sexta-feira, janeiro 07, 2011

As sementes que caíram entre as rochas


"Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda. Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes (...) As sementes que foram semeadas onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a aceitam logo com alegria, mas duram pouco porque não tem raíz. E, quando por causa da mensagem chegam os sofrimentos e a perseguição, elas logo abandonam a sua fé" - Mt 13:5,6;20,21

Há certos textos bíblicos que, talvez por terem sido ouvidos com frequência na infância de cristãos de longa data, são muito pouco pregados nos púlpitos de hoje em dia.

O interessante é que trechos como esses encontrados em Mateus 13 revelam verdades tão simples e ao mesmo tempo tão profundas, mas não são poucos os pregadores que preferem distorcer alguns trechos a pregar essas simples verdades.

Essas pregações tem produzido vários "cristãos" firmado em rochas, ao invés de formarem aqueles que são firmados na Rocha.

As palavras da famigerada teologia da prosperidade (e eu não poderia usar adjetivo melhor para descrevê-la) fazem as pessoas confiarem em Deus pelas "rochas" do sucesso financeiro, pessoal, profissional, da saúde perfeita, da vida sentimental bem resolvida, etc.

Essas pessoas se tornam evangélicas na doce ilusão de que agora em diante não existirão mais as palavras "sofrimento", "problemas" e "dificuldades" em seus dicionários.

O problema está nas raízes superficiais que são formadas, e logo o que parecia doce como mel se torna amargo como fel.

Então a realidade vem à tona. O sol continua aparecendo para justos e injustos. A morte assola inocentes e culpados com a mesma falta de piedade. E aqueles que criam em Deus por aquilo que ele oferecia, e não por causa de quem Ele é e do que Ele fez por nós, porque jamais ouviram falar sobre a graça salvadora e libertadora de Cristo, simplesmente desistem e viram sementes mortas. E aqueles que cobram para nos dar o que é de graça* se importam? Claro que não. Enquanto o número de fiéis continuar aumentando exponencialmente um outro que desistirem não farão diferença.

O objetivo primordial de cada pregador - e de cada um dos discípulos de Cristo, pregadores ou não - deve ser o de formar cristãos firmados em Cristo, com raízes profundas que só aqueles que conhecem a graça podem desenvolver, porque sabem que, apesar dos infortúnios da vida, Aquele que É continua sendo e, por isso, têm forças para prosseguir na caminhada sem se desviar do caminho.






*trecho retirado da música "Vou me lembrar", da Banda Resgate.

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