sexta-feira, dezembro 16, 2011

Mesmo assim me alegrarei

"Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,
ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. 
Habacuque 3:17-18"


"Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos."
"A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar Mediterrâneo. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento,combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos."
"A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária da Ásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
A videira produz as uvas, fruto de cujo o suco se produz o vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica." - Wikipedia

Nesse momento você deve estar se perguntando por que eu peguei coisas tão óbvias, copiei a definição da Wikipedia e colei aqui.  Antes de tudo, então, devo avisar que esse é o texto mais "para mim", que eu já escrevi. Quero refletir mais profundamente sobre o que esse trecho de Habacuque tem a me dizer. Os devaneios podem não passar de pura reflexão vazia, mas é assim que costumo fazer reflexões, hehe.

A economia daquela época era extremamente voltada para a agricultura, então, nada de mais normal que uma comparação com plantas. Mas porque essas três? A figueira é uma árvore que se multiplica profundamente, as raízes podem até destruir uma parede de casa se for construída perto de uma delas. Então, posso concluir que os figos podem representar abundância. A videira é importante por sua tradição, por seu fruto maravilhoso - a uva. Então videira pode significar prazer, talvez? E, por último, a oliveira. Da oliveira vem a azeitona, e dela o azeite. O azeite é usado, como visto acima, tempero, unção e até combustível. Logo, concluo que o azeite pode representar o equilíbrio, o "tempero da vida" (como estou poética hoje, haha). Os alimentos da lavoura e os animais representam o sustento, para finalizar minha viagem

Abundância, prazer, equilíbrio e sustento. Mesmo que me falte tudo isso, eu me alegrarei no Senhor.

Agora deixe-me explicar porque eu estou fazendo essa reflexão (e remarcando a postagem programada para hoje). Domingo faço a prova de um concurso. Até aí nada de mais, certo? A verdade é que estive nos quatro últimos meses estudando muito (do verbo não faço mais nada além disso) para essa prova. E na quarta fui fazer umas provas para testar meus conhecimentos e fui muito mal. Fiquei arrasada, claro.

Eu depositei todas as minhas fichas nesse concurso. Todo meu futuro - cursos, casamento, carro - depende desse resultado. E aí eu me esqueci do versículo que se tornou o lema da minha vida profissional:

E é por meio de Cristo que temos tal confiança em Deus. Não que sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se viesse de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus." - II Co 3:4,5

É, eu esqueço das coisas às vezes, igual o povo de Israel se esquecia de quem era o  seu Deus. Não sou menos humana que eles e tendo a incorrer no mesmo erro às vezes. Não que em algum momento eu tivesse realmente achado que eu fosse capaz de ser aprovada nesse concurso por conta própria. Eu sei que não sou. Apesar de boletins escolares que diziam o contrário, nunca fui boa com essa coisa de estudar. As provas de CEFET, UFMG (fui aprovada com uma nota bem baixa) e dos últimos concursos que fiz estão aí para provar. Ainda que dessa vez eu ache que meu método tenha sido mais eficiente, se o foi, foi por causa de Deus, por causa da graça. Independentemente disso, o que esqueci é que pode ser que eu não passe - e que isso não seja uma coisa ruim (a longo prazo, obviamente).

Deus não está preso ao tempo como eu estou. Daqui a 10, 20 anos eu vou estar de um jeito que Ele já sabe, porque Ele já está lá. E eu sei que vai ser bom, não apenas porque a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, mas porque sei que a mesma graça que me salvou vai continuar comigo. Porque Ele me ama independentemente do que eu faça ou seja. Ele não desiste nem desistirá de mim, mesmo que eu mesma o faça.

Concluindo, ainda que me falte abundância, constância, prazeres, eu vou ser grata a Deus. Eu vou confiar em sua vontade. Eu vou saber que a confiança que tenho em Deus é por causa de Cristo, não por causa da minha capacidade de pensar.

E que domingo agora seja só mais um dia na história que Ele escreveu pra mim.

Que a graça continue nos acompanhando ^^
 

Um comentário:

Sabrina Assumpção disse...

Esse tive que ler duas vezes!
Da primeira vez pensei "A Dani viajou legal!"...mas, da segunda vez, vi que sua observação faz sentido. Isso se confirma quando relacionamos as palavras (abundância, prazer e equilíbrio) que você concluiu, com estes itens.

Por exemplo, se na Bíblia, 'figueira' fosse trocada por 'abundância', teríamos "Mesmo não FLORESCENDO a ABUNDÂNCIA...".
Um pouco sem sentido, porém olha a grande relação que a palavra florescer tem com abundância! Só mesmo a abundância poderia florescer, se dar com fartura, multiplicar-se com rapidez...

Enfim, acho que viajei junto. De qualquer forma, agra tenho que ouvir "Não olhe as circunstâncias"!

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