terça-feira, junho 12, 2007

A coisa mais linda do cristianismo

"Muitas vezes pensamos que, quando terminamos de estudar o um, já sabemos tudo sobre o dois, porque 'dois é um mais um'. Esquecemos que ainda temos de estudar o 'mais'". -Sir Arthur Eddington.
Essa bela frase retrata, infelizmente, a situação de Igreja no mundo. Temos nos esquecido de nos unir, e também temos esquecido de ver que a diversidade é algo que faz do corpo de Cristo algo magnífico. Imagine como a Igreja seria chata e monótona se houvesse apenas uma teologia e apenas um modo de crer.

Estava refletindo um dia sobre "minha teologia" (tenho feito isso muito ultimamente) e vi que cada amigo meu, cada teólogo, cada religião crê em coisas diferentes acerca de pequenas doutrinas. Tenho meus amigos revoltados (estou crendo e pensando muito semelhantemente a eles) com a situação da igreja. Existem também os entusiastas que querem ganhar o mundo inteiro pra Jesus. Existem os evangélicos que acham que os católicos todos vão para o inferno. Existem também os católicos que acham que os evangélicos vão para o inferno. Há doutrinas diversas com as quais não concordo, e exitem doutrinas que eu creio que muitos outros acham que é pura mentira.

Mas o mais lindo de tudo, é que todos aqueles que são cristãos de verdade - independente de credo, denominação ou religião - TODOS, sem exceção, creêm na história de um Deus todo-poderoso que se fez um simples carpinteiro, alguém que foi e continua sendo rejeitado por tantos, um homem que sabia que os homens não se manteriam fiéis no que Ele ensinou, sabia que os homens se dividiriam em doutrinas e religiões, tinha plena consciência que expulsou os mercadores do templo, mas depois de um tempo eles voltariam, sabia que a ganância tomaria conta de muitos corações, que muitos tentariam comprar a própria salvação, que a graça seria ignorada por tantos outros, que os homens continuariam julgando uns aos outros e que tudo aquilo que ele ensinou no Sermão da Montanha seria desrespeitado tantas vezes, enfim, que sabia que mesmo salvos, pecadores continuariam pecando, mas mesmo assim não desistiu de se sacrificar na pior das mortes, não desistiu de sentir todo o peso dos pecados da humanidade inteira sobre seus ombros e com isso ser abandonado pelo próprio Pai, já que a sua santidade não O permitiria entrar em contato com o pecado, mesmo que fosse para salvar seu filho, seu único filho.

O que me emociona é que mesmo eu sendo quem eu sou - e Deus me conhece até melhor do que eu mesma - Jesus viveu, morreu e ressuscitou por mim e, mesmo que eu fosse a única pessoa a viver nessa terra, Ele não hesitaria em fazer tudo da mesma maneira.

A Igreja tem muitos erros a serem corrigidos. Cada cristão verdadeiro deve assumir sua própria culpa nesse processo e lutar para voltarmos àquilo que Jesus acreditava (e ainda acredita) ser possível quando criou a cada um de nós enquanto membros de um corpo: uma Igreja santa, que revela seu amor àqueles que precisam dele (e todos precisam).

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