Para meu primo, Thiago, que está nos Estados Unidos
Saudade, é uma palavra difícil de definir, fácil de sentir.
Difícil de definir porque saudade é boa e ruim ao mesmo tempo.
Boa, porque nos remete a lembranças de uma pessoa querida, de lugares bacanas, de momentos inesquecíveis.
Ruim, porque ela dói.
Dor que não chega a ser física -mas é quase.
E nos lembra que estamos longe de alguém, de um momento, de um lugar.
A saudade é pior ainda quando é saudade de quem não volta mais.
Porque saudade de quem está longe a gente cura quando revê (e volta a sentir quando não vê mais).
Mas saudade de quem já se foi nunca mais se cura.
Saudade vai, saudade vem.
Na verdade saudade existe até quando alguém não está tão longe assim.
Saudade é tão difícil de definir, que só existe em português, e em língua nenhuma mais.
Saudade é fácil de sentir.
Quem nunca sentiu saudade?
Todo mundo já sentiu.
Saudade é universal.
Até Deus sente saudades de nós.
E nós (mesmo sem saber ás vezes) sentimos saudades dele.
São as saudades originais de todo ser humano.
Acho que foi daí que surgiu a saudade.
Saudade não é doença, mas dói.
Saudade não é cura, mas consola com suas lembranças.
Saudade, saudades, eternas ou temporárias saudades, não importa.
Saudade é isso - e apenas isso - saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário