Se a definição clássica de graça é um favor imerecido que recebi de Deus, porque ainda continua me surpreendendo com ela?
A primeira resposta que penso para essa pergunta é que ela não pode se limitar a uma definição tão simplória. Assim como Deus se revela de formas muito diversas, assim também é sua graça.
A graça de Deus me surpreende por se manifestar desde a minha salvação até nas coisas mais simples da vida, até mesmo aquelas que consideramos banais, como ganhar um chocolate quando estava com muita vontade de comer algum doce.
O segundo motivo provavelmente é porque a graça foge, muitas vezes, à minha lógica. Voltando à salvação, como Deus pôde me salvar sabendo que eu iria continuar o deixando chateado muitas vezes? Que eu iria duvidar da provisão dele tantas outras?
Como um Deus justo pode salvar um injusto? Como um deus se sacrifica por alguém que não atende aos seus altos padrões de justiça?
E como se não bastasse a minha salvação, esse mesmo Deus resolve me dar coisas boas. Eu, que naturalmente só faço coisas ruins, recebo presentes de um Deus que já me deu uma nova vida? É ilógico.
O amor de Deus, manifestado em sua graça, é ilogicamente surpreendente e surpreendentemente reconfortante.
Mais um motivo para a graça de Deus continuar me surpreendendo é que Deus está acima de limites como tempo e espaço, mas eu estou presa a esses limites por enquanto.
Logo, se estou presa a esses limites, coisas do passado influenciarem algo no futuro ainda me surpreendem e coisas que aconteceram do outro lado do mundo me influenciarem aqui também me deixam surpresa.
Não posso continuar respondendo minha pergunta, porque a cada dia surgirá uma nova resposta, já que a graça de Deus me surpreende todos os dias, mas me proponho a continuar tentando responder até o dia em que poderei entendê-la por completo.
Um comentário:
PAZ DO SENHOR...NOSSA IRMÃ QUANTA INSPIRAÇÃO.
O QUE DEVO FAZER PARA SER ASSIM?
BJ
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