ansiosos por algo mais.” – p. 33

“Permitimos que divindades substitutas, ou falsos infinitos, preenchessem o vácuo de nosso mundo desencantado.” – p. 34

“Um idólatra opta por coisas que podem ser intrinsecamente boas, às quais concede um poder que elas jamais deveriam ter.” – p. 35

“Pode-se escolher somente entre Deus e a idolatria. Não há outra possibilidade. Pois a aptidão para a adoração está em nós, e, ou ela se volta para o outro mundo, ou é dirigida para esse aqui.” – p. 36

“Percebi que o desejo natural não era inimigo do sobrenatural, e reprimir esse desejo não era a solução. Em vez disso, a fim de encontrar o caminho para a felicidade, precisei vincular os desejos a suas origens no outro mundo.” – p. 37

“De alguma forma, afeiçoara-me ao engano de considerar o mundo natural como não espiritual, e Deus como avesso ao prazer. Mas Deus inventou a matéria, afinal de contas, incluindo todos os sentidos de meu corpo, por meio dos quais sinto prazer. O natural e o sobrenatural não são dois mundos separados, mas diferentes expressões da mesma realidade.” – p. 38

“Visto que somos seres materiais, Deus precisa lidar conosco nesse nível. (...) Praticamente tudo que sabemos acerca do mundo sobrenatural chegou-nos filtrado através do mundo natural e comum – o que facilita o trabalho de céticos de desprezar ou não crer.” – p. 41

“Para crer, é sempre necessário o mistério da fé, pois Deus não parece interessar-se por fé obrigatória. (Caso se interessasse, Jesus, ressuscitado, teria aparecido para Herodes e Pilatos, não apenas para seus discípulos.).” – p. 43

“Não tenho desejo algum de fugir do mundo natural, a exemplo de gnósticos, monges do deserto e fundamentalistas que fogem da “mundanidade”. Tampouco nego o sobrenatural, o erro dos reducionistas. Em vez disso, quero juntar os dois, a fim de reunir a vida no todo que Deus planejara.” – p. 45

“(...) basta-me ler os Salmos para perceber que Deus quer que o amemos e honremos por meio da criação, e não `a parte dela.” – p. 46

“Para contemplar e apreciar todo o resto, reverenciar e consagrar, erguer uma expressão de louvor à criação muda – foram esses os papéis reservados para a espécie feita à imagem de Deus.” – p. 49

“Um Deus soberano que decide contra sua vontade máxima, que supervisiona um Universo com centenas de bilhões de galáxias e ainda dispersa atenção profunda às suas minúsculas criaturas – como posso compreender um Deus assim?” – p. 51

“É preciso haver atenção e esforço de nossa parte para atendermos à orientação ‘lembre-se do seu Criador’, pois o Criador retira-se silenciosamente para os bastidores. Deus não força, sobre nós, sua presença. Quando deuses inferiores nos seduzem, Deus se retira, respeitando nossa inexorável liberdade para ignorá-lo.” – p. 51

“Não ganho um novo par de olhos sobrenaturais que me possibilitam, de uma hora para a outra, ver o mundo com visão perfeita. A cada dia, a cada hora, a cada momento, devo exercitar meu chamado para consagrar a criação de Deus (...). Centelhas sagradas estão potencialmente aprisionadas em cada momento do meu dia, e, como agente de Deus, sou chamado a libertá-las.” – p. 52

“Se você pode viver um momento, consegue viver todo um dia, e o modo de viver um dia é, no final das contas, o modo pelo qual vive sua vida. Gasto tanta energia na busca de uma maneira correta de viver que deixo passar momentos específicos, que são, na verdade, o único modo de eu poder viver.” – p. 57

“Encontrar Deus é questão de viver cada momento da vida em sua plenitude.” Joan Chittister, citada na p. 58

“O objetivo da contemplação é ver a vida como Deus a vê: a união de dois mundos, e não uma divisão. Isso engloba tanto a prática de toda uma vida como os raros e isolados lampejos de revelação.” – p. 58

“Aquele que busca o que é santo olha para cima, seguindo os raios de sol até sua fonte.” – p. 58

“A vida na terra envolve um conflito entre impulso e moderação, entre nossa natureza arruinada e a imagem de Deus. Uma visão sagrada da vida requer a simples verdade segundo a qual aquele que criou a criatura humana tem em mente nosso bem acima de tudo.” – p. 59

“Nossa vida forma algum tipo de padrão, quer tenhamos providenciado isso quer não.” – p. 61

“De outro mundo, ele [Jesus] veio mostrar-nos como viver melhor nesse aqui.” – p. 63

“O abuso surge quando se considera o prazer um fim em si mesmo, em vez de um fator que aponta para algo mais.” – p. 64

“É necessário um par de olhos treinados para ver Deus em detalhes.” – p. 66

“Fui criada em um ambiente cristão onde, por precisar-se dar preeminência a Deus, não se permitia que o resto tivesse importância. Cheguei à conclusão de que, devido ao fato de Deus existir, tudo é importante.” – Evangeline Paterson, citada na p. 71

“O sexo pode envolver nossos corpos, mas, diferentemente de funções corpóreas como a excreção, o espirro e o soluço, ele também toca nossas almas – por mais precário e delicado que seja esse toque.” – p. 76

“Quando uma sociedade perde a fé em seus deuses, ou em Deus, poderes inferiores surgem para tomar o lugar.” – p. 77

“Todo homem que bate à porta de um bordel está procurando por Deus.” – G.K. Chesterton, citado na p. 77

“O sexo possui força combustiva suficiente para incinerar a consciência, além de votos, compromissos familiares, devoção religiosa e o que mais estiver em seu caminho.” – p. 78

“O poder do sexo continua vivo, mas poucos vêem nele alguma indicação daquele que o criou.” – p. 81

“(...) no sexo, assim como em todas as áreas da vida, nossa humanidade caída nos atrapalha e impede de realizarmos o ideal.” – p. 81

“Os cristãos mais exaltados se esquecem do fato de que Deus criou o sexo.” – p. 82

“Se a humanidade for o foco de sua religião, o amor romântico se torna um ato de adoração. Todavia, se Deus fez o objeto de sua religião, então o amor romântico se torna um indicador inconfundível, um rumor de transcendência tão alto como qualquer outro que ouvimos na terra.” – p. 88

“Não os vejo mais [os tabus sexuais da Bíblia] como regras caprichosas que visam a estragar nossas aventuras sexuais, mas sim como diretrizes que protegem algo extremamente valioso que só pode ser percebido em um relacionamento exclusivo e pactuado.” – p. 91

“A fidelidade estabelece limites nos quais o sexo ocorre sem restrições.” – p. 92

“Casei-me imaginando que o amor nos manteria unidos. Em vez disso, aprendi que precisava do casamento para ensinar-me o que significa o amor.” – p. 94

“O casamento como instituição social é arbitrário, flexível e aberto a novas definições. Mas o casamento na condição estabelecida por Deus é um assunto completamente diferente.” – p. 94

“Os cristãos devem continuamente progredir entre o deleite nas dádivas de Deus e a aflição pelas distorções do pecado.” Lewis Smedes, citado na p. 101

“O método de Deus para lidar com o mal é a cura, não a prevenção.” – p. 105

“(...) o mal aparece, com mais freqüência, tal qual um amigo perfumado.” – p. 105

“Deus deseja nos libertar; o mal tem a intenção de me escravizar.” – p. 107

“’Existem duas formas de ter o suficiente’, disse G.K. Chesterton; ‘uma é continuar acumulando sempre mais e mais. A outra é desejar menos’” – p. 108

“A liberdade humana permite-nos um ambíguo privilégio, que não é concedido ao resto da criação: nós podemos arruinar o equilíbrio da natureza (...). O planeta inteiro estremece ante os resultados de nossas tentativas de colocar a nós mesmos, e não a Deus, no centro da existência.” – p. 110

“Este é o amargo jugo do pecado. Por ele, abandonamos o leve e suave jugo de Cristo.” – Thomas Merton, citado na p. 110

“a crença no mal traz uma prova invertida da existência de Deus.” – p. 112

“Em vários momentos, a igreja insistiu com afinco no ‘pecado original’, ao mesmo tempo que ignorava uma graça original, na qual Deus providenciou a cura do pecado mesmo antes de ele ocorrer.” – p. 113,114

“(...) se a culpa moral for efetivamente um rumor de outro mundo, um sentimento dado por Deus de que algo está errado, nenhum embuste ou racionalização o fará desaparecer.” – p. 118

“No momento do pecado, considero o mundo como sendo meu, e não de Deus.” – p. 121

“ele [o pecado] afeta todos os que já nasceram. Os cristãos têm uma visão mais realista da humanidade, ao crer que os seres humanos falharam, estão falhando e sempre falharão.” – p. 121,122

“Hoje visualizo Deus não tanto como um policial, no andar de cima, vigiando cada movimento meu, mas como um espírito dentro de mim. Um espírito que me incentiva a compreender plenamente para que, antes de tudo, fui criado.” – p. 122

“Como criador do homem, Deus sabia como a sociedade humana funcionaria melhor.” – p. 129

“Ao contrário dos animais, temos a liberdade de dizer não a nossos instintos ruins. Ao fazê-lo, evitamos o que certamente nos causaria danos.” – p. 129

“Agradou a Deus, nesse aspecto, entrelaçar seus interesses com os nossos, de forma que, ao buscarmos sua glória, busquemos, real e efetivamente, nossos próprios e verdadeiros interesses.” – Matthew Henry, citado na p. 130

“Onde a lei vacila, o amor intervém.” – p. 130

“Se nossas ações forem verdadeiramente motivadas pelo amor que temos por Deus, agiremos de forma que não apenas agrade a Deus, mas também a nós mesmos.” – p. 131

“Meus pecados eram mais internos, condizentes com um escritor que passa a vida olhando para dentro de si.” – p. 132

“A insatisfação, o orgulho e a cobiça são pecados internos que crescem como fungo na escuridão, nos cantos úmidos da alma, nutridos por pequenas rejeições, uma leve paranóia e solidão – são esses os riscos ocupacionais da profissão de escritor.” – p. 134

“O pecado introduz um tipo de interferência estática na comunicação com Deus e, por conseqüência, ele nos desliga da verdadeira fonte de que precisamos para combatê-lo.” – p. 139

“A culpa merece minha gratidão, pois somente uma força assim tão poderosa pode empurrar-me a uma reconciliação com aqueles a quem prejudiquei.” – p. 141

“A falsa culpa ocorre quando uma pessoa se pune por não corresponder aos padrões de outras pessoas – podem ser os pais, pode ser a igreja, ou a sociedade. A verdadeira culpa ocorre quando uma pessoa não corresponde aos padrões de Deus.” – p. 142

“O sentimento de culpa só serve à função para o qual foi planejado, como um sintoma, quando nos pressiona em direção à cura.” – p. 142

“Um santo não passa de um pecador, só que mais arrependido que a maioria de nós.” – Benedict Groeschel, citado na p. 143

“A graça é um dom gratuito de Deus, e o arrependimento, o caminho a percorrer para chegarmos até ela.” – p. 144

“Deus não consegue evitar estender sua graça. O perdão, a reconciliação e o resgate definem a natureza de Deus.” – p. 150

“você só pode ser plenamente amado se for plenamente conhecido.” – p. 151

“Aprendi que Deus não fica nada surpreso com meu fracasso. Conhecendo-me melhor que eu mesmo, ele espera fracasso de minha parte. Sou mais pecador do que jamais imaginei – e também mais amado por Deus.” – p. 151

“Resgatar é assunto de Deus.” – p. 151

“É quando percebemos a sujeira, que Deus está mais presente em nós; é o próprio sinal de sua presença.” – p. 152

“Em psicologia, teologia e física, a linha que separa os dois mundos – físico e espiritual – é, na melhor das hipóteses, incerta.” – p. 158

“Fico maravilhado com a humildade de um Deus que nos confia prazeres que, como ele bem sabe, nos desencorajariam ou substituiriam todo desejo espiritual que pudéssemos sentir.” – p. 162

“O mundo físico, por mais atrativo que seja, tem seus limites.” – p. 163

“Para muitos, não é possível que Deus exista, a menos que se faça visível – e Deus não age segundo nossa vontade.” – p. 164

“Em resumo, creio não tanto porque o mundo invisível influencia este, mas porque o mundo visível sinaliza, mediante maneiras que me comovem intensamente, que um e outro se completam.” – p. 165

“O amor que experimentei nesse mundo me traz a convicção de que um amor perfeito não ficará satisfeito com a triste história desse planeta (...). O amor perfeito persevera até alcançar a perfeição.” – p. 165

“a sociedade atual não tem muito espaço para o conceito de um reino invisível, o qual nos exige lealdade a qualquer custo.” – p. 173

“Toda a matéria (...) passou a existir mediante o comando de Deus. Sua origem no mundo espiritual torna a história mais valiosa, e não menos. Ela existe porque Deus quis que existisse, nós existimos pela mesma razão.” – p. 176

“Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais tendo uma experiência humana.” – Pierre Teilhard de Chardin, citado na p. 178

“Somos, mais precisamente, seres incompletos à espera de uma experiência completa, seres fragmentados à espera de unidade. Estabelecer contato com o mundo invisível, enquanto estamos na terra, inicia esse processo.” – p. 178

“O mesmo Deus que criou o mundo invisível o sustenta diligentemente.” – p. 180

“As duas palavras, visível e invisível, parecem distintas somente para aqueles de nós que possuem visão limitada.” – p. 181

“Assim embaixo, como em cima: inverter a ordem de duas palavras muda tudo (...). O derradeiro destino do mundo, como também o nosso, está sendo definido aqui e agora.” – p. 182

“Aqueles que não têm nenhuma possibilidade de sucesso no mundo visível, enfim, liderar o caminho para o Reino de Deus.” – p. 192

“Estremeço diante da intrepidez de Deus ao confiar tão grande tarefa – Deus fazendo seu apelo por nosso intermédio – a uma espécie notória em separar o belo do feio, o rico do pobre, os de pele escura dos de pele clara, homens de mulheres, fortes de fracos.” – p. 193

“Levar a atribuição de Deus a sério significa que devo aprender a ver o mundo ao contrário, tal qual o fez Jesus. Em vez de procurar pessoas que massageiam meu ego, vou encontrar aqueles cujos egos precisam ser massageados; em vez de pessoas importantes, de recursos que podem fazer-me favores, procuro pessoas com poucos recursos; em vez de  fortes, procuro pelos fracos; em vez de saudáveis, os enfermos.” – p. 193,194

“É entre os humildes, desprezíveis, oprimidos e rejeitados que o Reino de Deus finca suas raízes.” – p. 195

“Se o mundo é são, então Jesus é tão louco quanto o chapeleiro, e a Última Ceia é a festa do chá maluco. O mundo diz: Preocupe-se com sua própria vida; Jesus diz: Não existe esse negócio de sua própria vida. O mundo diz: Siga o caminho mais inteligente e seja um sucesso; Jesus diz: Siga-me e seja crucificado. O mundo diz: Dirija com cuidado – a vida que você salva pode ser a sua; Jesus diz: Quem procurar salvar sua vida, a perderá, mas quem perder sua vida por minha causa, a achará; O mundo diz: Lei e ordem; Jesus diz: Amor. O mundo diz: Tome; Jesus diz: Entregue. Levando-se em conta o que o mundo considera sanidade, Jesus é demente como um simplório. Qualquer um que pense poder segui-lo sem ser um pouco louco trabalha mais por uma ilusão que pela cruz. ‘Nós somos loucos por causa de Cristo...’, diz a Paulo, diz a fé – a fé de que, em última análise, a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria do homem, a insanidade de Jesus mais sã que a implacável sanidade do mundo.” – Frederik Buichmer , citado na p. 197

“muitas vezes parece que mal pratico a existência de Deus, quanto mais a presença dele.” – Irmão Lawrence, citado na p. 199

“Suas parábolas e discursos [de Jesus] ressaltavam um aspecto do dinheiro que se mostra uma verdade incontestável: você não pode levá-lo consigo.” – p. 200

“Por instinto, acumulamos dinheiro em cofres de aço e esconderijos secretos; ao dar, o libertamos, liberando graça em um muno de competição e balanços financeiros.” – p. 201

“Precisava ver o dinheiro pelo que ele é: um empréstimo concedido por Deus para que eu investisse no Reino dos céus, o único reino que paga dividendos eternos.” – p. 202

“Ninguém em sã consciência aceita alegremente o confisco dos próprios bens – isto é, a não ser que preveja ‘ bens superiores e permanentes’ em um mundo invisível; a menos que viva para Deus, na para si mesmo.” – p. 203 (sobre versículo de Hebreus 10:34)

“Enquanto uma pessoa pobre combate a inveja, uma pessoa rica luta contra a cobiça. O dinheiro proporciona um campo de batalha completo para o confronto de dois mundos.” – p. 203

“Os cristãos sustentam sua lealdade a outro mundo e, desde a época do Império Romano, esse fato vem despertando a suspeita e a ira tanto de governos como de outras religiões.” – p. 205

“A crença em outro mundo põe a tribulação sob uma ótica tão diferente que ele [Paulo] podia fazer uma lista de muitas calamidades pessoais e chamá-las de ‘sofrimentos leves e momentâneos.’” – p. 207

“A questão da dor parece trazer à tona uma bizarra inversão: dentre os escritores dedicados a esse assunto, os que mais sofreram tendem a reclamar menos.” – p. 207

“Se nos apaixonarmos muito pelo mundo, as aflições quebram de uma só vez o encanto.” – p. 208

“Confiar não elimina as coisas ruins que podem acontecer, apesar do que tenha despertado o medo originalmente. Confiar tão somente significa achar uma nova saída para a ansiedade e um novo fundamento para a segurança: Deus. Deixo que Deus se preocupe com os detalhes inquietantes da vida, visto que a maioria está, de qualquer forma, além de meu controle.” – p. 208

“Teologia significa olhar para o mundo a partir da perspectiva de Deus.” – Henri Nouwen, citado na p. 210

“Meu objetivo ao envelhecer, ao preparar-me para a morte, é preocupar-me cada vez menos em como os outros me vêem e, cada vez mais em como Deus me vê. Afinal, ficaremos muito mais tempo juntos.” – p. 211

“A graça significa que nenhum erro que cometemos na vida nos desqualifica para o amor de Deus. Significa que pessoa alguma está além da redenção, que nenhuma mácula humana é impossível de ser limpa.” – p. 213

“A graça é irracional, injusta, imerecida, e só tem significado se eu creio em outro mundo, governado por um Deus misericordioso, o qual sempre oferece outra chance.” – p. 213

“Quando o mundo vê a graça em ação, fica em silêncio.” – p. 214

“A vingança perpetua o mal. A justiça o pune. O mal só é vencido pelo bem se a parte ferida o absorve, recusando-se a permitir que siga adiante, e assim funciona a graça sobrenatural que Jesus demonstrou em sua vida e morte.” – p. 215

“Nossa cidadania deve estar nos céus, mas também ocupamos corpos feitos de pele, ossos, gordura e músculo, em um mundo material.” – p. 217

“Aqueles que investem suas esperanças em um mundo invisível deixam isso evidente por suas ações nesse mundo (...). Buscam não estar tão voltados para o céu, a ponto de não terem utilidade na terra, bem como não atentar tanto para a terra, a ponto de não terem valor para o céu.” – p. 218

“faça tudo o que fizer como se tivesse 1000 anos para viver e como se soubesse que pode morrer amanhã.” – Ann Lee, citada na p. 219

“O risco reside em nos sentirmos completamente à vontade na terra, sem estar ciente do outro mundo.” – p. 220

“A cidade deste mundo me bombardeia com sinais sensuais e atraentes. A cidade de Deus, por sua vez, é tranqüila, invisível e fugaz. Será que existe? Preciso estimular transmissões por sobre o abismo: orando, ouvindo.” – p. 220

“A pessoa sábia vive consciente tanto do tempo quanto da eternidade, simultaneamente um cidadão da cidade de Deus e da cidade desse mundo.” – p. 221

“Na criação, na encarnação, e em todos os atos sobre a terra, Deus torna o comum sagrado.” – p. 222

“O fato de [Jesus] aparentar ser radical, de ter sido morto por suas convicções, pode dizer mais a nosso respeito que a respeito dele.” – p. 228

“Os santos sobressaem porque se recusam a respirar esse ar [de luxúria, consumismo, egoísmo e ambição], a aceitar a mentira sem protestar. Procuram viver de acordo com as regras do mundo invisível, mesmo enquanto estão no mundo visível.” – p. 229

“O dom de nos entregar em total submissão a Deus é um sacrifício , no qual, longe de perder algo, ganhamos tudo e recuperamos em um posse mais perfeita, até aquilo que parecemos perder. Pois no mesmo momento em que nos entregamos a Deus, Deus se entrega a nós.” – Merton, citado na p. 230

“O melhor percurso de todos é crer em algo que é – a verdadeira aposta da fé.” – p. 234

quarta-feira, outubro 05, 2011

Entrega total


Em um mundo cada vez mais corrido e competitivo, as pessoas exigem de nós respostas rápidas e planos eficientes.


Como devemos reagir então? Veja no Convite à Loucura ^^

sexta-feira, agosto 19, 2011

Eu e meu computador quebrado




No início do mês eu descobri que a tela do meu laptop estava quebrada. No começo eu conseguia encaixar de volta o que tinha quebrado, mas ao longo do tempo foi impossível. Com isso, a tela não ficava em pé, e eu tinha que segurar, ou colocar alguma coisa pra apoiar. Não sei quem fez isso, mas depois acabei me acostumando a fazer isso. Pedi para meu noivo arrumar pra mim, e ele veio aqui há alguns dias e o arrumou pra mim. Logo que ele arrumou e eu fui mexer pela primeira vez esqueci que estava arrumado, e mexi com todo o cuidado, até que lembrei que ele já estava "bem". Ainda assim, eventualmente, meu instinto de segurar a tela ainda continua.

Esse episódio me lembrou de como somos em relação ao pecado. Pode parecer uma analogia boba, mas creio que Deus nos fala por meio de coisas simples do nosso cotidiano. Nós pecamos, e, inicialmente, esse "defeito" incomoda, mas depois acabamos ficando acostumados com ele. Vivemos como se aquilo fosse o normal, o padrão para nossas vidas. Muitas vezes nem nos lembramos como isso aconteceu, mas nos conformamos com essa situação. Então pedimos a Deus que nos perdoe. Confiamos que Ele é o especialista no assunto, então Ele nos perdoa. Estamos "consertados". Mas não nos lembramos disso, e vivemos com medo de cair no mesmo erro.

Creio que podemos sim, ser cautelosos, assim como eu tenho que ser com meu laptop, que não pôde ser totalmente consertado, porque uma peça está defeituosa. Mas isso não significa que temos que viver com medo, como se ainda fôssemos escravos do pecado. Quando Deus nos perdoa Ele perdoa definitivamente, e já se esqueceu do que fizemos.

E, caso o computador solte de novo, meu noivo se dispôs a vir aqui arrumar de novo, e ensinou meu irmão a fazê-lo também. Nós podemos confiar que a graça está a nosso dispor. Podemos confiar que Deus usará pessoas para nos ajudar em nossa caminhada. Isso não significa que iremos abusar da graça. Aquele que verdadeiramente foi alcançado pela graça jamais pode viver da mesma maneira, pois irá viver sua vida em eterna gratidão a aquele que a concedeu.

quinta-feira, junho 16, 2011

Beleza cotidiana

"Os céus louvam as tuas maravilhas, Senhor, e a tua fidelidade na assembléia dos santos." - Salmos 89:5


Ontem, milhares de brasileiros olharam para o céu para ver o eclipse lunar. Eu também tentei ver, mas a lua estava escondida de mim ontem.

O céu estava lindo, e foi então que lembrei de como nessa vida corrida que o mundo leva atualmente quase nenhum de nós para um tempo para olhar o céu, admirar as árvores, ouvir pássaros cantando. Nós só nos atraímos por aquilo que é diferente, porque o cotidiano já é comum demais.

Às vezes temos a mesma atitude para Deus. Já pensou no quanto é extraordinário estarmos vivos? Ou como conseguimos trabalhar e estudar todos os dias? Ou como temos comida em nossas mesas? Mas como isso é tudo cotidiano, só enxergamos Deus em grandes milagres, em cultos na igreja. Não nos damos conta que tudo em nossa vida são pequenos milagres.

Se percebêssemos isso, talvez seríamos mais generosos e caridosos com os nossos próximos, não haveria pessoas passando fome e frio nas ruas. Talvez o mundo seria um lugar melhor.

Mas infelizmente nós preferimos ver o eclipse a ver o céu estrelado todas as noites.

sexta-feira, novembro 05, 2010

Pequenos milagres


São quase 4 meses tratando a Marina*. Ela é cega, cadeirante e não fala. Não nos deixa encostar nela também, o que é muito ruim para seu desenvolvimento, já que o toque é uma das coisas mais importantes para o desenvolvimento de pessoas cegas.

De todos os desafios que encontrei na APAE ela definitivamente era o que eu achava que nunca iria superar. E olha que não eram poucos os desafios: uma linda garotinha portadora da Síndrome de Down, um garoto com uma tendência ao autismo e muita dificuldade para entender ordens, uma pequenina portadora da Síndrome de West e com hipotireoidismo, que também é cadeirante, não fala e tem muitas crises convulsivas durante as sessões e uma paciente com paralisia cerebral que não consegue se comunicar de forma satisfatória e que acaba de sair das fraldas aos 16 anos.

O trabalho com Marina se resume a trabalhar a questão da sensibilidade, tentando diminuir essa rejeição ao toque para que aceite melhor os alimentos e se comunique melhor com família e demais pessoas.

Como ela não aceitava o toque e a mãe disse que ela adora música, todas as nossas sessões sempre tinha um cd tocando ou o rádio ligado. A evolução era mínima.

Na última semana tinha colocado um cd que vi que ela gostou bastante, então coloquei de novo essa semana. Tocou a primeira música, a segunda, a terceira. Na terceira canção vi que o som emitido por Marina não era o tradicional choro enquanto eu trabalho com ela. Ela estava cantarolando a música anterior. Eu pensei estar maluca, então resolvi voltar para a música dois. E então aquilo que eu imaginava ser loucura se confirmou. Marina cantarolava, copiando perfeitamente o ritmo da música, agitando as mãos como se dançasse.

Pode não significar muito para algumas pessoas, mas a alegria estampada no rosto da mãe quando contei para ela o que aconteceu na terapia é, para mim, um milagre, pequeno para alguns, grande para Marina, para sua mãe, e para mim também.

* Nome alterado para preservar a identidade da paciente

sábado, julho 03, 2010

Vontade de ser uma menininha normal...


Sério, ontem tudo que eu queria era ser uma menina típica, que não entende nada de futebol, que não entende porque 22 homens correndo atrás de uma bola de futebol pode ter algo de interessante, etc.

Quando saí para trabalhar via os homens, arrasados e as mulheres felizes, como se nada demais tivesse ocorrido nesse dia.

A seleção perdeu!! Você não fazem ideia do que isso significa para mim. Pensei, pensei por muito tempo o que seria uma analogia perfeita e acho que o mais perto que pude chegar foi o seguinte:

Imagine que você encontrou o cara mais perfeito do mundo e está namorando com ele. Tudo vai a mil maravilhas até que, do nada ele termina com você.

Sentiu??? Você ficaria vendo o fulano em tudo quanto é lugar que fosse, tudo te faria lembrar dele, talvez você não chorasse, mas ficaria com o coração em mil pedaços.

Isso para mim é uma derrota da seleção. Agora, é continuar torcendo, não me esquecer que eu moro no país que tem a melhor seleção do mundo, independente de resultado de Copa do Mundo. Daqui a quatro anos tem mais.

Ok, isso não me fez melhorar nem um pouco, mas sei que aos poucos vai. Afinal, todo mundo supera esse tipo de perda não supera?

Que Deus nos abençoe!

sexta-feira, janeiro 22, 2010

A semana das tragédias


Está certo que a tragédia do Haiti foi na última semana, mas parece que o mundo está acordando mais para essa notícia essa semana. Todos os blogs que eu acompanho falaram pelo menos duas vezes sobre esse assunto essa semana. Eu, particularmente, prefiro evitar falar sobre esse assunto. Acho que não sou forte o suficiente para escrever sobre isso. Não sou forte nem para discutir sobre a tragédia em si - milhares de pessoas mortas, milhões de pessoas feridas e desabrigadas - como também não sou forte para ver o que os pseudocristãos dizem nesse momento.


Resolvi escrever porque acredito que minha falta de forças não justificaria tamanha irresponsabilidade essa que seria negar o direito de expressar minha opinião sobre o assunto.


Eu acredito que Deus é poderoso e que se importa com a humanidade, e quase posso dizer que tenho certeza que ele não causou essa tragédia. Também não foi algo do acaso. Isso é consequência do pecado humano, sim, mas não acredito que seja diretamente relacionado ao pecado daquela nação. É consequência do pecado uma vez que o ser humano caiu uma vez em pecado, há muito tempo, e desde então todos nós somos pecadores e todo o mundo está desequilibrado. Se os terremotos no Haiti fossem um castigo de Deus contra aquela nação seria algo que Ele próprio avisaria, como fez com Israel no tempo do Antigo Testamento.


Ele não seria injusto se quisesse mandar um raio na minha cabeça agora. Eu sou pecadora por natureza. "O salário do pecado é a morte, mas (e esse mas é que faz toda a diferença) o dom gratuito de Deus é a vida eterna". Esse versículo, que está registrado em Romanos 6:23, é a cartada final contra qualquer Pat Robertson que se levante por aí. TODOS nós deveríamos morrer porque somos pecadores. Entretanto, a partir do momento em que o próprio Deus veio pagar o preço que Ele cobrou para nos salvar, estamos "livres" desse jugo. Vamos morrer, é certo, e muitos de nós vamos sofrer na vida. Mas ele está sempre ao nosso lado. A diferença é essa quando somos cristãos. Nós conseguimos ter forças para continuar lutando depois da tempestade, porque Ele nos dá forças. O povo do Haiti, por exemplo, como negar a igreja forte que está surgindo dos restos mortais daquele país? E por forte quero dizer realmente isso. Uma árvore que cresce em meio a dificuldade extrema terá mais força para enfrentar os desastres do que aquelas que nasceram em um clima tranquilo. Isso é o que entendo por Igreja forte. E não uma igreja com muitos bens, grande quantidade de pessoas ou grande destaque na mídia.


Cada notícia boa que vejo sobre a tragédia (trinta pessoas resgatadas depois de vários dias, a senhora que saiu cantando de onde ficou soterrada, a mãe que reencontra seu bebê depois de uma semana), me dá esperanças. Esperança que a situação lá vai melhorar. Não importa o tempo que levar, mas vai melhorar. É claro que com o mundo todo se mobilizando as coisas vão melhorar mais rápido. As tragédias fazem o lado verdadeiro do ser humano surgir. Ou ele mostra a bondade que há no seu coração, ou a crueldade. E são nesses grupos que divido aqueles que dizem alguma coisa sobre a tragédia. Como cristã eu gostaria muito que aqueles que dizem professar a mesma fé que eu mostrassem a bondade que Cristo nos ensinou, mas infelizmente são muitos os que fazem exatamente o contrário.


Como igreja de Cristo devemos sofrer com os nossos irmãos haitianos. Se uma unha do dedo mindinho quebrar todo o nosso corpo irá se mobilizar até que a ferida esteja curada. A unha do dedo mindinho da igreja está quebrada e sangrando, por isso devemos sofrer com o povo no Haiti. E mesmo por aqueles que não são cristãos, porque são seres humanos como nós, afinal, quantos morreram sem conhecer a Cristo? É nossa culpa. Nós temos uma missão - levar o evangelho a todo o mundo. E evangelho não é apenas o "Jesus te ama" que estamos acostumados a pronunciar tão roboticamente. Evangelho são boas novas. E as boas novas de Cristo são capazes de transformar o ser humano integralmente. A igreja deveria estar lá para criar estruturas melhores para as casas, as escolas, as famílias. Obviamente ao dizer isso corro o risco de ser injusta. Sei que há muitos por lá fazendo a missão integral acontecer. E sei que muitos de nós não estão no Haiti, mas estão na Europa, na África e nos outros continentes. Mas sei também que há muitos que deveriam estar lá e estão sendo negligentes.


Desculpem pelas frases jogadas, é o que sei fazer quando tento escrever sobre alguma tragédia. O que sei, em síntese, é que meu coração fica apertado quando leio cada notícia dizendo que o número de mortos aumentou, que a chuva em São Paulo já matou nove pessoas, que aqueles que se dizem cristãos condenam pecadores como eles próprios. É como uma criança com o dedo no nariz rindo do coleguinha que soltou um pum na sala. Mas eu acredito que daquele vale de ossos secos pode surgir um exército. Acredito que meus irmãos haitianos vão fazer história porque passaram por isso. E acredito que a fidelidade de Deus continua a mesma, assim como sua bondade e justiça.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Compaixão cristã


"Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão" - Lc 10:33


Todo mundo conhece a história do bom samaritano. Um assalto, religiosos indiferentes e um excluído que teve compaixão do assaltado. É uma bela parábola que Jesus contou, sobre compaixão. Interessante como essa parábola se repete hoje em dia.

Hoje, ao comparecer ao asilo em que faço estágio, minha professora foi assaltada. Levaram o carro, os documentos, os celulares, tudo. Com isso fomos dispensadas do estágio e cheguei bem mais cedo em casa, o que foi bom porque pude recuperar a noite de sono que perdera na noite anterior. Na mesma hora lembrei-me de como muitos evangélicos não entendem o significado do versículo que está em Romanos 8:28 e diz: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Muita gente usa esse versículo para dar testemunhos. Eu poderia ter usado isso hoje. Poderia dizer que Deus foi bom para mim e me deu a oportunidade de descansar.

O fato é que foi uma coisa boa eu poder ir para casa mais cedo. Mas não seria correto eu dizer que Deus usou o assalto da minha professora para me favorecer. Foi uma tragédia, e ela estava arrasada. Como alguém pode achar que Deus é tão sarcástico a ponto de ficar feliz com a desgraça humana? Ou, porque os evangélicos têm essa tendência a achar que são pessoas melhores que as outras, achando que Deus vai fazer mal a alguém para os beneficiar?

O versículo de Romanos nos ensina a ter perseverança nos momentos difíceis. Nos ensina a saber que Deus continua ao nosso lado nesses momentos, e que, depois de passarmos por eles poderemos ver que crescemos com a experiência, e que nos tornamos pessoas melhores após vencê-los.

A grande lição da parábola do bom samaritano é que a compaixão é algo a ser praticado sempre. Os religiosos costumam julgar tragédias como sendo fruto do pecado dos atingidos por elas, mas a Bíblia mostra diversas vezes que nem sempre os problemas que acontecem conosco estão ligados a pecados que cometemos. Às vezes tragédias simplesmente acontecem, não cabe a nós saber o motivo sempre, mas devemos sempre ter compaixão das pessoas. Jesus teve tamanha compaixão da humanidade, que veio ao mundo morrer e ressuscitar a fim de que não fôssemos para o inferno.

Creio que vale a pena aqui ressaltar o significado de compaixão. Segundo a Wikipédia, compaixão pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem; não deve ser confundida com empatia. A compaixão freqüentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outra pessoa, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem. A compaixão pode levar alguém a sentir empatia por outra pessoa. A compaixão é freqüentemente caracterizada através de ações, na qual uma pessoa agindo com espírito de compaixão busca ajudar aqueles pelos quais se compadece.


A compaixão diferencia-se de outras formas de comportamento prestativo humano no sentido de que seu foco primário é o alívio da dor e sofrimento alheios. Atos de caridade que busquem principalmente conceder benefícios em vez de aliviar a dor e o sofrimento existentes, são mais corretamente classificados como atos de altruísmo, embora, neste sentido, a compaixão possa ser vista como um subconjunto do altruísmo, sendo definida como o tipo de comportamento que busca beneficiar os outros minorando o sofrimento deles.


Ou seja, compaixão não é sentir pena, é agir em busca de minimizar o sofrimento do outro. Foi isso que Jesus quis nos ensinar com a parábola do samaritano. O samaritano não viu quem estava sofrendo, ele simplesmente ajudou. Muitas vezes acontece hoje nas igrejas a mesma coisa que aconteceu aos religiosos. Por julgar demais quem está sofrendo, deixamos de ajudar aquela pessoa.


Todos nós somos pecadores, mas aqueles de nós que somos cristãos experimentaram a graça de Jesus que nos libertou da escravidão do pecado. E catástrofes e tragédias também atingem todo ser humano. Muitas vezes, ao demonstrar compaixão para com aqueles que estão sofrendo, e não julgando o motivo pelos quais eles estão passando por isso, podemos tornar possível que eles experimentem da mesma graça que nós já desfrutamos.


O meu desejo é que eu possa ser mais parecida com aquele samaritano do que com os religiosos da história. Afinal de contas, o que colocou o cristianismo em prática foi o primeiro, e não os últimos.



sexta-feira, agosto 22, 2008

Crônicas do coletivo II


O mesmo ônibus de ontem. Depois da cena divertida comecei a ouvir uma conversa de duas senhoras (não que eu quisesse, mas elas falavam a uma intensidade suficiente para até o motorista ouvir).

A: - Você se casou?
B: - Deus me livre! Só morei com ele durante 14 anos.
A: - Casamento é muito ruim!
B: - É uma desgraça. Eu nunca casei, graças a Deus.
A: - A única coisa boa é entrar de branco na Igreja, a festa depois...
B: - Não vale a pena o sacrifício...
A: - Dependendo, casar no civil vale até a pena. Casa com um homem bem rico, e depois separa, e fica rica também.
B: - Mas o meu era pobre, miserável, e eu tive que aguentar por 14 anos.
Nisso o filho da senhora A, de uns três anos, começou a "cantar":
Aa: - Queeeeeeeu...queeeeeeeeu....veloxidade dois...queu queu queu queu...

Depois de um longo dia de aula, resolvi dar um cochilo.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Crônicas do coletivo


Eu sou uma pessoa que freqüentemente reclamo dos ônibus coletivos. Tanto pela demora, quanto pelo fato de eles sempre virem cheios, quanto pela falta de educação de cobradores, motoristas e passageiros (é, eu sei, reclamo muito).

Hoje presenciei uma cena engraçada.

Uma senhora entrou no ônibus com duas plantas gigantes, que pareciam estar bem pesadas. Nisso, um senhor que estava sentado à minha frente olhava inquietamente para ela, esperando que ela retornasse o olhar. Então ele disse (bem baixo, como se fosse um segredo mundial):
- Eu vou descer logo mais, no Biocor...

E pegou uma das plantas gigantes da senhora. Só que um outro lugar foi liberado, e ela sentou, com suas plantas gigantes.

O ônibus estava relativamente cheio, então essa senhora cutucou uma outra senhora que estava em pé um pouco mais a frente (uma que tinha recusado que um moço segurasse a bolsa pra ela) e disse que o tal senhor ia descer logo logo. Ela rapidamente andou até lá. Mas então outro lugar foi liberado, e ela também sentou.

Algum tempo depois, uma outra senhora chegou (uma que eu já tinha segurado a bolsa certa feita) e a moça ao meu lado avisou que o moço iria descer em breve.

E daí ele desceu.

Gentileza hoje em dia é uma coisa tão rara, que quando acontece em massa, se torna um fato extraordinário (e dessa vez até divertido).

segunda-feira, outubro 08, 2007

Receita - Pão com ovo e batata Ruffles

Ingredientes:

Uma bandeja de presunto de validade duvidosa;
Um pão francês;
Um pacote de pão-de-queijo;
Dois ovos;
Um hambúrguer;
Um pacote de Ruffles 18g;
Um Bis;

Modo de fazer:

Chegue em casa cansado e olhe o que tem para comer. Descubra a bandeja de presunto e desista da idéia de comer pão com presunto. Coloque os pães-de-queijo par assar num fogão industrial e vá ler SET. Olhe o forno cinco minutos depois e descubra que o pão-de-queijo ainda está crú. Volte a ler a revista. Sinta o cheiro de queimado e constate que você nunca conseguiu deixar um pacote inteiro de pão-de-queijo tão queimado. Desista de comer e espere seu pai chegar em casa. Quando for fazer hambúrguer e fritar um ovo para ele, destrua o ovo e faça um ovo mexido bem gorduroso. Frite outro ovo para seu pai. Fique com dó de jogar fora o ovo mexido gorduroso, coloque dentro do pão e acrescente o pacote de Ruffles (fora ou dentro do pão é uma escolha sua). Depois de comer a sua receita criativa ache uma caixa de Bis escondida no armário do alto da cozinha e coma apenas um (lembre-se do quão gorduoso estava aquele ovo).

Ok, depois de acordar o Nivton às cinco da manhã numa noite sem dormir, ficar na Igreja para o ensaio do teatro e esperar uma reunião que pra você acabou não tendo, ter que estudar para uma prova de audiologia e fazer um relatório de observação às quatro da manhã no outro dia, esquecer o jaleco para a prática de audiologia e aprender a mexer no aparelho de BERA com um paciente de verdade e finalmente chegar em casa e ter que reeditar o trabalho de ABFW e saber que tem que começar a estudar para neurologia, contando os milissegundos para chegar o Loucos por Jesus, você não queria que eu fizesse algo de incrementado na cozinha e que saísse dessa minha pequena mente cansada algo lindo e produtivo né?

God bless you all!!
Fiquem com Jesus =)

sexta-feira, junho 29, 2007

Heróis Modernos


Em nossa sociedade atual, os assaltos têm, infelizmente, se tornado cenas comuns no cotidiano. Apesar de já ter tido dois celulares roubados, ainda não me acostumei a conviver com esses crimes. Na quinta-feira, dia 21, presenciei um desses absurdos.

Era mais um dia comum, em que eu pegara um ônibus lotado - daqueles que a gente mal consegue entrar - para ir à faculdade. Sem conseguir me mexer e nem subir os degraus, fiquei a observar a paisagem da minha cidade. Foi o último dia em que os ônibus circularam na pista do canto, junto com os demais automóveis. Na verdade, em meu trajeto costumo ficar conversando com Deus ou tentando lembrar letras de música que na noite anterior eu tinha ouvido, às vezes fico pensando no que farei no dia, mas, excepcionalmente naquele dia, não conseguia fazer nada disso, fiquei apenas olhando pela porta do ônibus, torcendo para o motorista não parar para mais ninguém entrar.

Foi quando em um ponto da Antônio Carlos tudo aconteceu. Inicialmente pensei ser uma briga de casal, até que o rapaz, muito bem vestido por sinal, quase derrubou a moça no chão e saiu correndo com sua bolsa. Como é de praxe nessas situações, uns dois outros rapazes saíram correndo para tentar alcançar o gatuno. Um desses era o trocador do ônibus que estava à minha frente. Já um tanto agitada por ter tomado muito café na noite anterior para estudar para uma prova, fiquei em alvoroço, sentimento que era presente em todas as pessoas do ônibus em que eu estava. Como o rapaz corria muito rápido, os outros desistiram logo de tentar alcança-lo.

Enquanto isso, no ponto, as pessoas recolhiam algumas folhas da moça, que estava em completo estado de choque pelo ocorrido. No ônibus que eu estava todos acompanharam o trajeto do ladrão até onde nossas vistas permitiam alcançar. Uma senhora gritou: "pegou, pegou!!!". Ao que o motorista respondeu: "pegou?". Ela completou: "pegou!!". Lembram-se do trocador do outro ônibus? Ele seguiu com o ônibus até o rapaz cannsar de correr e, então, desceu do ônibus e o derrubou. Alguns rapazes ajudaram a imobilizar o ladrão no chão e o trocador pegou a bolsa e saiu correndo, muito contente, para devolver os pertences à moça. O motorista daquele ônibus ficou aguardando a volta dele.

Por alguns instantes todos comentavam da coragem e valentia do trocador, mas logo o assunto se encerrou e voltaram ao que faziam antes do incidente. A essa altura o ônibus já tinha esvaziado bastante, no que eu passei da catraca e me assentei. Influenciada pela cafeína, mas também extasiada com algo que nunca vira antes em minha vida, fiquei a pensar naquele herói anônimo que conhecera. Bem pequenino quando comparado ao assaltante, o cobrador fez surgir uma força de si, que talvez nem ele sabia que existia. Por ser tudo muito rápido, não reparei se usava aliança ou não, mas fiquei pensando no quanto ele arriscara a própria vida para recuperar a bolsa de alguém que ele nem sequer conhecia. E se tivesse uma esposa, filhos? E se o assaltante marcou bem quem ele era, para ameaça-lo depois? Minha mente fervilhava, e acho que todos ao meu redor percebiam isso, pois me olhavam um tanto assustados. Mas eu não me importava, tinha acabado de conhecer um herói moderno; alguém que não se contentava com a impunidade, e já que, muito provavelmente, nada aconteceria ao bandido, ao menos ele fizera sua parte. Na verdade nem sei o que passou na mente daquele trocador, nem o que o levou a fazer o que fez, mas suas atitudes me revelaram muito da sua pessoa.

Ao se dispor a enfrentar o bandido, se expondo ao perigo até de morte talvez, por alguém que ele não conhecia, aquele homem mostrou que vale a pena continuar acreditando em heróis. Mas ele tinha, com certeza, seus defeitos, que eu, obviamente, não conhecia. Há, entretanto, alguém que não hesitou em sofrer, ser perseguido, acusado e morto na pior das mortes, mesmo sendo absolutamente inocente, por mim. Alguém que ele sabia que iria decepcioná-lo tanto, que seria tantas vezes medíocre, que não o honraria sempre (etc etc etc) como eu!!! Ele não fez isso só por mim, fez por cada ser humano da face da Terra, de bandidos a heróis. Se tivermos humildade suficiente para reconhecer nossas falhas e nos achegarmos a ele, reconhecendo que só ele tem poder pra nos salvar (da perdição, de nós mesmos...), Jesus estará de braços abertos para nos receber e mudar nossas vidas para sempre.

Ao me lembrar disso, nem preciso da cafeína para ficar mais extasiada do que fiquei há oito dias...

segunda-feira, outubro 02, 2006

A PRAGA CHAMADA NOVELA

xQue as novelas estão cada dia pior todos sabem, mas algum dia elas já foram boas? Algum dia trouxeram algo de útil para o Brasil? Já houve uma época, em um passado bem distante, graças a Deus, que eu assistia novela. O que posso dizer é que perdia, no mínimo, uma hora e tinha valores totalmente errados incutidos em minha mente (eu devia ter uns 12, 13, talvez 14 anos). Novela deveria ser proibida por lei. Deveria ser proibido para crianças, deveria ser proibido para os jovens, para os adultos, para todo mundo! Novela só fala de traição, sexo livre, enganação, e mais uma infindável lista de podridão. Se houvesse cheiro para cada programação da TV novela seria a que federia a carniça e esgoto junto. É muito ruim saber que há tanta gente (e hoje não é só mulher que assiste) presa nesse vício horroroso. Antes, novela mexicana era totalmente dramática, mas as novelas da Globo superavam em baixaria, hoje há uma disputa, de quem consegue produzir o pior programa. Rebelde, a novelinha adolescente mexicana do SBT, assistida e adorada por muitas crianças, é algo que dá vergonha de ver (apesar de que nunca vi, mas se tem gente que nem cristã é dizendo que o nível é baixo, é porque deve ser mesmo). As novelas globais não precisam de comentário. Afinal, uma novela sem um casal gay, uma vilã roubadora de namorados e um trapaceiro, não dá ibope. Nem sei porque estou escrevendo isso. Acho que estou indignada com tanta gente usando a odiosa expressão “não tem nada a ver” que resolvi expressar o que penso. Acho também que é porque ouvi falar da lei que permite beijo gay em qualquer horário do dia na televisão. Oremos pelo Brasil. Oremos e façamos algo. Não nos calemos perante a desmoralização e inversão de valores que estamos presenciando. Fiquem com Deus e até mais.

quarta-feira, junho 07, 2006

VIROSE...


Fiquei doente, peguei uma virose que, segundo a médica que me atendeu quatro dias depois de eu começar a passar mal (não queria ir), está atingindo todo mundo, cuidado visitante do Menininha, você pode ser o próximo(hehehe...estou brincando).
Bom, seis dias em casa, refleti bastante, eis algumas coisas que observei:

O Brasil é um dos poucos países, senão o único, em que futebol é algo para rostinhos bonitos. Conclusão: os feios jogam muito mais que os bonitos (claro que há exceções, o Kaká joga muito, por exemplo)
O julgamento de Suzanne Richthofen foi adiado. E ela está aguardando em prisão domiciliar em seu apartamento de classe média alta. Os irmãos cravinhos aguardam na cadeia. Conclusão: Os advogados estão ficando cada vez mais inteligentes.Vivem achando brechas na lei e as usam de forma desonesta. Outra observação: como alguém consegue defender outro alguém que matou ou mandou matar, não importa, os próprios pais?
Houve uma invasão ao plenário segunda-feira. Os militantes do MLST(Movimento de Libertação dos Sem-Terra) literalmente quebraram tudo em suas duas horas de invasão. Depois houve ordem de prisão para 300 manifestantes.Um segurança teve traumatismo craniano e afundamento do osso temporal.(agora eu sei o que isso significa, o osso temporal é esse azulzinho, aí em cima) Observação: poderiam ter levado presos junto com os manifestantes alguns deputados e senadores que se reuniam naquele dia. Insensatez quase do mesmo nível merece punição igual. Li agora que houve 497 prisões e 41 feridos. O funcionário que tinha ficado em coma ainda está na UTI, ele já está consciente e seu estado é estável segundo os médicos
O Brasil ganhou de 4x0 da Nova Zelândia. Parreira disse que ainda precisa acertar algumas coisas na seleção. Ronaldinho tinha 5 bolhas no pé esquerdo; uma pomada em dois dias resolveu o problema, ele já pode jogar. Pelé disse que a seleção de 70 ganharia da atual seleção. Jogadores brasileiros foram a uma boate e viraram (mais) notícia na Suíça.Edmilson machucou, Mineiro foi convocado em seu lugar. Fizeram teste antidopping surpresa em quatro jogadores da seleção. Ninguém foi avisado. Observações: Sensato o senhor Parreira, o Brasil poderia mesmo ter ganho de 8x0 (de novo) da Nova Zelândia. Queria uma pomada assim, fiquei há algum tempo com uma bolha chata durante umas duas semanas. Pelé se jogasse como fala seria o pior jogador do mundo, eu não iria conhece-lo (segundo o radical Toledo, na tv alterosa, Pelé ganhou sua fama nas costas de Garrincha e outros). Odeio boates, não se faz nada que presta lá, mas o que os jornalistas tem a ver com a vida dos jogadores em seu horário de folga? (tudo bem que Roberto Carlos mentiu, bem, talvez seja esse o motivo de tamanho estardalhaço. Viu Roberto, mentira tem perna muito curta.).Uma pena o Edmilson ter saído, ao menos já passa bem depois da cirurgia. O segundo jogador que joga em time brasileiro é também do São Paulo (O goleiro Rogério Ceni - o "O" com letra maiúscula é proposital - também foi convocado)Pelo visto os jogadores brasileiros passaram sem problemas, ninguém noticiou nada mais. Iria falar pra fazerem também com os argentinos, mas acabo de ver uma notícia que eles já fizeram isso. Bom, só se fala em copa do mundo, por isso esse tópico foi o maior, além disso, aquilo que nos interessa sempre fica mais bem lembrado.
Ontem foi dia 06/06/06 , lançamento do filme "A profecia", aos seis minutos desse mesmo dia.Houve filas nas maternidades de todo o país, com mães querendo que seus filhos nascessem nesta terça. Domingo foi dia mundial de Oração. Conclusão: O "dia da besta", foi micado pelas orações de todo o mundo. Jesus é maior que satanás(se é que pode se estabelecer uma comparação, já que Jesus é tão infinitamente maior). O que eu não entendo é as mães querendo que seus bebês nasçam nesse dia. De acordo com o filme, o anticristo nasceria nesse dia. Acaso elas querem ser mãe dele?
Um dos candidatos à presidência veio a UFMG dar uma palestra. Lula continua com a maior parte dos votos nas pesquisas, ele disse que se arrepende de nunca ter feito um curso superior, sua opção seria economia. O povo tem memória fraca ou pouca inteligência? Lula ainda pode mudar. Arrependimento real é se ele resolver fazer isso.
Cansei...se lembrar de mais alguma coisa que vi na tv ou li no jornal durante a virose eu posto aqui. Até mais pessoas que visitam o blog (meu consolo pro "0 coments" que sempre aparece é que os grandes blogs também começaram assim). Fiquem com Deus.

Veja mais em

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...