segunda-feira, dezembro 31, 2007

Tributo ao meu avô


Meu avô não foi o tipo de cara que você veria estampado na capa da revista que prestigia as 100 pessoas mais influentes do mundo, você nunca o veria dando uma entrevista para a televisão, nem dando palestras por aí. Ele cursou até a quarta série do ensino fundamental. Em sua época de escola, somente os muito ricos passavam dessa fase.

Mas muitas das maiores lições que aprendi nessa vida foram-me ensinadas por ele.

O senhor José Nogueira me ensinou o valor da família. Não podemos desperdiçá-la. Ele nunca foi aquele avô que ficava apertando e abraçando os netos o tempo inteiro. Mas nunca vi alguém que cativasse as crianças mais do que ele. Ele me passou o dom de entender e expressar os sentimentos sem palavras, só pelo olhar.

Vovô me ensinou que se a vida não é fácil, nós é que temos que lutar para podermos vencer. Meu avô trabalhou por mais de 40 anos numa mesma gráfica. Quando ele se aposentou legalmente, trabalhou por mais vários anos. E mesmo quando parou, ele continuava fazendo coisas em casa que eu, se não convivesse com ele, nunca acreditaria que um senhor de 80 conseguisse fazer. Ele cozinhava maravilhosamente, e sempre foi um bom amigo do garfo. Nunca precisamos de alguém para consertar coisas estragadas, ele resolvia tudo. Ia ao supermercado todos os dias, e freqüentava o centro regularmente. Ele me levava a médicos, dentistas e outros, de ônibus, quando não tinha ninguém que pudesse me levar.

Ele me ensinou a ter gosto pela vida. Ele sempre foi apaixonado pela vida. Era visível. Ele curtia a vida com 80 anos como se tivesse 20. Ele nunca desistiu de viver, até os últimos dias da vida dele, ele lutou.

Eu sempre sentirei muitas saudades dele, e não foram poucas as lágrimas que derramei para escrever isso. Mas ele sempre nos pedia que quando ele morresse, nós fizéssemos uma festa e soltássemos foguetes. Eu sempre achei que jamais ia superar a morte dele. Mas o motivo que me faz continuar vivendo e acreditando que viver vale a pena, não é simplesmente o exemplo do grande homem que foi meu avô. Meu avô me ensinou a tomar decisões corretas, mesmo no fim de sua vida. Eu poderia dizer muito mais a respeito dele, mas...

...“Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus que os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito:
‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos consideradas como ovelhas ao matadouro.’
Mas, em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Meu avô está morto há 15 dias. Antes de morrer ele declarou não menos que três vezes que Jesus Cristo era o Senhor e Salvador de sua vida. Ele está num lugar bem melhor que todos nós agora.

Mas, apesar do nome do post, e das lembranças, não escrevi isso tudo com o objetivo de fazer uma simples menção à pessoa maravilhosa que vovô foi. É meu último post esse ano. Eu normalmente escreveria minha retrospectiva, mas posso resumi-la no que escrevi. Esse foi um ano de aprendizados, em todas as áreas da minha vida. Eu sou grata a Deus por isso. Por poder crescer, através de todas as dificuldades e vitórias que tive esse ano.

Eu queria que você leitor do TrintaeTrês, refletisse sobre sua própria vida, sem se deixar levar pelas emoções que esse texto talvez tenham produzido em você. O natal passou, um novo ano se aproxima. Você que tem 15, 20, ou 80 anos, estará vivo amanhã? Não é sensacionalismo o que quero criar, apenas pense, como diria minha mãe, “para morrer basta estar vivo”. Desde o instante em que você nasceu você está morrendo. Sua vida tem valido a pena? Você está realizando os seus sonhos, fazendo planos, sendo justo?

Eu posso dizer de mim mesma que tenho deixado a desejar. Aliás, de todas as lições que vovô me ensinou, não há nenhuma em que eu esteja satisfeita. Se algum dia eu chegar aos 80 anos (quase 81), eu tenho muito a melhorar. Se eu morrer agora, eu tenho muito a melhorar.
Vou resumir meus pensamentos, porque o texto já está muito grande:

Meu avô foi um herói. Jesus é o cara.

Meu avô viveu uma vida digna. Jesus viveu uma vida perfeita.

Meu avô sofreu com essa maldita doença, o câncer. Jesus foi maltratado e torturado até a morte.

Meu avô me amou desde o meu nascimento. Jesus me ama mesmo antes de eu vir ao mundo.

Meu avô vivia por sua família. Jesus morreu pela humanidade.

Eu amarei pra sempre meu avô. Eu sempre serei louca, apaixonada e desesperada por Jesus.

José Nogueira *18-12-1926 +15-12-2007

terça-feira, novembro 20, 2007

Outro Deus (parte 2)

por ed. René Kivitz

Chegou a minha vez de dizer que “Deus morreu, vocês mataram Deus”. Sei dos riscos. Dizem que gato escaldado tem medo de água fria. Mas alguns gatos não se dão por vencidos. Aliás, dizem também que gatos têm sete vidas. Que seja.

Tudo bem, posso atenuar um pouco, respeitando as pessoas que me querem bem e temem por mim. Temem que eu me comprometa em lutas quixotescas. Temem as retaliações que possa sofrer. E, na verdade, temem que eu perca o juízo e a fé. Nesse caso, dou um passo atrás e digo que um deus morreu em mim. E nasceu outro, que me seduziu com amor eterno. Por Ele me apaixonei.

O deus que morreu foi exaltado na sub-cultura da religiosidade evangélica brasileira. Basicamente, era um deus que (1) vivia de plantão para me poupar de qualquer tragédia, evitar meus sofrimentos, e abreviar as situações que me trariam qualquer desconforto; (2) prometia satisfazer não apenas minhas necessidades, mas também meus desejos; (3) estava comprometido a me favorecer em todas as minhas demandas contra os pagãos; (4) compensava minhas irresponsabilidades e ignorâncias em troca de minha fé; (5) manipulava todas as circunstâncias da minha vida como um tapeceiro que corta fios e dá nós no emaranhado do avesso do tapete, para revelar a bela paisagem ao final do processo, capaz de encantar todos aqueles que olham pelo lado certo. Enfim, morreu em mim aquele deus parecido com a figura idealizada de um super-pai, que levou homens como Freud, Nietzsche e Sartre a desdenharem da religião.

Esse deus morreu em mim porque se demonstrou falso. Isto é, ou não existia de fato, ou estava descrito de maneira equivocada, pois não precisamos ser muito sagazes para perceber que (1) o justo sofre, (2) o justo convive com frustrações, (3) os maus prosperam, (4) Deus não faz o que compete aos seres humanos fazer, e (5) não se pode conceber que Deus tenha decidido na eternidade que a missionária fulana de tal seria estuprada numa esquina de São Paulo, para cumprir um propósito, pois nesse caso, o estuprador está isento de responsabilidade.

Não é razoável a crença em um deus que coloca os seus fiéis numa bolha protetora contra toda sorte de dificuldades e possibilidades de dores. A Bíblia Sagrada registra que todos os homens que foram íntimos de Deus e cumpriram tarefas designadas por Ele sofreram, mais até do que muitos que deram as costas para Ele. Isso levou Santa Teresa de Ávila afirmar: “Se o Senhor trata assim os seus amigos, não se admira que tenha tantos inimigos”. Também não faz sentido o relacionamento com Deus motivado pelo interesse de suas bênçãos e galardões, pois isso faz com que Deus deixe de ser um fim em si mesmo e passe a ser um meio de prosperidade, isto é, passa a ser um ídolo a serviço dos fiéis. Igualmente incoerente é acreditar que a fé é suficiente para o êxito, pois ninguém passa no vestibular “pela fé”. Finalmente, não é sensato acreditar que Deus é a causa de tudo quanto acontece no mundo, pois nesse caso Deus estaria por trás de todo ato de maldade, levando o malvado a agir, de modo que ninguém seria culpado pelos seus atos.

Essa coisa de “Deus tem um plano para cada criatura” é incoerente em relação à fé cristã, pois seres criados à imagem e semelhança de Deus não podem ser privados da liberdade. Ou os seres humanos são responsáveis pelos seus destinos, ou não podem ser julgados moralmente.

Esse deus morreu. Mas sua morte fez ecoar uma pergunta no ar: Deus tem um favor especial aos nascidos de novo? Isto é, em relação aos não cristãos, os cristãos são tratados de maneira diferente pelo seu Deus? Minha resposta é sim e não.

Sim, porque por definição aqueles que se relacionam de maneira consciente e voluntária com Deus desfrutam de possibilidades que extrapolam os horizontes de vida daqueles que vivem como se Deus não existisse. A pergunta a respeito do cuidado especial de Deus não se refere a favoritismo ou acepção de pessoas, mas de algo inerente ao relacionamento. Algo como alguém perguntar se uma mãe trata diferente seus filhos em relação a outras crianças. É claro que sim, pois estão sob seus cuidados e sob sua autoridade. Mas, em tese, uma mulher que vive a experiência da maternidade trata todas as crianças com o mesmo senso de justiça e compaixão. E é justamente nesse sentido que Deus não faz qualquer distinção entre os que o reconhecem e os que o rejeitam: Deus faz o sol nascer sobre justos e injustos.

Mas então, qual foi o Deus que nasceu para ocupar o lugar do deus que morreu? Ou se preferir, para tornar a coisa um pouco mais prática, o que posso esperar de Deus?

(1) Sendo cristão, enxergo a vida com outros olhos. Experimentei a metanóia, que chamam de arrependimento, mas creio ser uma expansão de consciência (do gr. meta = além, e nous = mente). Vivo sob valores, imperativos, prioridades e propósitos diferenciados. Conhecer a Deus me faz andar na luz, na verdade, livre de pesos, culpas e máscaras, com a consciência e as intenções tão puras quanto um ser humano imperfeito as pode ter, e isso já basta para que minha vida dê um salto de qualidade imensurável.

(2) Recebo subsídios de Deus no meu “homem interior”, pois sendo verdade que “tudo posso naquele que me fortalece” aprendo a viver o contentamento em toda e qualquer situação. As promessas de Deus aos seus não dizem respeito ao conforto circunstancial ou à prosperidade aqui e agora, mas afetam a interioridade humana, por exemplo, com paz que excede o entendimento e alegria completa. Mais do que isso, a intimidade com Deus não faz a minha vida mais fácil, mas me faz mais humano, mais maduro, mais capaz de amar com a lucidez que escolhe as coisas mais excelentes, mais capaz de enfrentar com dignidade toda e qualquer situação.

(3) Sou integrado numa comunidade de cristãos que me abençoa na dinâmica da mutualidade. O socorro de Deus para minha vida chega pelas mãos dos meus irmãos. São os meus irmãos que me falam as palavras de Deus, repartem comigo seu pão, andam ao meu lado no vale da sombra da morte. Experimento a presença de Deus na comunhão com os filhos de Deus, vendo Deus na face dos irmãos.

(4) Tenho minha consciência e sensibilidades despertadas para o sofrimento da raça humana e a agonia do cosmos que sofre suas dores, de modo a receber um pouco do amor e da compaixão do coração de Deus em meu próprio coração, e acato a utopia do novo céu e da nova terra não como sonhos irrealizável, mas como promessa que motivas à ação toda vez que sou interpelado pelo Deus que me fala desde o clamor dos oprimidos.

(5) Vivo sob o olhar amoroso, poderoso e justo de Deus, que interfere em minha vida à luz de sua economia eterna, à seu critério, e isso é mistério da graça, isto é, não depende dos méritos dos beneficiados. Descanso no fato de que, apesar de Deus não ser a causa primeira de tudo quanto me acontece, não há qualquer coisa que venha me acontecer que esteja fora do seu conhecimento, controle e cuidado. É suficiente crer que toda vez que Deus opta por deixar a vida correr seu curso normal – e geralmente é isso o que Deus faz – nada pode me separar do seu amor, que está em Cristo Jesus meu Salvador.

Em síntese, morreu o deus que fazia de mim uma criança mimada, que chorava a cada desencontro da vida. Recebi revelação do Deus que me convida a crescer, para que Ele possa me receber como seu cooperador, seu amigo, alguém com quem Ele não tem segredos, e que encontra a felicidade não na vida confortável, mas na vida digna. Com a morte de um deus, morreu também uma espiritualidade. E nasceu outra, marcada pela graça, pela fé e pela resistência.

retirado do novo site do ed. René Kivitz: http://www.galilea.com.br

terça-feira, outubro 23, 2007

É melhor...



"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar; é melhor tentar ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final; eu prefiro nas chuvas caminhar, do que em dias tristes em casa me esconder; prefiro ser feliz embora louco, do que em conformidade viver"
(Martin Luther King)

sábado, outubro 20, 2007

Crazy for Jesus


Há exatamente uma semana estávamos nos despedindo do segundo congresso Loucos Por Jesus. Todas as palavras ministradas que eu assisti foram impactantes, marcantes, lindas, transformadoras (...).


Esse ano não tem sido um ano mais fácil que 2006 - quando eu fizer e publicar a restrospectiva 2007, fiquem à vontade para comparar - e esse semestre tem sido especialmente difícil. De dinheiro a paciência e tempo, muitas coisas estão escassas na minha vida. Porém, em nenhum momento pensei em desistir. Por mais mortal que fosse o desânimo que viesse sobre mim, eu orava, lia a Bíblia, jejuava e obtinha novas forças para continuar.

Nas semanas que se antecederam ao Congresso, uma série de problemas aconteceu. Fiquei realmente desanimada, parecia ser meu fim. Comecei a pensar em desistir de alguns ministérios, por não me considerar apta a exercê-los com excelência.

Pedi para meu líder orar por mim, a respeito de um problema que estava gritando um pouco mais do que os outros naquele momento. E então orei, orei e orei, pedindo a Deus graça para trabalhar no Congresso, e prometi a Ele que o que minhas mãos tivessem que fazer, que eu o faria com toda a minha força. As pregações que assisti trasmitiram claramente mensagens de Deus que pareciam ser exclusivas para mim. Nos momentos em que não estava nos cultos - quando estava trabalhando em outras áreas, ou mesmo em casa, Deus confirmava cada uma daquelas mensagens em meu coração.

E então, desci da montanha. Colegas da faculdade estressadas, pais estressados, notícias ruins por todos os lados, frustrações de volta e etc etc etc. Ainda bem que no domingo à noite comecei a ler o "Manual de Locuras por Jesus", escrito pelo meu querido pastor Lucinho. Terminei na segunda (uma coisa interessante a respeito do livro: comprei sabendo que Deus tinha algo a me falar mas, sem ter nenhum dinheiro no bolso, joguei para o meu cartão. Quando cheguei em casa meus pais me entregaram 20 reais - meu avô me deu pelo Dia das Crianças!!) e tive muitas idéias malucas lendo o livro. Uma amiga e eu tivemos mais idéias malucas num outro dia.

Em um dos dias da semana liguei para um desconhecido (o seu número não me sai da cabeça). Era um senhor de 70 anos. O Senhor Valmir disse que era agnóstico, ateu. (ele disse assim mesmo, os dois juntos). Conversei com ele por mais alguns minutos e desligamos. Ele desistiu de viver. Disse que era velho demais para procurar qualquer verdade. Queria apenas morrer em paz e ficar livre desse mundo. Nada do que eu disse o fez ter mais ânimo ou mudar de idéia a respeito de Deus.
Assustei-me ao ver um velhinho tão sem esperança, sem razões para viver - na minha mente infantil, só os jovens ficavam revoltados da vida e desistiam dela. Para mim, os velhinhos tinham que ser os mais sensatos e sonhadores, que dessem aos jovens mensagens de esperança.

Ao desligar, chorei. Chorei porque se aquele velhinho morresse naquele momento, ele iria para o inferno (eu também achava que os velhinhos não deveriam ir para o inferno, estava convicta de que eles se arrependeriam e não iriam para lá, afinal, são tão bonzinhos que, ao ouvir a mensagem do evangelho se arrependeriam e voltariam para Jesus). Chorei por uma alma perdida como nunca antes. Senti como se eu mesma estivesse indo para o inferno. E ouvi a doce voz do Espírito Santo me dizendo: "agora você entendeu o que eu sinto quando uma alma se perde".

Chorei mais um pouco. Agora, por saber que os meus sonhos de seguir o "Ide", e minhas estratégias para fazer isso, nunca haviam sido por aquilo que eu sentia naquele momento, ou, pelo menos, não com aquela intensidade. Depois de tanto chorar, acabei dormindo.

Segui minha rotina e por outros problemas terem surgido, estava deixando o desânimo começar a surgir de novo.
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Naquela noite eu estava indo dormir quase sem me comunicar com ninguém, nem mesmo com Deus. Tive uma vontade de ouvir um CD e, já com a luz apagada e pronta para dormir, peguei um CD da minha estante e coloquei para tocar, sem nem mesmo ver qual era. "Look to you", do United, começou a tocar. A segunda música é minha preferida. Alguns trechos dela estão no meu perfil do site dos Salva-vidas. "Tell the world that Jesus lives, tell the world that, tell the world that". Enquanto prestava atenção à pronúncia dos ministros, para melhorar meu inglês, lembrei que sabia a tradução completa daquela música. E, enquanto ouvia, lembrei-me de que eu não tinha lido a Bíblia. Acendi a luz. Antes mesmo de começar a ler, aquela doce voz veio em minha mente com uma frase:
"NUNCA DESISTA DE FAZER LOUCURAS POR MIM, PORQUE EU NUNCA VOU DESISTIR DE FAZER LOUCURAS POR VOCÊ".

Após um estado de choque, fui ler a Bíblia:
"Que o Deus da esperança os encha de alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo" - Rm 15:3. Foi um dos primeros versículos que li. Enquanto isso, o CD já tocava "All for love". Eu queria que o senhor Valmir estivesse no meu quarto, naquele momento.

Então eu disse a Deus: "eu não vou desistir". E enquanto pensava no que iria fazer na próxima semana, peguei meu caderno do ursinho Pooh, minha caneta cor-de-rosa e comecei a escrever...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Receita - Pão com ovo e batata Ruffles

Ingredientes:

Uma bandeja de presunto de validade duvidosa;
Um pão francês;
Um pacote de pão-de-queijo;
Dois ovos;
Um hambúrguer;
Um pacote de Ruffles 18g;
Um Bis;

Modo de fazer:

Chegue em casa cansado e olhe o que tem para comer. Descubra a bandeja de presunto e desista da idéia de comer pão com presunto. Coloque os pães-de-queijo par assar num fogão industrial e vá ler SET. Olhe o forno cinco minutos depois e descubra que o pão-de-queijo ainda está crú. Volte a ler a revista. Sinta o cheiro de queimado e constate que você nunca conseguiu deixar um pacote inteiro de pão-de-queijo tão queimado. Desista de comer e espere seu pai chegar em casa. Quando for fazer hambúrguer e fritar um ovo para ele, destrua o ovo e faça um ovo mexido bem gorduroso. Frite outro ovo para seu pai. Fique com dó de jogar fora o ovo mexido gorduroso, coloque dentro do pão e acrescente o pacote de Ruffles (fora ou dentro do pão é uma escolha sua). Depois de comer a sua receita criativa ache uma caixa de Bis escondida no armário do alto da cozinha e coma apenas um (lembre-se do quão gorduoso estava aquele ovo).

Ok, depois de acordar o Nivton às cinco da manhã numa noite sem dormir, ficar na Igreja para o ensaio do teatro e esperar uma reunião que pra você acabou não tendo, ter que estudar para uma prova de audiologia e fazer um relatório de observação às quatro da manhã no outro dia, esquecer o jaleco para a prática de audiologia e aprender a mexer no aparelho de BERA com um paciente de verdade e finalmente chegar em casa e ter que reeditar o trabalho de ABFW e saber que tem que começar a estudar para neurologia, contando os milissegundos para chegar o Loucos por Jesus, você não queria que eu fizesse algo de incrementado na cozinha e que saísse dessa minha pequena mente cansada algo lindo e produtivo né?

God bless you all!!
Fiquem com Jesus =)

domingo, setembro 09, 2007

Eu quero ter um ano de idade


No desenvolvimento humano, aprendemos que “até os seis meses de idade, aproximadamente, um objeto deixa de existir para a criança quando sai de seu campo de visão. Aos 9-12 meses, a criança gradualmente desenvolve o conceito de permanência do objeto, ou a compreensão de que os objetos existem mesmo quando não são vistos.”
– [http://www.cro-pe.org.br/janabr2003/jan1.htm]

É muito comum ouvirmos a expressão “Deus sumiu” entre os cristãos, quando eles não vêem a ação direta e clara de Deus sobre as suas vidas. Eu ouvi hoje na célula essa frase, e logo me lembrei dessa etapa do desenvolvimento humano. Ao dizer que Deus sumiu porque não podemos ver sua ação estamos fazendo a mesma coisa que bebês de até seis meses de idade. Estamos dizendo que uma coisa existe apenas porque podemos comprovar com nossos olhos que elas existem. Não adquirimos a capacidade de discernir que mesmo que uma coisa saia do nosso campo de visão ela continua a existir.

Deus continua sendo Deus e continua a agir, independentemente se podemos enxergar isso ou não, é preciso um pouco de maturidade espiritual para nos convencermos disso. É muito comum que nos acreditemos nisso em todo o tempo, mas quando os problemas começam a surgir, então voltamos à antiga visão de que Deus sumiu porque não podemos ver sua ação.

Deus, dê-me graça para que eu possa te enxergar sabendo que o Senhor permanece Deus, ainda que tudo em volta diga o contrário. Ajude-me a saber que ainda está aí, e que eu continue confiando em Sua palavra, mesmo que eu não consiga sentir Tua presença ou viver uma experiência sobrenatural contigo. Ainda que eu não veja milagres e ache que minhas orações não passam do teto, que eu simplesmente saiba que continua existindo e que cuida de mim, não importa qual seja a situação.

Crianças de um ano de idade têm noção de permanência de objeto. Eis o motivo porque eu quero ter um ano de idade.

Soli Deo Gloria

quinta-feira, setembro 06, 2007

You are the way, the truth and the life


Todo ser humano procura um caminho para seguir. No trânsito, temos que saber o caminho para onde queremos nos dirigir. Na vida, procuramos um caminho de vida pra trilhar. Afinal de contas, para todo lugar há um caminho. Precisamos seguir algum caminho. Não importa se ele seja confortável, uma “auto-estrada”, ou se seja uma estrada de terra muito rudimentar. Será que há um caminho?

Todos procuram a verdade. Tudo é relativo. Mas todos buscam por alguma verdade que não seja relativa. Algo em que confiar. Algo que possamos saber ser verdade. Verdade absoluta. Verdade que não muda ao longo do tempo e que não seja influenciada por diferentes linhas de pensamento. Apenas verdade. Em um mundo cheio de falsidade, hipocrisia, desonestidade por todos os lados, a única coisa que queremos é a verdade. Será que ela existe?

Não há ninguém que não procure a vida. Em face à morte não importa quanto se ganhou, quanto se lutou para conseguir bens. Queremos viver. Quando constatamos que não há mais chance de viver, refletimos exatamente sobre de que modo vivemos a vida. Morrer faz parte da vida. Mas enquanto pudermos ficar longe da morte melhor. A plenitude de vida é procurada. Viver não é suficiente, é preciso viver com qualidade. Desfrutar a vida. Aproveitar cada momento. “Carpe Diem”. Será que podemos ter essa vida?

Em resumo, a busca de todo ser humano é de um caminho, que o leve à verdade, que o permita conhecer o que é vida de verdade.

“EU sou O caminho, A verdade, e A vida(...)” – Jesus, em João 14:6

Em uma única frase, Jesus se ofereceu como resposta para três dilemas básicos da humanidade. Ele é o caminho que devemos seguir, a verdade que liberta e a vida com abundância que tantos almejamos. Permito-me ficar em silêncio diante disso.

terça-feira, agosto 14, 2007

Oremos


Precisamos orar uns pelos outros. Precisamos seguir o modelo da comunhão registrada em Atos:

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às ORAÇÕES. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos. (...) Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus, e grandiosa graça estava sobre todos eles. Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda, e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um" At 2:42-47, 4:32-35

Muitas coisas lindas poderiam ser ditas sobre esse texto. Mas pretendo enfatizar a oração e a preocupação que os cristãos primitivos tinham uns com os outros (e, por primitivos me refiro a primeiros e não atrasados, porque temos muito a aprender com eles).

Os discípulos de Jesus se dedicavam à oração. A oração é fundamental para a vida do cristão e é de suma importância que oremos uns pelos outros. Isso faz parte da comunhão, de ajudar uns aos outros. Com a vida corrida que levamos acabamos por esquecer de nossos amigos, preocupados com nossos próprios problemas, esquecemo-nos de orar para que Deus dê alívio para os nossos companheiros. Não podemos deixar isso acontecer em nosso meio. O objetivo de uma célula, também conhecida em nossa igreja como grupos de COMUNHÃO, é justamente a comunhão. É a oportunidade que temos de compartilharmos uns com os outros as dificuldades cotidianas, não expor nossa vida para o grupo todo,mas só o fato de contarmos nossa semana e algumas de nossas lutas e vitórias já significa muito, momento de chorarmos juntos, de cantarmos juntos. Precisamos orar mais uns pelos outros. Quando oramos em grupo, Jesus se faz presente em nosso meio (Mt 18:20). Oremos também em casa,no serviço, na faculdade, na escola. Oremos!!

É uma mensagem simples, apenas para refletirmos mais sobre nossas vidas de oração enquanto grupo e também para avaliarmos se estamos vivendo realmente em comunhão.

Que Deus abençoe a todos

Dani=)


Texto publicado no blog da célula V.I.P.S. (http://celulavips.blogspot.com) em 15/04/07

domingo, agosto 05, 2007

A Bíblia, por ela mesma

Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair discípulos. Por isso, vigiem!

O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele, todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.


[Trechos extraídos de, respectivamente, Atos 20: 29-31a e Efésios 4: 14-16. Bíblia versão NVI]

sexta-feira, agosto 03, 2007

Uma declaração cristã

por Ed René Kivitz

Meu impulso inicial foi chamar este post de “Resposta a Bento XVI”, mas logo desisti, pois seria atribuir demasiada importância ao pronunciamento do Vaticano. Chamo de “Uma declaração cristã” para ser coerente com o pensamento de que em tempos de pós-modernidade e pluralismo (que alguns confundem com relativismo) não cabem afirmações categóricas. O máximo que um cristão pode fazer é “uma declaração cristã”, pois a declaração cristã sugere a unanimidade entre os cristãos, o que certamente existirá apenas no céu.

O documento "Respostas a Questões Relativas a Alguns Aspectos da Doutrina sobre a Igreja" elaborado pela Congregação para a Doutrina da Fé e ratificado pelo papa Bento 16, afirma que "a única verdade da fé cristã encontra-se na Igreja Católica", cria a ocasião para uma declaração cristã.

Conforme bem advertiu Pierucci:

Não bastassem a arrogância fundamentalista da "Christian America" monoteísta do governo de George W. Bush e a truculência fundamentalista do monoteísmo intransigente dos aiatolás e talebãs, agora vamos ter pela frente, para completar, mais esta espécie do mesmo gênero: o fundamentalismo católico, que afirma o primado cristão da verdade católica no universo multicultural das igrejas cristãs agora declaradas "não-igrejas" ou "igrejas lacunares".[ANTÔNIO FLÁVIO PIERUCCI, Folha de S.Paulo, 17 de julho de 2007]

Rejeitei, portanto, e de imediato o pronunciamento do Vaticano. Primeiramente porque poderia argumentar da legitimidade do protestantismo. Poderia advogar em favor do protestantismo, mas cairia no mesmo erro do Vaticano: reivindicar posse da verdade. Seria também vítima do equívoco que confunde o corpo místico de Cristo com as instituições que pretendem representá-lo na história.

Depois considerei afirmar que a verdade a respeito da fé cristã não se encontra nem no Catolicismo nem no protestantismo, mas nas Escrituras, ou na Bíblia Sagrada, compreendida como a coletânea de textos canônicos: a Lei de Moisés e os Profetas do Velho Testamento e os escritos apostólicos do Novo Testamento. Nesse caso, tanto o catolicismo quanto o protestantismo seriam apenas interpretações das Escrituras. Mas logo percebi que cometeria outro erro, a saber, confundir doutrina com verdade: tanto o catolicismo quanto o protestantismo articulam a fé cristã em termos dogmáticos e doutrinários, nos termos da modernidade com sua razão-mania que pretende fazer caber a verdade cristã em um conjunto de teorias filosófico-teológicas. Além de confundir doutrina com verdade, confundiria a experiência com o Cristo ressurreto com a apropriação intelectual das teorias que pretendem explicá-la.

Indo um pouco mais longe, considerei que a tentativa de estabelecer as Escrituras como lócus da verdade a respeito da fé cristã desconsideraria o fato de que a Bíblia Sagrada é uma realidade tardia à consolidação do cristianismo. De fato, havia no movimento cristão chamado primitivo um conjunto de escritos apostólicos, mas não eram considerados textos canônicos autoritativos como o são pela cristandade contemporânea. O Cânon bíblico é formado no quarto século da era cristã, de modo que já existia cristianismo antes que houvesse o que hoje chamamos Bíblia.

Considerei, então, que a verdade a respeito da fé cristã estivesse no testemunho da Igreja, que nasce no Pentecoste. A proclamação dos primeiros cristãos, os documentos gerados, e as experiências comunitárias seriam continentes da verdade. Mas nesse caso, deixaria o cristianismo e a obra de Cristo à mercê das contingências humanas, o que não me agrada, até porque não é o que leio nas Escrituras Sagradas, o que significa que nem mesmo os primeiros cristãos se compreendiam como protagonistas do movimento de Cristo.Fiquei com a mais conservadora das possibilidades: a única verdade a respeito da fé cristã encontra-se em Cristo. O cristianismo prescinde da Igreja, das Escrituras, do Clero, e de qualquer outra realidade que tenha a mínima cooperação humana para sua existência. A única coisa (perdoe o “coisa”) da qual o cristianismo não prescinde é de Cristo.

O cristianismo é obra do Cristo ressurreto e do Espírito Santo. Não é obra do catolicismo, nem do protestantismo. É Cristo quem edifica sua igreja. É o Espírito Santo quem guia a toda a verdade, sendo que o próprio Cristo é a verdade. É Cristo a verdade e é o Espírito Santo quem aproxima e une Cristo aos que são seus. Cristo está aonde as Escrituras ainda não chegaram. Cristo está aonde Igreja ainda não chegou. Cristo está aonde o testemunho da Igreja ainda não chegou.

Eis uma declaração cristã: "a única verdade da fé cristã encontra-se em Cristo".

quinta-feira, agosto 02, 2007

Um ano de Salva-vidas

por uma pessoa muito feliz em fazer parte dessa família


Um pouco atrasada, porque foi no mês passado que os Salva-vidas comemoraram um ano de existência, venho agradecer a Deus por essa data.

Era julho do ano passado quando eu tinha acabado de sair da união de adolescentes - a UGA - para ir para a mocidade. Eu estava disposta a entrar em um ministério, para servir a Deus. Como já havia feito o curso de liderança de células, minha idéia inicial era abrir uma célula, ou ao menos vice-liderar uma, o que, algum tempo depois, veio a acontecer, com a célula VIPS (da qual eu sou vice-líder). Foi quando um amigo da época de UGA me chamou para ir à reunião dos Salva-vidas. Eu, sem entender do que se tratava, mas bastante curiosa, acabei indo. Entrei no ministério,logo comecei a trabalhar, e li a apostila, que viria a se tornar o livro do pr. Davi Lago, um pouco depois. Uma idéia bastante inovadora, pensava eu. Mas fui surpreendida, porque era melhor do que eu pensava.

A cada sábado que se passava me apaixonava mais pelo ministério. Isso eu já disse até em algun textos aqui no blog. Eu me apaixonei pela seriedade com que a obra de Deus era levada, pelo respeito e admiração pelos pastores, pela cuidado de nosso líderes, pela dedicação de cada Salva-vidas, pela determinação de cada um de não realizar a obra de Deus por simples ativismo, mas de viver um cristianismo verdadeiro, prático e cativante.

Aos poucos, o grupo foi crescendo e se aproximava a data do congresso Loucos por Jesus, o primeiro grande evento em que trabalharíamos. O congresso foi excelente, muitas pessoas foram impactadas, muitas lideranças transformadas, e a idéia do ministério se espalhou pelo país. Algum tempo depois nosso líderes viajavam para dar cursos de capacitação em muitos lugares do Brasil. Fiquei ainda mais contente por fazer parte daquele grupo.

Depois veio o acampamento OQFJ (O Que Faria Jesus), e nele aprendi (ou reaprendi) muitas lições. A respeitar regras, a disciplinar sem ofender, mas, principalmente, a servir com humildade. A felicidade de fazer parte do ministério não esmorecia pelos erros que cometemos, na verdade, surgiu a vontade de superar, e de fazer melhor da próxima vez, com a excelência com que o serviço cristão deve ser feito.

Veio então a idéia do curso, que se iniciou alguns meses depois. O curso está muito bom, não só como capacitação para o ministério, mas como enriquecimento na vida cristã. Não poderia esquecer do site, que ficou muito bom também, e melhora a cada dia.

Magnificat e Festisêmani também passaram, e fomos muito abençoados, ainda que muitas vezes nem soubéssemos o que tinha acontecido dentro do templo.

Apesar de citar só os grandes eventos, não poderia deixar de lembrar o culto de todo sábado, e os outros cultos em que trabalhamos. Oportunidades de servimos e sermos abençoados, em nosso próprio cotidiano. Seja correndo para entregar algum folheto, seja recepcionando os visitantes ou recebendo cada novo convertido, seja na intercessão ou pulando na hora do louvor. Esse é o ministério dos Salva-vidas. Ainda temos muito a aprender e a fazer, mas eu sei que sou uma pessoa muito feliz por fazer parte dele.

Obrigada Deus, por cada Salva-vidas, pelos nosso líderes, vice-líderes, secretária e pela equipe do site, por nosso pastores, por nossa famílias e por cada pessoa que pôde ser abençoada através desse ministério. Obrigada por Jesus, o verdadeiro Salva-vidas, e por podermos, através do sacrifício dEle na cruz, sermos integrantes de Sua família. E também pela oportunidade de sermos mensageiros que divulgam Tuas boas-novas. Obrigada Papai, por podermos te servir e por termos o privilégio de sermos chamados Teus amigos. A Ti, toda honra e glória para sempre.

quinta-feira, julho 26, 2007

Minha Litania

por Ricardo Gondim


Porque somos tão despercebidos da brevidade da vida.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque acumulamos riqueza imaginando que viveremos por longos anos.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque nos conformamos com a maldade impessoal do mercado.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque aceitamos a inevitabilidade da guerra.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque não questionamos haverem muitos pobres e poucos ricos nas penitenciárias.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque nos indignamos com as súbitas desgraças e nos aquietamos com os holocaustos crônicos.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque calejamos a alma para não nos revoltarmos com a mortandade africana.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque pagamos fábulas de dinheiro aos pilotos de carros de corrida e deixamos os professores com salários minguados.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque aceitamos que filhos de políticos também sejam candidatos.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque tentamos fazer de Deus um servo para nos prover o que precisamos.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque nos acostumamos com as cisternas podres e abandonamos as fontes de água cristalina.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque somos religiosos semelhantes aos algozes de Jesus de Nazaré.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque, como Tomé, precisamos ver para crer.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque continuamos parecidos com os nossos pais.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Porque só te pedimos misericórdia de vez em quando.
Cordeiro de Deus, tende misericórdia de nós.

Soli Deo Gloria.

quarta-feira, julho 25, 2007

Pela primeira vez chamados cristãos


" Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos" -Atos 11:26b

Estava lendo o livro de Atos quando me deparei com esse famoso versículo. Então eu pensei sobre porque antes dele, os discípulos não haviam sido chamados cristãos, uma vez que que já anunciavam o Evangelho em vários lugares e o Espírito Santo já havia sido derramado sobre a Igreja.

Achei muito interessante, em primeiro lugar, esse texto ser consecutivo ao texto onde Deus mostra a Pedro que não devemos tornar impuros aquilo que Ele mesmo purificou. É onde Pedro aprende que os gentios também podiam se tornar cristãos, e não apenas os judeus. E ele ensina isso para a Igreja que estava se formando. A partir do versículo 19, conta-se um pouco da Igreja de Antioquia. "Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com a morte de Estêvão, chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia(...)" (v.19a). A Igreja havia passado por uma espécie de primeiro teste. Foram perseguidos e viram que poderiam morrer como Estêvão por pregar o evangelho. Viram que os que estavam dispostos a matar o próprio Jesus, estariam dispostos também a matar aqueles que anunciassem as Suas palavras.

Curiosa como sou não me contentei apenas com meus pensamentos e fui pesquisar em algumas Bíblas de estudo. As duas definições que mais gostei foram as seguintes:

"A nova Igreja em Antioquia era uma curisoa mistura de judeus, que falavam grego e/ou aramaico, e gentios. É significativo que esse seja o primeiro lugar onde os crentes em Jesus foram chamados e cristãos - 'aqueles que seguem a Cristo' - porque tudo que tinham em comum era Cristo; não se identificavam pela naturalidade, pela cultura nem pelo idioma. O amor de Cristo ultrapassa todas as fronteiras e une todas as pessoas"- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

"Cristãos é uma transliteração do grego christianos, um nome simples, e muito provavelmente, alvo de escárnio, dado aos primeiros seguidores de Cristo (gr. christos) (...)" - Bíblia de Estudo Plenitude. Seria algo como o Jesus freaks, em sua origem.

Acho que não há mais o que falar. Agora entendi porque "em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos". Quero me tornar uma cristã como eles.

Fiquem com Jesus =)

domingo, julho 22, 2007

FÉRIAS


Nessas semanas de férias eu não fiz nada. Absolutamente nada. Estava doente, mal conseguia ficar de pé. Agora já sei todas as regras dos esportes do PAN, porque era a única coisa que eu fazia: ver os jogos do PAN na TV. Eu odeio televisão, o fato de ter ficado doente nas férias também não é uma coisa legal, por isso o PAN me salvou de ficar olhando pro teto, já que o máximo que eu conseguia era mudar os canais no controle remoto, e eu não ficaria assitindo TV se não tivesse nada de interessante (como nunca tem).

Pelo menos não foi um tempo inútil. Minha mente fervilhou de idéias enquanto fazia meus devocionais. Logo que organiza-las (e prometo que não vou enrolar muito) vou postar aqui. Semana que vem devo voltar à ativa aqui no blog.

Fiquem com Jesus =)

quinta-feira, julho 05, 2007

A surdez espiritual

por Guilherme Oliveira
O site ABC SAÚDE define surdez assim:

“A surdez é um defeito “invisível”. Costuma-se não perceber a importância da audição em nossas vidas, a não ser quando começa a faltar a nós próprios. A audição é o sentido que mais nos coloca dentro do mundo e a comunicação humana é um bem de valor inestimável.”

Estava pensando em como a surdez espiritual é algo serio, e muitas vezes como na surdez física não a percebemos, ou fingimos não perceber.

“Levantai-vos, mulheres que estais sossegadas e ouvi a minha voz; e vós, filhas, que estais, tão seguras, inclinai os ouvidos às minhas palavras.” Is 32:9

Muitas vezes ficamos tomados pela indiferença achamos que estamos já salvos e paramos de buscar a Deus como antes, vulgarmente falando ficamos “acomodados”,
Às vezes nos acomodamos até com as coisas do mundo, estas já não nos perturbam como antes, e passamos a achar que estás coisas são normais.

“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará” MT 24:12

Esquecemos que devemos cumprir a palavra que escutamos, só ir a cultos não adianta devemos estar prontos para buscá-lo em todos os momentos, sem nos esquecermos de quem realmente somos, filhos e adoradores de Deus.

“Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era.”

Devemos estar nos testando todos os dias para ver se estamos com algum dos sintomas da surdez espiritual, por que como diz a palavra: bem aventurado é aquele que ouve as coisas de Deus e as guardam em seu coração.

“Mas a que caiu em boa terra são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a retêm e dão fruto com perseverança.” Lc 8:15

Porque como no sentido “físico” ouvir é a melhor maneira de nos comunicarmos com Deus.

“Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele cumpre o desejo dos que o temem; ouve o seu clamor, e os salva.” Sl 145:18-19

Devemos ter os nossos ouvidos espirituais sempre prontos a ouvir, para que possamos permanecer nele e sempre darmos frutos.

“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” Jô 14: 4-5


Como diz na palavra do senhor se realmente o amamos devemos guardar os seus mandamentos e não somente deixar estes entrarem por um ouvido e sair pelo outro,
Porque somente guardando seus mandamentos e seguindo-os que seremos dignos do espírito santo de Deus.

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre. a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis.” Jô 14:15-19

Em resumo devemos cuidar dos nossos ouvidos espirituais estarmos sempre atentos a palavra do senhor e segui-la para que possamos ter seu espírito vivendo em nossos corações.
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Recebi ontem minhas notas de Audiologia. Achei que iria muito mal na última prova, porque não tive tempo de estudar o suficiente no fim-de-semana. Fui muito bem. Toda honra e glória para Deus!!!!!

sexta-feira, junho 29, 2007

Heróis Modernos


Em nossa sociedade atual, os assaltos têm, infelizmente, se tornado cenas comuns no cotidiano. Apesar de já ter tido dois celulares roubados, ainda não me acostumei a conviver com esses crimes. Na quinta-feira, dia 21, presenciei um desses absurdos.

Era mais um dia comum, em que eu pegara um ônibus lotado - daqueles que a gente mal consegue entrar - para ir à faculdade. Sem conseguir me mexer e nem subir os degraus, fiquei a observar a paisagem da minha cidade. Foi o último dia em que os ônibus circularam na pista do canto, junto com os demais automóveis. Na verdade, em meu trajeto costumo ficar conversando com Deus ou tentando lembrar letras de música que na noite anterior eu tinha ouvido, às vezes fico pensando no que farei no dia, mas, excepcionalmente naquele dia, não conseguia fazer nada disso, fiquei apenas olhando pela porta do ônibus, torcendo para o motorista não parar para mais ninguém entrar.

Foi quando em um ponto da Antônio Carlos tudo aconteceu. Inicialmente pensei ser uma briga de casal, até que o rapaz, muito bem vestido por sinal, quase derrubou a moça no chão e saiu correndo com sua bolsa. Como é de praxe nessas situações, uns dois outros rapazes saíram correndo para tentar alcançar o gatuno. Um desses era o trocador do ônibus que estava à minha frente. Já um tanto agitada por ter tomado muito café na noite anterior para estudar para uma prova, fiquei em alvoroço, sentimento que era presente em todas as pessoas do ônibus em que eu estava. Como o rapaz corria muito rápido, os outros desistiram logo de tentar alcança-lo.

Enquanto isso, no ponto, as pessoas recolhiam algumas folhas da moça, que estava em completo estado de choque pelo ocorrido. No ônibus que eu estava todos acompanharam o trajeto do ladrão até onde nossas vistas permitiam alcançar. Uma senhora gritou: "pegou, pegou!!!". Ao que o motorista respondeu: "pegou?". Ela completou: "pegou!!". Lembram-se do trocador do outro ônibus? Ele seguiu com o ônibus até o rapaz cannsar de correr e, então, desceu do ônibus e o derrubou. Alguns rapazes ajudaram a imobilizar o ladrão no chão e o trocador pegou a bolsa e saiu correndo, muito contente, para devolver os pertences à moça. O motorista daquele ônibus ficou aguardando a volta dele.

Por alguns instantes todos comentavam da coragem e valentia do trocador, mas logo o assunto se encerrou e voltaram ao que faziam antes do incidente. A essa altura o ônibus já tinha esvaziado bastante, no que eu passei da catraca e me assentei. Influenciada pela cafeína, mas também extasiada com algo que nunca vira antes em minha vida, fiquei a pensar naquele herói anônimo que conhecera. Bem pequenino quando comparado ao assaltante, o cobrador fez surgir uma força de si, que talvez nem ele sabia que existia. Por ser tudo muito rápido, não reparei se usava aliança ou não, mas fiquei pensando no quanto ele arriscara a própria vida para recuperar a bolsa de alguém que ele nem sequer conhecia. E se tivesse uma esposa, filhos? E se o assaltante marcou bem quem ele era, para ameaça-lo depois? Minha mente fervilhava, e acho que todos ao meu redor percebiam isso, pois me olhavam um tanto assustados. Mas eu não me importava, tinha acabado de conhecer um herói moderno; alguém que não se contentava com a impunidade, e já que, muito provavelmente, nada aconteceria ao bandido, ao menos ele fizera sua parte. Na verdade nem sei o que passou na mente daquele trocador, nem o que o levou a fazer o que fez, mas suas atitudes me revelaram muito da sua pessoa.

Ao se dispor a enfrentar o bandido, se expondo ao perigo até de morte talvez, por alguém que ele não conhecia, aquele homem mostrou que vale a pena continuar acreditando em heróis. Mas ele tinha, com certeza, seus defeitos, que eu, obviamente, não conhecia. Há, entretanto, alguém que não hesitou em sofrer, ser perseguido, acusado e morto na pior das mortes, mesmo sendo absolutamente inocente, por mim. Alguém que ele sabia que iria decepcioná-lo tanto, que seria tantas vezes medíocre, que não o honraria sempre (etc etc etc) como eu!!! Ele não fez isso só por mim, fez por cada ser humano da face da Terra, de bandidos a heróis. Se tivermos humildade suficiente para reconhecer nossas falhas e nos achegarmos a ele, reconhecendo que só ele tem poder pra nos salvar (da perdição, de nós mesmos...), Jesus estará de braços abertos para nos receber e mudar nossas vidas para sempre.

Ao me lembrar disso, nem preciso da cafeína para ficar mais extasiada do que fiquei há oito dias...

quarta-feira, junho 27, 2007

O meu céu

por Nivton Campos

“Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam.”
I Cor 2:9

Gastei muito tempo pensando sobre como seria o céu. Nunca pensei que pudesse ser um lugar realmente bom até me converter, quando passei a crer que o seria. Mas, quando me deliciei com o texto acima, descobri nele uma das poucas vezes em que a ignorância pode mesmo ser uma benção, e comecei a ver o céu como um lugar muito bom.
Se, à devida altura meu olho não viu, meu ouvido não ouviu, meu coração não cogitou e Deus já preparou, estou deixando de tentar descobri-lo e passo a idealizá-lo.
Isso mesmo: passo a idealizar o meu céu. Ele será mais ou menos assim: Nunca, no céu para o qual eu vou, haverá pessoas com problemas de relacionamento, todas se darão muito bem. Nenhuma delas jamais ouvirá funk, pois, já que sou eu quem idealiza este paraíso, escolho também os gostos dos meus vizinhos (já que é pra imaginar, façamos direito, né!?). Do bebedouro da praça sairá milk-shake de açaí do Eddie’s – e isso vai ter no céu do Allan Lana também. Haverá no meio da cidade um rio de Coca-Cola, que fluirá sem que a Coca perca seu gás; será maravilhoso. Todas as noites ouviremos música boa. As mais simples serão tocadas pelo Lenine e pelo Chris Martin. Pela manhã, louvores a Deus com a harmonia mais perfeita do universo... Nunca mais se ouvirá “música gospel”. Aleluia!
Com tudo isso, amigos, ainda digo que não serei de forma alguma frustrado.
Pelo texto acima e por outros que se referem ao mesmo assunto na Bíblia (Apocalipse 7:14-17 e 21:2-4, por exemplo), entendo que por mais que eu pense em um lugar muito bom, o que Deus preparou superará em muito as minhas expectativas. E digo ainda, que se o lugar em que eu passar a eternidade for melhor do que um paraíso com um rio de Coca e boa companhia, será muito bom mesmo! E ainda viverei pra sempre com um Deus perfeito, que será um amigão íntimo e sempre presente, com quem conversarei sobre tudo. Perfeito.
Bom, convido você a vir para este céu. Mas o seu céu será diferente do meu, claro. Você pode preferir um bebedouro com suco de laranja. Mas, antes de embarcar para lá, compre sua passagem com o Mestre. Cristo é o único que pode dar-te o passaporte, e o melhor: é de graça.

“Quem tiver sede venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida.”
Ap 22:17

terça-feira, junho 26, 2007

Deus é mais que tudo pra mim


No último semestre tive a felicidade de participar da ABU Fafich e da ABU FALE*. Lá aprendi a refletir muito sobre tudo, e numa dessas minhas viagens, elaborei o pensamento que se segue.

Tudo, do latim "totum", tem a seguinte definição no dicionário Aurélio:1. A totalidade das coisas e/ou animais e/ou pessoas. 2. Todas as coisas 3. Coisa essencial, fundamento.
Essencial: 1. Que constitui a essência. 2. Indispensável, necessário, fundamental.
Fundamento: 1. Base, alicerce. 2. Conjunto de razões em que se funda uma tese, ponto de vista. 3. Razão, motivo.
Indispensável: Não dispensável; imprescindível.
Necessário: 1. Indispensável, imprescindível. 2. Forçoso, inevitável. 3. Que deve ser feito, cumprido. 4. Aquilo que é necessário.
Base: 1. Tudo quanto serve de fundamento ou apoio. 4. Origem, fundamento. 5. Preparo intelectual
Alicerce: 2. Base, fundamento
Imprescindível: não prescindível, indispensável.

Tudo também pode ser entendido como sinônimo de total, do latim "totalis" definido da seguinte maneira pelo Aurélio: Que abrange um todo; completo, geral.
Completo: A que não falta nada do que pode ou deve ter. 2. Perfeito, acabado.
Geral: 1. Comum à maior parte; genérico 2. Total 3. Universal 4. A maior parte.
Perfeito: 1. Que reúne todas as qualidades concebíveis, ou atingiu o mais alto grau numa escala de valores. 2. Ótimo, excelente. 3. Executado ou fabricado do melhor modo possível. 4. Completo, total; rematado, acabado.
Acabado: 1. Levado a cabo, pronto. 2. Perfeito.
Universal: 2. Que abraça toda a Terra; mundial. 7. A quem se atribuíram totalmente direitos ou deveres.

Bem, toda essa chatice (só não continuei porque cansei de ficar procurando as definições correlacionadas) é apenas para dizer que é plausível atribuir tudo ou totalidade a Deus. "Deus é tudo", eu ouço dizer. Considerando que o tudo é o total e o total é tudo, o tudo é muito grande. Mas daí me vejo pensando em Deus e no tudo. Chego a conclusão de que o tudo é muito pouco para se definir Deus. Portanto, para mim, Deus é mais que tudo.

Fiquem com Jesus=)





* ABU: Aliança Bíblica Universitária.
Fafich: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG.
FALE: Faculdade de Letras da UFMG.

segunda-feira, junho 25, 2007

Mighty to save

Aproveitando o último post e em contagem regressiva para a vinda do Hillsong United em BH, resolvi postar uma música muito linda deles:

Hillsong United - Mighty To Save

Reuben Morgan and Ben Fielding
Everyone needs compassion
Love that's never failing
Let mercy fall on me
Everyone needs forgiveness
The kindness of a Saviour
The hope of nations


Saviour
He can move the mountains
My God is mighty to save
He is mighty to save
Forever
Author of salvation
He rose and conquered the grave
Jesus conquered the grave


So take me as You find me
All my fears and failures
Fill my life again
I give my life to follow
Everything I believe in
Now I surrender


Shine Your light and let the whole world see
We're singing
For the glory of the risen King


Aline Barros - Poder Pra Salvar

Mighty To Save (versão Aline Barros)

Todos necessitam de um amor perfeito,
Perdão e compaixão
Todos necessitam de graça e esperança
De um deus que salva

Cristo, move as montanhas e tem poder pra salvar,
Tem poder pra salvar.
Pra sempre autor da salvação
Jesus a morte venceu, sobre a morte venceu.

Me aceitas com meus medos, falhas e temores
Enche o meu viver
A minha vida entrego pra seguir teus passos
A ti me rendo.

Possa o mundo ver brilhar a luz
Cantamos para a glória do senhor Jesus

O show vai ser no dia 31 de Julho, às 20hs, no Chevrolet Hall.
Mais informações: www.unitedinbrazil.com.br


Letras tiradas do site www.vagalume.com.br

Absolvendo fariseus e condenando pecadores


"Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores." - Mateus 9:12,13

Os grupos religiosos da época de Jesus ficavam indignados com o fato de Ele ser "amigo dos pecadores". Os fariseus, um desses grupos, são os "justos" a quem Jesus se refere nesse texto. O apóstolo Mateus havia aberto mão de tudo para seguir Jesus e mais tarde Jesus foi jantar em sua casa, muitos dos amigos pecadores de Mateus estavam lá também. Os fariseus ficaram escandalizados com essa situação. Foi quando Jesus resumiu lindamente sua missão nessa terra. Ele veio para pecadores, porque eles são os doentes espirituais. Aqueles que acham que estão bem não precisam procurar o doutor Jesus.

Fiquei refletindo nesse texto por um bom tempo e vi que a igreja atual tem seguido os passos dos fariseus, infelizmente, com freqüência. Os pecadores perdidos no mundo são destinados à perdição eterna, pois as mensagens "evangelísticas" enfatizam mais o inferno do que o céu. As boas novas que Jesus mandou que espalhássemos se transformam em más novas. Os pecadores se sentem tão indignos, que preferem não seguirem a Jesus por não se considerarem tão bons quanto os justos da igreja. Enquanto isso, nos templos, muitos fariseus são absolvidos, as mensagens são de esperança e vitória. Os pecados destes são perdoados pela infinita misericórdia e graça de Deus, afinal, vivemos num tempo de graça. Ou seja, para os pecadores perdidos o que vale é a Lei, do Velho Testamento, e para nós, os salvos, o que vale é a graça. A igreja então se torna a justa e os pecadores se tornam os doentes. Bem, Jesus veio para chamar pecadores, e não justos.

Então, você diz, vou aprovar o pecado do mundo? Não! Só não podemos condenar os pecadores junto com os pecados deles. Do contrário, todos nós estaríamos condenados. Por sermos pecadores, foi que Jesus veio. Se fôssemos todos justos sua vinda teria sido desnecessária, mas "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23). O apóstolo Paulo continua assim o texto: "mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Jesus Cristo, que os salva" (Rm 3:24).

E quanto à igreja, é proibido pregar uma mensagem de esperança e vitória, quando há tantos enfrentando inúmeras dificuldades e tentações? A resposta é um claro não, novamente. O problema não é pregar sobre vitória, o problema é pregar sempre sobre isso e, pior, dizer que vindo a Jesus Cristo você terá todos seus problemas resolvidos. É preciso deixar claro para a igreja que sofrimentos e tentações estavam previstos para os cristãos, na própria Bíblia. Vamos ter momentos de vitória sim, mas as dificuldades são necessárias para moldar nosso caráter e torná-lo mais semelhante ao de Cristo, que nos disse: "eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo." (Jo 16:33).

Encerro por aqui meu simples pensamento, deixando um conhecido texto da Bíblia para que, levando-se em consideração o que aqui foi abordado, vocês façam uma nova reflexão sobre ele: "Portanto ide, fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" - Mateus 28:19,20

Fiquem com Jesus=)

quinta-feira, junho 21, 2007

Sem perder a alma

por Ricardo Gondim
A gente chega numa idade que parece já ter visto de tudo e do seu reverso. Em meus trinta anos de convívio entre os evangélicos, ganhei a sensação de que nada mais pode me surpreender.
Fui privilegiado de conhecer heróis e heroínas da fé; gente que para evangelizar, enfrentou o cinzento do sertão, a umidade inclemente da Amazônia e o frio gaúcho. Já me arrepiei com o denodo de pastores que sobem morros perigosos, com a persistência de rapazes que dedicam tardes de domingo visitando hospitais, presídios e sanatórios, com a ternura de mulheres que cuidam de orfanatos.
Contudo, do mesmo modo, testemunhei horrores praticados em nome de Deus, escandalizei-me com evangelistas escarnecendo de paralíticos, revoltei-me com a manipulação exagerada de falsos milagres. Espantado, presenciei missionários, ávidos por demonstrar o tamanho de sua unção, inventando manifestações sobrenaturais.
Depois de conhecer os bastidores de algumas igrejas evangélicas, percebi o risco de tornar-me cínico. Diante de tanta ambigüidade na esfera religiosa, eu poderia aprender a comportar-me como uma hiena, sarcasticamente rindo por dentro perante tanto paradoxo. Sei que é possível desdenhar de tudo o que se faz em nome de Deus. Confesso que às vezes dá vontade mesmo de zombar dos arroubos ufanistas daqueles que tentam me fazer embarcar em projetos megalomaníacos.
Depois de tanto perambular pelos corredores religiosos, pregando em Congressos e ouvindo conversas de corredor, conscientizei-me de que preciso guardar o coração. Infelizmente, convivo com tantos doentes espirituais, que também corro sério risco de me desumanizar. Sei que posso sucumbir à tentação de ganhar o mundo inteiro e, no processo, perder minha alma; posso despersonalizar-me só para ter alguma notoriedade denominacional.
Conheci líderes com traquejo nos palcos religiosos, mas que já não beijam seus filhos há tempo. Posso citar vários que nunca leram poesia, jamais contemplaram a beleza de um pôr-do-sol, não jogam bola com os netos e desconhecem a alegria de deixar-se conduzir por uma melodia calma; muitos esqueceram que é possível ouvir o inaudível no cicio de uma brisa.
Vez por outra, eu me flagro assaltado pelo farisaísmo, e com isso, dou de ombros para a vida em nome da minha instituição; também me apavoro comigo mesmo quando me vejo armando esquemas para conquistar mais reconhecimento; entristeço quando percebo que ambiciono ter o status de messias. Ah, como fui tardio em desconfiar que meu ambiente religioso fosse tão perigoso! Porque não me precavi do fermento dos fariseus, paguei um preço muito alto.
Para não asfixiar a alma, senti a necessidade de achar respiradouros onde pudesse renovar meu ser.
Assim, passei a ler diversificadamente. Aprendi a gostar de poesia, biografias, romances e crônicas. Hoje, sonho ao lado de mestres das metáforas como José Lins do Rego; compenso a crueldade do mundo, viajando pelos universos paralelos imaginados por gente como Tolkien, Gabriel Garcia Márquez e Rachel de Queiroz; refresco meu coração com a sublimidade poética do Vinicius de Moraes. Em minhas tristezas, sinto-me atraído pelos Salmos de Davi e por Fernando Pessoa.
Assim, procuro ritualizar minhas refeições. Hoje, almoço sem pressa. Assim, quero consagrar cada abraço que dou e recebo, e considerar meus presentes como sacramentos do cuidado de Deus. Como alquimista, busco transformar cada instante de minha breve vida, numa gostosa saudade.
Assim, desejo aprender a conversar despretensiosamente com meus amigos. Hoje, sei que preciso antecipar-me aos meus inimigos para poder oferecer-lhes um pedaço de minha paz e pedir que me ajudem a construir pontes em direção a eles.
Assim, anseio por ler a Bíblia sem a obrigação de conseguir tirar “verdades práticas” do seu texto. Tenho sede de meditar vagarosamente nas histórias, parábolas e ensinos dos dois Testamentos. Ainda hei de descobrir o que o salmista quis comunicar quando escreveu: “Provai e vede que o Senhor é bom”.
Assim, aspiro aprender a calar-me na presença de Deus. Hoje, quero exercitar-me na oração contemplativa. Reconheço que ainda engatinho nessa disciplina espiritual, mas anelo aprender o sentido mais profundo do batismo no Espírito Santo.
Eu já quis ganhar cidades, mas hoje tenho um projeto mais fascinante, luto com todas as minhas forças para cuidar do meu coração - dele saem as fontes da vida.
Soli Deo Gloria.
http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=71&sg=0&id=1477

terça-feira, junho 19, 2007

Nem 8, nem 80

por Paulo André

"O tolo cruza os braços e destrói a própria vida. Melhor é ter um punhado com tranqüilidade do que dois punhados à custa de muito esforço e de correr atrás do vento."
Ec 4.5-6 (NVI)

Neste livro, o Pregador (1.1) censura bastante as ações do tolo (indolente, negligente, simplório). Nestes dois versículos, o que é colocado em jogo são dois extremos da vida das pessoas. O trabalho em moderação é bom e aumenta a dignidade da pessoa. Mas, se está excedendo e domina sua vida, é fútil, pois um pouco com paz é melhor do que muito com tumulto. "Isto também é vaidade e correr atrás do vento."

Nem 8, nem 80. Nem tanto o céu, nem tanto a terra.

Pense nisso...

domingo, junho 17, 2007

A loucura do ateísmo


por Davi Lago

Os ateus existem. Mas será que existe uma base para suas afirmações? Será que é realmente plausível ficar afirmando que “Deus não existe” ?

Para que uma pessoa possa, com convicção, dizer que não há Deus, ela precisa ter um conhecimento absoluto de tudo. De outro modo, como ela poderia afirmar isso? Essa pessoa precisa saber de todas as coisas, ser onisciente. No entanto, toda pessoa equilibrada mentalmente é capaz de reconhecer suas limitações, e obviamente, reconhecer que não é onisciente.

O ateu também precisaria ter visitado todo o universo para afirmar definitivamente que Deus não existe. De outro modo, como poderia afirmar isso? Além disso, é preciso que o ateu esteja em todos os lugares ao mesmo tempo. Observe: Deus poderia estar em um lugar, e quando o ateu o procurasse, Deus poderia ter se retirado para outro lugar.

Evidentemente é mais prudente, razoável e sensato para o incrédulo, simplesmente dizer: “Não sei se Deus existe ou não”. E de fato foi esta a posição de um dos meus professores. Mesmo sendo conhecido em toda a universidade como um fervoroso ateu, quando debati com ele sobre Deus, ele simplesmente me disse: “Não sei quem é Deus! Não conheço Deus!”, ao invés de afirmar categoricamente: “Deus não existe!”.

Ou a pessoa sabe que não há Deus, ou não deve dizer o que não sabe.

Portanto, não se justifica a afirmação de que Deus não existe. Isso é inadmissível. Para se afirmar isso com absoluta certeza e segurança, seria preciso que o ateu fosse onisciente e onipresente! Por outras palavras, teria de ser Deus!

Por isso a Bíblia considera o ateu como louco. “Diz o louco em seu coração: Não há Deus” (Salmo 14:1).

Nunca houve um verdadeiro ateu, alguém que seja sinceramente ateu na maior profundidade do seu ser. O que existe são pessoas críticas do sistema religioso de sua época. O que existe são homens orgulhosos, com lábios cheios de ironia, arrogância por seus conhecimentos e prepotência por seu status na sociedade. Muitos não reconhecem suas limitações e consideram uma demonstração de fraqueza crer em um Deus.

Mas Paulo afirma na carta que escreveu aos cristãos de Roma, que a declaração “Não há Deus” é um suicídio intelectual e moral. Além disso, ele também afirma que o mundo dá farto testemunho da existência de Deus:

“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal” (Romanos 1:20-22).

A verdadeira loucura é não crer em Deus. O ateísmo não se sustenta pelo pensamento cuidadoso. Pensar nele leva a refutá-lo.

Do outro lado, a mensagem cristã é a mais plausível e sensata de todas as mensagens. Nenhuma outra filosofia, crença ou qualquer outra pregação, é capaz de preencher o intelecto como o cristianismo. E muito mais do que isso: Os cristãos não apenas pensam e falam sobre Deus, experimentam e vivenciam sua presença e seu poder!

Abra sua mente. Abandone os pré-conceitos infundados. Não tenha uma mentalidade estreita e mesquinha. Deixe de ser esnobe quer intelectual, social ou moralmente. Busque a Deus com sinceridade e humildade, e você o encontrará!

“Que te conheçam, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).

O Profeta Gentileza


por Leonardo Boff

No dia 17 de dezembro de 1961 ocorreu um fenomenal incêndio do Circo Norte-americano em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, vitimando cerca de 500 pessoas. Tal fato, como nos tempos bíblicos, serviu de estopim para o surgimento de um profeta, o Profeta Gentileza que no dia 11 de abril celebraria, se vivo fosse, 90 anos. José Datrino era seu nome, caminhoneiro do bairro Guadalupe no Rio de Janeiro. Seis dias após, véspera do Natal, por volta da 13 horas, enquanto descarregava um caminhão, confessou ter ouvido por três vezes uma mensagem divina: deveria abandonar os três caminhões, casa, terrenos e família e ir logo para ao local do incêndio "para ser o consolador de todos os que perderam seus entes queridos". Tomou um dos caminhões, carregou-o com duas pipas de vinho de cem litros e foi a Nitéroi para cumprir sua missão. Distribuíu vinho em copinhos de plástico sob uma condição: que todos pedissem "por gentileza" e não "por favor" e que dissessem "agradecido" em vez de "muito obrigado". Aqui está a essência de sua mensagem, "gentileza" e "agradecido".

Passa a vestir-se com uma bata branca cheia de apliques, com um bastão, um longo estandarte com suas mensagens, encimado por flores para lembrar o jardim do Eden e cataventos para arejar as mentes, como dizia. Instalou-se no local do incêndio, aplainou-o, transformando-o num jardim florido. Dormia no caminhão. Por quatro anos consolou a todos que iam ao local chorar de seus mortos dizendo-lhes: "o corpo está morto mas o espírito deles está em Deus".

Depois de quatro anos, percorreu o pais, o nordeste e o norte, pregando "Gentileza" e "Agradecido". Por fim fixou-se no Rio percorrendo a cidade com seu evangelho da gentileza, como um Dom Quixote bizarro mas que conquistou a simpatia de todos, cantado por músicos e artistas, até morrer em 1996 em Mirandópolis, São Paulo. Foram 35 anos de coerente missão profética. Esta figura nos sugere algumas reflexões.

O Profeta Gentileza nos confirma o fato religioso que não se inscreve no âmbito da razão analítica mas da inteligência emocional onde ocorre "o sentimento oceânico" como dizia o romancista Romain Roland se contrapondo a Freud. No Profeta Gentileza aparece uma mística trinitária, rara na história cristã, do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ele sempre acrescenta uma quarto elemento feminino, a natureza ou Maria. C.G. Jung mostrou que o 3 e o 4 não devem ser vistos como números mas como arquétipos: o 3 de uma totalidade para dentro e o 4 de uma totalidade para fora. Eles dizem a Trindade cristã em si (o 3) e o Reino da Trindade que incluiu a criação(o 4).

Como todo profeta, Gentileza denuncia e anuncia. Denuncia este mundo, regido "pelo capeta capital que vende tudo e destrói tudo". Vê no circo destruido uma metáfora do circomundo que também será destruido. Mas anuncia a "gentileza que é o remédio para todos os males". Deus é "Gentileza porque é Beleza, Perfeição, Bondade, Riqueza, a Natureza, nosso Pai Criador". Um refrão sempre volta, especialmente nas 56 pilastras com inscrições na entrada da rodoviária Novo Rio no Caju: "Gentileza gera gentileza, amor". Convida a todos a serem gentis e agradecidos. Na verdade, anuncia um antídoto à brutalidade de nosso sistema de relações. É precursor, sob a linguagem popular e religiosa, de um novo paradigma civilizatório urgente em toda a humanidade.

O movimento Rio com Gentileza , articulado pelo Prof. Guelman, visa a gestar gentileza na cidade marcada pela violência. É o que precisamos para com a natureza e para com a humanidade se quisermos que ainda tenhamos futuro.

www.leonardoboff.com

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