Philip Yancey
“Conhecer as partes não é, necessariamente, um auxílio à
compreensão do todo.” – p. 19
“Nos tempos modernos, parece que, quanto mais a luz da
ciência lança sobre o mundo criado, mais uma sombra encobre o mundo invisível
que há além.” – p.20
“A contrário das gerações passadas, muitos estão incertos
sobre Deus e um mundo invisível. Mesmo assim, sentimo-nos ansiosos por algo
mais.” – p. 33
“Permitimos que divindades substitutas, ou falsos infinitos,
preenchessem o vácuo de nosso mundo desencantado.” – p. 34
“Um idólatra opta por coisas que podem ser intrinsecamente
boas, às quais concede um poder que elas jamais deveriam ter.” – p. 35
“Pode-se escolher somente entre Deus e a idolatria. Não há
outra possibilidade. Pois a aptidão para a adoração está em nós, e, ou ela se
volta para o outro mundo, ou é dirigida para esse aqui.” – p. 36
“Percebi que o desejo natural não era inimigo do
sobrenatural, e reprimir esse desejo não era a solução. Em vez disso, a fim de
encontrar o caminho para a felicidade, precisei vincular os desejos a suas
origens no outro mundo.” – p. 37
“De alguma forma, afeiçoara-me ao engano de considerar o
mundo natural como não espiritual, e Deus como avesso ao prazer. Mas Deus
inventou a matéria, afinal de contas, incluindo todos os sentidos de meu corpo,
por meio dos quais sinto prazer. O natural e o sobrenatural não são dois mundos
separados, mas diferentes expressões da mesma realidade.” – p. 38
“Visto que somos seres materiais, Deus precisa lidar conosco
nesse nível. (...) Praticamente tudo que sabemos acerca do mundo sobrenatural
chegou-nos filtrado através do mundo natural e comum – o que facilita o
trabalho de céticos de desprezar ou não crer.” – p. 41
“Para crer, é sempre necessário o mistério da fé, pois Deus
não parece interessar-se por fé obrigatória. (Caso se interessasse, Jesus,
ressuscitado, teria aparecido para Herodes e Pilatos, não apenas para seus
discípulos.).” – p. 43
“Não tenho desejo algum de fugir do mundo natural, a exemplo
de gnósticos, monges do deserto e fundamentalistas que fogem da “mundanidade”.
Tampouco nego o sobrenatural, o erro dos reducionistas. Em vez disso, quero
juntar os dois, a fim de reunir a vida no todo que Deus planejara.” – p. 45
“(...) basta-me ler os Salmos para perceber que Deus quer
que o amemos e honremos por meio da criação, e não `a parte dela.” – p. 46
“Para contemplar e apreciar todo o resto, reverenciar e
consagrar, erguer uma expressão de louvor à criação muda – foram esses os
papéis reservados para a espécie feita à imagem de Deus.” – p. 49
“Um Deus soberano que decide contra sua vontade máxima, que
supervisiona um Universo com centenas de bilhões de galáxias e ainda dispersa
atenção profunda às suas minúsculas criaturas – como posso compreender um Deus
assim?” – p. 51
“É preciso haver atenção e esforço de nossa parte para
atendermos à orientação ‘lembre-se do seu Criador’, pois o Criador retira-se
silenciosamente para os bastidores. Deus não força, sobre nós, sua presença.
Quando deuses inferiores nos seduzem, Deus se retira, respeitando nossa inexorável
liberdade para ignorá-lo.” – p. 51
“Não ganho um novo par de olhos sobrenaturais que me
possibilitam, de uma hora para a outra, ver o mundo com visão perfeita. A cada
dia, a cada hora, a cada momento, devo exercitar meu chamado para consagrar a criação
de Deus (...). Centelhas sagradas estão potencialmente aprisionadas em cada
momento do meu dia, e, como agente de Deus, sou chamado a libertá-las.” – p. 52
“Se você pode viver um momento, consegue viver todo um dia,
e o modo de viver um dia é, no final das contas, o modo pelo qual vive sua
vida. Gasto tanta energia na busca de uma maneira correta de viver que deixo
passar momentos específicos, que são, na verdade, o único modo de eu poder
viver.” – p. 57
“Encontrar Deus é questão de viver cada momento da vida em
sua plenitude.” Joan Chittister, citada na p. 58
“O objetivo da contemplação é ver a vida como Deus a vê: a
união de dois mundos, e não uma divisão. Isso engloba tanto a prática de toda
uma vida como os raros e isolados lampejos de revelação.” – p. 58
“Aquele que busca o que é santo olha para cima, seguindo os
raios de sol até sua fonte.” – p. 58
“A vida na terra envolve um conflito entre impulso e
moderação, entre nossa natureza arruinada e a imagem de Deus. Uma visão sagrada
da vida requer a simples verdade segundo a qual aquele que criou a criatura
humana tem em mente nosso bem acima de tudo.” – p. 59
“Nossa vida forma algum tipo de padrão, quer tenhamos
providenciado isso quer não.” – p. 61
“De outro mundo, ele [Jesus] veio mostrar-nos como viver
melhor nesse aqui.” – p. 63
“O abuso surge quando se considera o prazer um fim em si
mesmo, em vez de um fator que aponta para algo mais.” – p. 64
“É necessário um par de olhos treinados para ver Deus em
detalhes.” – p. 66
“Fui criada em um ambiente cristão onde, por precisar-se dar
preeminência a Deus, não se permitia que o resto tivesse importância. Cheguei à
conclusão de que, devido ao fato de Deus existir, tudo é importante.” –
Evangeline Paterson, citada na p. 71
“O sexo pode envolver nossos corpos, mas, diferentemente de
funções corpóreas como a excreção, o espirro e o soluço, ele também toca nossas
almas – por mais precário e delicado que seja esse toque.” – p. 76
“Quando uma sociedade perde a fé em seus deuses, ou em Deus,
poderes inferiores surgem para tomar o lugar.” – p. 77
“Todo homem que bate à porta de um bordel está procurando
por Deus.” – G.K. Chesterton, citado na p. 77
“O sexo possui força combustiva suficiente para incinerar a
consciência, além de votos, compromissos familiares, devoção religiosa e o que
mais estiver em seu caminho.” – p. 78
“O poder do sexo continua vivo, mas poucos vêem nele alguma
indicação daquele que o criou.” – p. 81
“(...) no sexo, assim como em todas as áreas da vida, nossa
humanidade caída nos atrapalha e impede de realizarmos o ideal.” – p. 81
“Os cristãos mais exaltados se esquecem do fato de que Deus criou o sexo.” – p. 82
“Se a humanidade for o foco de sua religião, o amor
romântico se torna um ato de adoração. Todavia, se Deus fez o objeto de sua
religião, então o amor romântico se torna um indicador inconfundível, um rumor
de transcendência tão alto como qualquer outro que ouvimos na terra.” – p. 88
“Não os vejo mais [os tabus sexuais da Bíblia] como regras
caprichosas que visam a estragar nossas aventuras sexuais, mas sim como
diretrizes que protegem algo extremamente valioso que só pode ser percebido em
um relacionamento exclusivo e pactuado.” – p. 91
“A fidelidade estabelece limites nos quais o sexo ocorre sem
restrições.” – p. 92
“Casei-me imaginando que o amor nos manteria unidos. Em vez
disso, aprendi que precisava do casamento para ensinar-me o que significa o
amor.” – p. 94
“O casamento como instituição social é arbitrário, flexível
e aberto a novas definições. Mas o casamento na condição estabelecida por Deus
é um assunto completamente diferente.” – p. 94
“Os cristãos devem continuamente progredir entre o deleite
nas dádivas de Deus e a aflição pelas distorções do pecado.” Lewis Smedes,
citado na p. 101
“O método de Deus para lidar com o mal é a cura, não a
prevenção.” – p. 105
“(...) o mal aparece, com mais freqüência, tal qual um amigo
perfumado.” – p. 105
“Deus deseja nos libertar; o mal tem a intenção de me
escravizar.” – p. 107
“’Existem duas formas de ter o suficiente’, disse G.K.
Chesterton; ‘uma é continuar acumulando sempre mais e mais. A outra é desejar
menos’” – p. 108
“A liberdade humana permite-nos um ambíguo privilégio, que
não é concedido ao resto da criação: nós podemos arruinar o equilíbrio da
natureza (...). O planeta inteiro estremece ante os resultados de nossas
tentativas de colocar a nós mesmos, e não a Deus, no centro da existência.” –
p. 110
“Este é o amargo jugo do pecado. Por ele, abandonamos o leve
e suave jugo de Cristo.” – Thomas Merton, citado na p. 110
“a crença no mal traz uma prova invertida da existência de
Deus.” – p. 112
“Em vários momentos, a igreja insistiu com afinco no ‘pecado
original’, ao mesmo tempo que ignorava uma graça original, na qual Deus
providenciou a cura do pecado mesmo antes de ele ocorrer.” – p. 113,114
“(...) se a culpa moral for efetivamente um rumor de outro
mundo, um sentimento dado por Deus de que algo está errado, nenhum embuste ou
racionalização o fará desaparecer.” – p. 118
“No momento do pecado, considero o mundo como sendo meu, e
não de Deus.” – p. 121
“ele [o pecado] afeta todos os que já nasceram. Os cristãos
têm uma visão mais realista da humanidade, ao crer que os seres humanos
falharam, estão falhando e sempre falharão.” – p. 121,122
“Hoje visualizo Deus não tanto como um policial, no andar de
cima, vigiando cada movimento meu, mas como um espírito dentro de mim. Um
espírito que me incentiva a compreender plenamente para que, antes de tudo, fui
criado.” – p. 122
“Como criador do homem, Deus sabia como a sociedade humana
funcionaria melhor.” – p. 129
“Ao contrário dos animais, temos a liberdade de dizer não a
nossos instintos ruins. Ao fazê-lo, evitamos o que certamente nos causaria
danos.” – p. 129
“Agradou a Deus, nesse aspecto, entrelaçar seus interesses
com os nossos, de forma que, ao buscarmos sua glória, busquemos, real e
efetivamente, nossos próprios e verdadeiros interesses.” – Matthew Henry,
citado na p. 130
“Onde a lei vacila, o amor intervém.” – p. 130
“Se nossas ações forem verdadeiramente motivadas pelo amor
que temos por Deus, agiremos de forma que não apenas agrade a Deus, mas também
a nós mesmos.” – p. 131
“Meus pecados eram mais internos, condizentes com um
escritor que passa a vida olhando para dentro de si.” – p. 132
“A insatisfação, o orgulho e a cobiça são pecados internos
que crescem como fungo na escuridão, nos cantos úmidos da alma, nutridos por
pequenas rejeições, uma leve paranóia e solidão – são esses os riscos
ocupacionais da profissão de escritor.” – p. 134
“O pecado introduz um tipo de interferência estática na
comunicação com Deus e, por conseqüência, ele nos desliga da verdadeira fonte
de que precisamos para combatê-lo.” – p. 139
“A culpa merece minha gratidão, pois somente uma força assim
tão poderosa pode empurrar-me a uma reconciliação com aqueles a quem prejudiquei.”
– p. 141
“A falsa culpa ocorre quando uma pessoa se pune por não
corresponder aos padrões de outras pessoas – podem ser os pais, pode ser a
igreja, ou a sociedade. A verdadeira culpa ocorre quando uma pessoa não
corresponde aos padrões de Deus.” – p. 142
“O sentimento de culpa só serve à função para o qual foi
planejado, como um sintoma, quando nos pressiona em direção à cura.” – p. 142
“Um santo não passa de um pecador, só que mais arrependido
que a maioria de nós.” – Benedict Groeschel, citado na p. 143
“A graça é um dom gratuito de Deus, e o arrependimento, o
caminho a percorrer para chegarmos até ela.” – p. 144
“Deus não consegue evitar estender sua graça. O perdão, a
reconciliação e o resgate definem a natureza de Deus.” – p. 150
“você só pode ser plenamente amado se for plenamente
conhecido.” – p. 151
“Aprendi que Deus não fica nada surpreso com meu fracasso.
Conhecendo-me melhor que eu mesmo, ele espera fracasso de minha parte. Sou mais
pecador do que jamais imaginei – e também mais amado por Deus.” – p. 151
“Resgatar é assunto de Deus.” – p. 151
“É quando percebemos a sujeira, que Deus está mais presente
em nós; é o próprio sinal de sua presença.” – p. 152
“Em psicologia, teologia e física, a linha que separa os
dois mundos – físico e espiritual – é, na melhor das hipóteses, incerta.” – p.
158
“Fico maravilhado com a humildade de um Deus que nos confia
prazeres que, como ele bem sabe, nos desencorajariam ou substituiriam todo
desejo espiritual que pudéssemos sentir.” – p. 162
“O mundo físico, por mais atrativo que seja, tem seus
limites.” – p. 163
“Para muitos, não é possível que Deus exista, a menos que se
faça visível – e Deus não age segundo nossa vontade.” – p. 164
“Em resumo, creio não tanto porque o mundo invisível
influencia este, mas porque o mundo visível sinaliza, mediante maneiras que me
comovem intensamente, que um e outro se completam.” – p. 165
“O amor que experimentei nesse mundo me traz a convicção de
que um amor perfeito não ficará satisfeito com a triste história desse planeta
(...). O amor perfeito persevera até alcançar a perfeição.” – p. 165
“a sociedade atual não tem muito espaço para o conceito de
um reino invisível, o qual nos exige lealdade a qualquer custo.” – p. 173
“Toda a matéria (...) passou a existir mediante o comando de
Deus. Sua origem no mundo espiritual torna a história mais valiosa, e não
menos. Ela existe porque Deus quis que existisse, nós existimos pela mesma razão.” – p. 176
“Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual,
somos seres espirituais tendo uma experiência humana.” – Pierre Teilhard de
Chardin, citado na p. 178
“Somos, mais precisamente, seres incompletos à espera de uma
experiência completa, seres fragmentados à espera de unidade. Estabelecer
contato com o mundo invisível, enquanto estamos na terra, inicia esse
processo.” – p. 178
“O mesmo Deus que criou o mundo invisível o sustenta
diligentemente.” – p. 180
“As duas palavras, visível e invisível, parecem distintas
somente para aqueles de nós que possuem visão limitada.” – p. 181
“Assim embaixo, como em cima: inverter a ordem de duas
palavras muda tudo (...). O derradeiro destino do mundo, como também o nosso,
está sendo definido aqui e agora.” – p. 182
“Aqueles que não têm nenhuma possibilidade de sucesso no
mundo visível, enfim, liderar o caminho para o Reino de Deus.” – p. 192
“Estremeço diante da intrepidez de Deus ao confiar tão
grande tarefa – Deus fazendo seu apelo
por nosso intermédio – a uma espécie notória em separar o belo do feio, o
rico do pobre, os de pele escura dos de pele clara, homens de mulheres, fortes
de fracos.” – p. 193
“Levar a atribuição de Deus a sério significa que devo
aprender a ver o mundo ao contrário, tal qual o fez Jesus. Em vez de procurar
pessoas que massageiam meu ego, vou encontrar aqueles cujos egos precisam ser
massageados; em vez de pessoas importantes, de recursos que podem fazer-me
favores, procuro pessoas com poucos recursos; em vez de fortes, procuro pelos fracos; em vez de
saudáveis, os enfermos.” – p. 193,194
“É entre os humildes, desprezíveis, oprimidos e rejeitados
que o Reino de Deus finca suas raízes.” – p. 195
“Se o mundo é são, então Jesus é tão louco quanto o
chapeleiro, e a Última Ceia é a festa do chá maluco. O mundo diz: Preocupe-se
com sua própria vida; Jesus diz: Não existe esse negócio de sua própria vida. O
mundo diz: Siga o caminho mais inteligente e seja um sucesso; Jesus diz:
Siga-me e seja crucificado. O mundo diz: Dirija com cuidado – a vida que você
salva pode ser a sua; Jesus diz: Quem procurar salvar sua vida, a perderá, mas
quem perder sua vida por minha causa, a achará; O mundo diz: Lei e ordem; Jesus
diz: Amor. O mundo diz: Tome; Jesus diz: Entregue. Levando-se em conta o que o
mundo considera sanidade, Jesus é demente como um simplório. Qualquer um que
pense poder segui-lo sem ser um pouco louco trabalha mais por uma ilusão que
pela cruz. ‘Nós somos loucos por causa de Cristo...’, diz a Paulo, diz a fé – a
fé de que, em última análise, a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria do
homem, a insanidade de Jesus mais sã que a implacável sanidade do mundo.” –
Frederik Buichmer , citado na p. 197
“muitas vezes parece que mal pratico a existência de Deus,
quanto mais a presença dele.” – Irmão Lawrence, citado na p. 199
“Suas parábolas e discursos [de Jesus] ressaltavam um
aspecto do dinheiro que se mostra uma verdade incontestável: você não pode
levá-lo consigo.” – p. 200
“Por instinto, acumulamos dinheiro em cofres de aço e
esconderijos secretos; ao dar, o libertamos, liberando graça em um muno de
competição e balanços financeiros.” – p. 201
“Precisava ver o dinheiro pelo que ele é: um empréstimo
concedido por Deus para que eu investisse no Reino dos céus, o único reino que
paga dividendos eternos.” – p. 202
“Ninguém em sã consciência aceita alegremente o confisco dos
próprios bens – isto é, a não ser que preveja ‘ bens superiores e permanentes’
em um mundo invisível; a menos que viva para Deus, na para si mesmo.” – p. 203
(sobre versículo de Hebreus 10:34)
“Enquanto uma pessoa pobre combate a inveja, uma pessoa rica
luta contra a cobiça. O dinheiro proporciona um campo de batalha completo para
o confronto de dois mundos.” – p. 203
“Os cristãos sustentam sua lealdade a outro mundo e, desde a
época do Império Romano, esse fato vem despertando a suspeita e a ira tanto de
governos como de outras religiões.” – p. 205
“A crença em outro mundo põe a tribulação sob uma ótica tão
diferente que ele [Paulo] podia fazer uma lista de muitas calamidades pessoais
e chamá-las de ‘sofrimentos leves e momentâneos.’” – p. 207
“A questão da dor parece trazer à tona uma bizarra inversão:
dentre os escritores dedicados a esse assunto, os que mais sofreram tendem a
reclamar menos.” – p. 207
“Se nos apaixonarmos muito pelo mundo, as aflições quebram
de uma só vez o encanto.” – p. 208
“Confiar não elimina as coisas ruins que podem acontecer,
apesar do que tenha despertado o medo originalmente. Confiar tão somente
significa achar uma nova saída para a ansiedade e um novo fundamento para a
segurança: Deus. Deixo que Deus se preocupe com os detalhes inquietantes da
vida, visto que a maioria está, de qualquer forma, além de meu controle.” – p.
208
“Teologia significa olhar para o mundo a partir da
perspectiva de Deus.” – Henri Nouwen, citado na p. 210
“Meu objetivo ao envelhecer, ao preparar-me para a morte, é
preocupar-me cada vez menos em como os outros me vêem e, cada vez mais em como
Deus me vê. Afinal, ficaremos muito mais tempo juntos.” – p. 211
“A graça significa que nenhum erro que cometemos na vida nos
desqualifica para o amor de Deus. Significa que pessoa alguma está além da
redenção, que nenhuma mácula humana é impossível de ser limpa.” – p. 213
“A graça é irracional, injusta, imerecida, e só tem
significado se eu creio em outro mundo, governado por um Deus misericordioso, o
qual sempre oferece outra chance.” – p. 213
“Quando o mundo vê a graça em ação, fica em silêncio.” – p.
214
“A vingança perpetua o mal. A justiça o pune. O mal só é
vencido pelo bem se a parte ferida o absorve, recusando-se a permitir que siga
adiante, e assim funciona a graça sobrenatural que Jesus demonstrou em sua vida
e morte.” – p. 215
“Nossa cidadania deve estar nos céus, mas também ocupamos
corpos feitos de pele, ossos, gordura e músculo, em um mundo material.” – p.
217
“Aqueles que investem suas esperanças em um mundo invisível
deixam isso evidente por suas ações nesse mundo (...). Buscam não estar tão
voltados para o céu, a ponto de não terem utilidade na terra, bem como não
atentar tanto para a terra, a ponto de não terem valor para o céu.” – p. 218
“faça tudo o que fizer como se tivesse 1000 anos para viver
e como se soubesse que pode morrer amanhã.” – Ann Lee, citada na p. 219
“O risco reside em nos sentirmos completamente à vontade na
terra, sem estar ciente do outro mundo.” – p. 220
“A cidade deste mundo me bombardeia com sinais sensuais e
atraentes. A cidade de Deus, por sua vez, é tranqüila, invisível e fugaz. Será
que existe? Preciso estimular transmissões por sobre o abismo: orando,
ouvindo.” – p. 220
“A pessoa sábia vive consciente tanto do tempo quanto da
eternidade, simultaneamente um cidadão da cidade de Deus e da cidade desse
mundo.” – p. 221
“Na criação, na encarnação, e em todos os atos sobre a
terra, Deus torna o comum sagrado.” – p. 222
“O fato de [Jesus] aparentar ser radical, de ter sido morto
por suas convicções, pode dizer mais a nosso respeito que a respeito dele.” –
p. 228
“Os santos sobressaem porque se recusam a respirar esse ar
[de luxúria, consumismo, egoísmo e ambição], a aceitar a mentira sem protestar.
Procuram viver de acordo com as regras do mundo invisível, mesmo enquanto estão
no mundo visível.” – p. 229
“O dom de nos entregar em total submissão a Deus é um
sacrifício , no qual, longe de perder algo, ganhamos tudo e recuperamos em um
posse mais perfeita, até aquilo que parecemos perder. Pois no mesmo momento em
que nos entregamos a Deus, Deus se entrega a nós.” – Merton, citado na p. 230
“O melhor percurso de todos é crer em algo que é – a
verdadeira aposta da fé.” – p. 234
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