sexta-feira, novembro 04, 2011

Graça sem fronteiras

"Pelo contrário, cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles." - At 15:11


No contexto desse versículo estava ocorrendo uma discussão sobre a salvação dos gentios. Uns criam que eles tinham que ser circuncidados, segundo a tradição judaica, outros criam que isso era desnecessário. Foi quando Pedro disse a frase que lemos no versículo.

A graça é para todos, diz Pedro, e não só para nós judeus, nós religiosos.

Hoje em dia a circuncisão ficou restrita aos judeus, mas ainda encontramos situações parecidas no meio cristão.

Queremos impor tradicionalismos aos novos convertidos, como se a graça não fosse suficiente para a salvação deles, como se fosse necessário que eles acreditem em cada mínimo detalhe teológico que nós acreditamos. Como se, de fato, eles tivessem que conquistar a salvação, como "nós conquistamos", porque somos excelente cristãos.

Achamo-nos superiores aos nossos irmãos, e até a Deus, e queremos impor regras para que as pessoas sejam salvas. Esquecemo-nos com isso, que somos tão miseráveis quanto qualquer um a quem chamamos pecadores. O nosso destino, se dependesse única e exclusivamente de nós, seria certamente o inferno. Mas fomos atingidos por algo inexplicável, imerecido (por isso, injusto, se analisarmos friamente) e ilógico. Portanto é bastante pretensão querermos estabelecer, nós mesmos, uma balança de quem merece ou quem não merece ser salvo, ou se fulano está mais salvo que ciclano porque segue a um conjunto de preceitos religiosos. Isso é voltar ao farisaísmo sujo a qual Jesus combateu tanto enquanto estava aqui na Terra.

Lembremo-nos de que a maravilhosa graça que nos atingiu atinge também a outros, e isso é suficiente para que eles sejam salvos.

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