sexta-feira, dezembro 30, 2011

Aprendizados

"E é por meio de Cristo que temos tal confiança em Deus. Não que tenhamos capacidade de pensar alguma coisa, como se viesse de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus." - II Co 3:4-5




Ao final do fatídico ano de 2010 tive uma impressão a respeito do ano que viria - seria um ano diferente. E, de uma maneira que eu jamais esperava (e portanto, diferente no mais puro sentido da palavra), 2011 foi, de fato, diferente.

Se fosse me dada a tarefa de resumir esses 365 dias em uma palavra, minha escolha seria certamente pela palavra "aprendizados". 

Aprendi a desapegar de coisas materiais. Em janeiro tive um paciente domiciliar, um grande desafio para uma recém-formada como eu, e fiz um preço bem abaixo do mercado. Ainda assim não recebi por esse atendimento, desisti de cobrar, e me desapeguei daquelas poucas centenas de reais. No mesmo mês aprendi que só a graça de Jesus pode me fazer vencer tentações, e não eu mesma. E aprendi o valor da solidariedade e hospitalidade, por meio de pessoinhas nipônicas que nos receberam de braços abertos no Espírito Santo.

Aprendi a esperar o impossível e a não desistir de sonhos por causa de planos frustrados. E isso tudo sem criar planos mirabolantes e impossíveis.No início do ano não sabíamos como manter meu irmão em sua escola, porque nossas condições financeiras não nos permitiam arcar com a mensalidade da escola. Propus um projeto de intervenção fonoaudiológica para o diretor, mas ele não compreendeu adequadamente o projeto, e rejeitou a proposta. Entretanto, me ofereceu para substituir uma professora que estava em licença maternidade. 

De fevereiro até metade de maio tive a experiência mais gratificante da minha vida. Cada uma daquelas 36 criaturinhas me fará falta pra sempre. Aprendi a ensinar, a ter paciência, a ser criança de novo, a ter amor pelo que faz. Não me surpreenderia se desistisse da minha faculdade para passar a lecionar. Com meu salário paguei minhas dívidas (acumuladas há anos) e as despesas escolares do meu irmão. 

O versículo encontrado em II Coríntios 3:4-5, que introduz esse post, retrata bem o restante do meu ano, que foi basicamente constituído por estudos para concursos. Não passei em nenhum dos dois que fiz, mas de fato aprendi que só pela graça, não por conhecimento nenhum meu, passarei em algum concurso se assim Ele quiser. E fiquei bem tranquila em relação a isso. 

No primeiro concurso, em São José do Rio Preto, fui mal na prova específica, e muito bem em saúde pública, informática, raciocínio lógico e português. E lá comecei a aprender o que é saudade e coragem. Foi a primeira vez na vida que andei de avião, e estava indo para uma cidade onde não conhecia ninguém, e muito menos a cidade. Apesar de ter sido apenas um dia e meio, e nem ter passeado pela cidade, vi tudo na minha vida ser questionado, simplesmente pela possibilidade de ser afastada assim, centenas de quilômetros de casa.

Voltei e fui trabalhar numa clínica de umas amigas - anjos que o Senhor colocou pra que eu pudesse sobreviver enquanto não tinha nada de concreto. E depois de um tempo surgiu a oportunidade de substituir uma fono em Divinópolis, cidade a 200 e poucos quilômetros de BH. E aprendi mais. Quase aprendi a morar sozinha, já que fiquei em uma pensão e os donos dela eram como pais substitutos para mim. Mas aprendi a me controlar melhor financeiramente, a ter responsabilidades de "dona de casa", a ser Fono, já que era a primeira vez, desde formada, que atendia de fato a pacientes por um longo tempo, a diversos pacientes.

Aprendi a ter responsabilidades para atingir objetivos. Voltando de Divinópolis de fato já era uma pessoa diferente. Mais livre, por assim dizer. Comecei a me dedicar integralmente ao concurso que faria no fim do ano, indo para a faculdade sempre, até que minhas amigas me chamaram para voltar pra clínica que tinha atendido primeiro. Aceitei o convite e continuei estudando. Houve dias em que o cansaço vencia a determinação? Com certeza, mas Deus me deu forças sobrenaturais para continuar estudando. O resultado desse concurso ainda não saiu, mas minha pontuação - creio eu - foi muito baixa para uma aprovação. De qualquer forma, foi mais uma vez a oportunidade para eu ver que as coisas não dependem de mim, por mais que eu me esforce.

Reaprendi a sentir saudades, a me compadecer pela dor causada pela morte. Há apenas uma semana meu "vodrasto" faleceu, depois de uma embolia pulmonar que dizimou sua vida longa e saudável em apenas 15 dias. Foram 16 anos de convivência com uma pessoa incrivelmente bondosa, carinhosa e carismática. Seu Álvaro, em seus 87 anos de vida, ensinou a todos que tiveram o privilégio de conviver com ele - a "tratar bem não importa quem". E a viver uma vida de simplicidade - amor aos filhos, diversão com amigos, viver a vida - ainda que na velhice - ao lado de sua esposa (e fazê-la feliz).

E, pela graça, aprendi esse ano mais sobre a graça do que em qualquer ano da minha vida. Foi um ano de desenvolvimento espiritual, aperfeiçoamento de caráter, por assim dizer. Ainda estou longe de ser uma pessoa que dependa inteiramente da graça para tudo. Meu ego vive querendo tomar as rédeas da vida de novo, mas entendi um pouco mais sobre a graça, aprendi sobre a vida de homens e mulheres fantásticos, que viveram para ela - e diminuí minha tolerância com aquilo que ia contra ela. Mas aprendi a enxergar o mundo mais pelas lentes da graça. Por isso sei que até mesmo essas pobres criaturas que não sabem viver por ela podem ser alcançados e terem uma vida completamente transformadas. 

E em 2012? Sem planos, sem metas. Sonhos sim, mas quero mesmo é voltar a ser criança mais um pouco, tenho levado a vida muito a sério. E a graça me ensinou também a valorizar cada simples momento da vida...coisas que só crianças sabem fazer. Aprendi, pela graça, a fazer mais "uaus", para as situações da vida. Então, a música abaixo resume o que quero para 2012:




quinta-feira, dezembro 29, 2011

Learning

"And such trust have we through Christ to God-ward: Not that we are sufficient of ourselves to think any thing as of ourselves; but our sufficiency {is} of God." - II Co 3:4-5


At the end of the fateful year of 2010 I was sure about one thing for the year to come - would be a different year. And in a way that I never expected (therefore different in the purest sense of the word), 2011 was indeed different.

If someone asked me to summarize these 365 days in one word, my choice would be certainly be the word "learning"

I learned to let the material things go. In January I had a home care patient, a great challenge for a newly graduate like me, so I did a price well below market. But I didn't receive for that job, and I let go those few hundred "dollars". In the same month I learned that only the grace of Jesus can make me overcome temptations, and not myself. And I learned the value of solidarity and hospitality, through Nipponese people who welcomed us with open arms in Espírito Santo.

I learned to expect the impossible and not give up because of a few dreams thwarted. And all this without creating fancy and impossible plans. In the beginning of the year we didn't know how to keep my young brother in his school, because our financial condition, we could not afford the tuition the school. I proposed a project for speech therapy intervention for the director, but he did not understand properly the project, and rejected the proposal. However, he offered me to replace a teacher who was on maternity leave.

From February to mid-May I had the most rewarding experience of my life. I will miss forever each one of those 36 little creatures. With them I learned to teach, to be patient, to be a child again, to love my work. I would not be surprised if I give up my career to teaching. With the payment I pay off my debts (that was accumulated by years) and pay school fees for my brother.

The verse found in II Corinthians 3:4-5, which introduces this post, portrait well the rest of my year, wich was basically study for a available position to city hall. I did not get the job one of the two that I tried, but in fact learned that only by grace, not by any of my knowledge, I will get the job if He wants so. And I am very calm about it.

In the first test, in the city of São José do Rio Preto (in the countryside of state of São Paulo), I failed the test specific, and has good grades in public health, computer science, logical reasoning and Portuguese.  And there I began to learn what is missing and courage. It was the first time I had ever travel by plane, and was going to a city where I didn't knew nobody, much less the city. Although it was only a day and a half, and I did not take a walk through the city, I saw everything in my life be questioned, just because I was far far away from home.

I went back and worked at a clinic of my friends - angels that God replaced so I could survive until I had a steady job. And after a while the opportunity arose to replace a speech therapist in Divinópolis (in the countryside of state of Minas Gerais). And there I learned more. Almost learned to live alone, since I was in a boarding house and the owners were like surrogate parents to me. But I learned to control my finances, to take responsibility like a "housewife", to be a better speech therapist (since it was the first time since graduated, wich in fact worked as a speech therapist, with several patients).

I learned to have responsibility to achieving goals. Back to BH I was already a entire new person. More free, if I can speak in that way. I started to study to get this job of the city hall of my city, that would be in the end of the year, goind to college all the time, until my friends called me to return to the clinic that had served first. I accepted the invitation and continued studying. There was days when fatigue overcame the determination? Sure, but God gave me supernatural forces to continue studying. The result is not available yet, but my score - I think - was to low for an approval. Anyway, it was once again a opportunity for me see that things do not depend on me, as strive.

I relearned how to miss people, I sympathize for the pain caused by death. Just last week my step grandfather died after a pulmonary embolism that decimated their long and health life in just 15 days. Were 16 years of living with an incredible generous person, loving and charismatic. Mr Álvaro in his 87 years of life, taught to all who had the privilege to live with him - "no matter who treat them well". And to live a simple life - love for children, have fun with friends, make your partner happy, and grow old besid her/him.

And by the grace, this year I learned more about grace than in any year of my life. It was a year of spiritual development, character improvement. I'm still far from being a person who depends entirely of the grace to everything. My ego wants to take charge of my life again and again, but I understood a little bit of grace, learned about the lives of great men and women who lived for it - and decrease my tolerance with what was going against it. But I learned to see the world more through the lens of grace. So I know that even these poor creatures who didn't know how to live by it can be achieved and have a life completely transformed. This section, "thirty-three" was another breath of God's grace in my life. 

And in 2012? No plans, no goals. Dreams yes, but I really want is to go back to childhood a little longer, because I have taken  life too seriously in the past few years. And grace also taught me to value every single momment in my life...things that children do better. I learned, by grace, to do more "wow" to life situations. So the song below summarizes what I want to 2012 (in Italian):






quarta-feira, dezembro 28, 2011

Anotações de "Milagres"

Mais uma fantástica obra de prumor artístico e intelectual reservado aos gênios da literatura, como não poderia deixar de ser, em se tratando de Lewis

C.S. Lewis




"Para ele [o teísta], a razão - a razão de Deus - é mais antiga que a Natureza e dela deriva a ordem natural que, sozinha, nos capacita a conhecê-la. Para ele,  no ato do conhecimento a mente humana é iluminada pela razão Divina. Ela é libertada, na medida necessária, do imenso vínculo da causalidade não racional; é livre da necessidade de determinar esse vínculo pela verdade conhecida." - p. 41

"O Sobrenatural não é remoto e confuso. Trata-se de um assunto da experiência diária e de toda hora, tão pessoal quanto a respiração." - p. 70

"Nada parece contraditório até que se conheça o que é ordinário. A crença em milagres, longe de depender da ignorância em relação às leis da Natureza, só é possível na medida em que essas leis são conhecidas." - p. 78

"Se, de qualquer modo, for reafirmado que algo tão pequeno quanto a Terra é insignificante demais para merecer o amor do Criador, responderemos que cristão algum jamais supôs que o merecêssemos. Cristo não morreu pelos homens por eles serem dignos dessa morte, mas porque Ele é intrinsecamente amor e, por isso, ama infinitamente." - p. 85

"Por definição, milagres devem, de fato, interromper o curso habitual da Natureza, mas se forem reais devem, justamente por meio desse ato, confirmar ainda mais profundamente a harmonia intrínseca da realidade total." - p. 98

" Não é na Natureza, mas em Algo muito além dela que todas as linhas se encontram e todos os contrastes se explicam." - p. 104

"A liberdade criativa de Deus deve ser concebida de modo semelhante à do poeta: liberdade de criar algo coerente, concreto, com sabor próprio e inimitável." - p. 104

"Deus não precisava criar esta Natureza. Ele poderia ter criado outras, e deve mesmo tê-lo feito. Todavia concedeu existência a esta Natureza, então não há dúvida de que a menor parte dela existe para expressar o caráter que Ele escolheu lhe dar." - p. 104,105

"É preciso experimentar, mesmo que brevemente, a água pura de outro mundo antes de tomar consciência do sabor indescritível da corrente morna e salina da Natureza. Tratá-la como se fosse Deus ou como Tudo é perder toda a sua essência e prazer. Saia, olhe para trás e então verá...essa surpreendente cachoeira de ursos, filhotes e bananas; esse imenso dilúvio de átomos, orquídeas, laranjas, caranguejos, canários, pulgas, gases, tornados e sapos. Como pudemos pensar que essa era a realidade suprema? Como nunca pensamos que se tratava simplesmente de um cenário para o dilema moral de homens e mulheres? A Natureza continua sendo ela mesma, e não lhe ofereça adoração nem desprezo, mas vá ao seu encontro e a conheça." - p. 106

"Toda a essência do Hinduísmo, penso eu, permaneceria inalterada se você subtraísse o milagroso. O mesmo também é quase verdade quanto ao Islamismo. Todavia não se pode fazer isso com o Cristianismo, que é precisamente a história de um grande Milagre. Um Cristianismo naturalista deixaria de lado tudo que é especificamente cristão." - p. 108

"Os relatos dos 'milagres' na Palestina do século primeiro ou são mentiras, ou são lendas, ou são história. Caso todos, ou o mais importante deles, forem lendas ou mentiras, então as afirmações que o Cristianismo têm feito nos últimos dois mil anos são simplesmente falsas; mesmo que, sem dúvida, contivesse sentimentos nobres e verdades morais, assim como as mitologias grega e nórdica as contêm." - p. 124, 125

"Quem faz de sua religião o seu deus não terá Deus em sua religião." - Thomas Erskine de Linlathen, citado na p. 127

"Nós, que defendemos o Cristianismo, vemo-nos constantemente atacados pela verdadeira religião de nossos ouvintes, e não por sua falta de religião. Falemos de beleza, verdade e bondade ou de um Deus que é simplesmente o princípio de habitação interior de um desses três atributos; falemos de uma grande força espiritual que permeia todas as coisas, uma mente comum da qual todos somos partes, um reservatório de espiritualidade generalizada o qual podemos todos fluir. Iremos deparar com um amigável interesse. No entanto, a temperatura sobe quando mencionamos um Deus que tem planos e realiza atos notáveis, que faz uma coisa e não outras, um Deus concreto que escolhe, dá ordens, proíbe e tem caráter definido. Os ouvintes ficam imediatamente perturbados ou aborrecidos. Tal concepção lhes parece antiga, rude e até irreverente." - p. 128

"A natureza aperfeiçoada de qualquer coisas real é sempre, a princípio, um estorvo às nossas fantasias naturais, um intruso infame e pedante que interrompe a lógica de uma conversação que se desenvolvia maravilhosamente bem sem ele." - p. 134

"Ousemos dizer que Deus é uma Coisa específica. Outrora, Ele foi a única Coisa, mas Ele é criativo. Fez com que outras coisas passassem a existir. Ele não é, contudo, essas outras coisas que criou. Não é um 'ser universal'. Se fosse, não haveria criaturas, pois uma generalidade não pode criar nada." - p. 137

"Na linguagem do apóstolo Paulo, o propósito de nos despirmos não é fazer com que nossa ideia de Deus alcance a nudez, e sim que nossa nudez seja revestida." - p. 140

"Custe o que custar, Ele não deve ser concebido como uma generalidade sem traços característicos. Se Ele realmente existe, então é a coisa mais concreta que existe, a mais individual, 'organizada e minuciosamente articulada'. Ele é impronunciável não por ser indefinido, mas por ser definido demais para a inevitável falta de precisão de linguagem." - p. 142

"A Filiação Divina é, por assim dizer, o sólido do qual a filiação biológica é simplesmente uma representação esquemática na superfície." - p. 142

"Talvez devêssemos, acertadamente, rejeitar também grande parte do simbolismo do Antigo Testamento. Entretanto devemos ter certeza da razão de o fazermos: não é pelo fato de as imagens serem muito fortes, mas por serem muito fracas. A realidade espiritual suprema não é mais vaga, mais inerte, mais transparente que as imagens, e sim mais positiva, mais dinâmica e mais opaca." - p. 143

"Se precisamos de uma imagem mental para simbolizar o Espírito, é preciso representá-lo com algo mais sólido que a matéria." - p. 144

"Em toda parte, o grande acolhe o pequeno, e essa capacidade é praticamente a prova de sua grandeza." - p. 172

"Onde o Deus real está presente, as sombras desse Deus não aparecem, apenas aquilo com que as sombras se assemelham. Através de toda a sua história, os hebreus foram sempre desviados da adoração dos deuses da Natureza - não porque os deuses-Natureza fossem diferentes em todos os aspectos do Deus da Natureza, mas porque, na verdade, eram no máximo semelhantes, e fazia parte do destino daquela nação ser afastada das semelhanças para se aproximar do próprio Deus." - p. 178

"Deus jamais se desfaz de algo, a não ser do mal; jamais faz algo bom para depois desfazê-lo (...). Ele jamais se separará da Natureza novamente, e ela deve ser glorificada de todas as maneiras que essa união milagrosa exige." - p. 189

"Onde há um Deus cheio de propósitos e que tudo prevê agindo sobre uma Natureza totalmente interligada, não pode haver acidentes ou acasos, nada a que possamos nos referir como simplesmente." - p. 189

"A vida das Vidas que estava nele [Jesus] não odiou menos que nós esse castigo cruel [a morte] - odiou-o ainda mais. Por outro lado, só aquele que perde a própria vida a salvará. Somos batizados na morte de Cristo, e ela é o remédio para a Queda. A Morte, de fato, é o que alguns indivíduos chamam de 'ambivalente'. Ela é a grande arma de Satanás e também a grande arma de Deus. É sagrada e profana. Nossa suprema desgraça e nossa única esperança, aquilo que Cristo veio conquistar e o meio pelo qual Ele efetuou a conquista." - p. 192

"Eles [os milagres] proclamam que Aquele que veio não é apenas um rei, mas o Rei, o Rei da Natureza e nosso Rei." - p. 202

"A mente que exige um Cristianismo sem milagres é aquela que se encontra no processo de rebaixar o Cristianismo a simples 'religião'".  - p. 203

"(...) suspeito que nosso conceito de Céu como um simples estado de espírito relaciona-se com o fato de que a virtude cristã da Esperança enfraqueceu muito em nossos dias. Onde nossos pais , perscrutando o futuro, viram lampejos dourados, vemos apenas a bruma branca, informe, fria e imóvel." - p. 245

"O cristão não deve perguntar se este ou aquele acontecimento ocorreu em resposta a uma oração, mas deve acreditar que todos os eventos, sem exceção, são respostas à oração, no sentido de que, se atendidas ou recusadas, as orações de todos os aflitos, bem como suas necessidades, são todas levadas em consideração por Deus." - p. 274




sexta-feira, dezembro 23, 2011

Leitura Bíblica em Seis Meses


Apesar de já ter seguido alguns planos de leitura bíblica, eu sempre fiquei aflita com a desproporcionalidade com as quais eles eram divididos. Por dividirem em número de capítulos, não de páginas, esses planos apresentavam dias com duas páginas de leitura, outros dias com oito. Por isso, esse ano, resolvi fazer meu próprio plano de leitura. Como decidi isso quase no meio do ano, resolvi elaborar um plano de seis meses. 

Admito que ficou bem puxado e que falhei alguns dias (apesar de ter completado a leitura), mas gostei muito da experiência e, por isso, quis compartilhar com vocês. Claro, é só um exemplo, afinal, o tamanho da letra e da Bíblia influencia nisso.

Dados da Bíblia: 

Bíblia Almeida século XXI  - com devocionais de Hernandes Dias Lopes – Ed. Hagnos
27-942 VT à 916 p. à 4,79 p por dia
946-1246 NT à 301 p. à 1,57 p por dia

Plano (não mudei as datas, mas também é adaptável):

25 de abril – Gn 1-5/Mt 1-2 
26 de abril – Gn 6 –10/Mt 3-4 
27 de abril – Gn 11-16/Mt 5 
28 de abril – Gn 17-20/Mt 6 
29 de abril – Gn 21-24/Mt 7-8 
30 de abril – Gn 25-29/Mt 9 

1 de maio – Gn 30-32/ Mt 10-11 
2 de maio – Gn 30-32/ Mt 12 
3 de maio – Gn 33-36/ Mt 13 
4 de maio – Gn 37-40/Mt 14-15 
5 de maio – Gn 41 – 43/ Mt 16-17 
6 de maio – Gn 44 – 47/ Mt 18 
7 de maio – Gn 48 – Ex 2/ Mt 19-20 
8 de maio – Ex 3-6/ Mt 21 
9 de maio Ex 7-10/ Mt 22 
10 de maio Ex 11-14/ Mt 23 
11 de maio Ex 15-19/ Mt 24 
12 de maio Ex 20 – 24/ Mt 25 
13 de maio Ex 25-27/ Mt 26 
14 de maio Ex 28-30/ Mt 27 
15 de maio Ex 31-34/ Mt 28 
16 de maio Ex 35-37/ Mc 1 
17 de maio Ex 38-40/ Mc 2 
18 de maio Lv 1-5/ Mc 3-4 
19 de maio Lv 6-9/ Mc 5 
20 de maio Lv 10-12/ Mc 6 
21 de maio Lv 13-14/ Mc 7 
22 de maio Lv 15-18/ Mc 8 
23 de maio Lv 19-22/ Mc 9 
24 de maio Lv 23-25/Mc 10 
25 de maio Lv 26-27/ Mc 11 
26 de maio Nm 1-3/ Mc 12 
27 de maio Nm 4-6/ Mc 13 
28 de maio Nm 7-9/ Mc 14 
29 de maio Nm 10-13/ Mc 15 
30 de maio Nm 14-16/ Mc 16 
31 de maio Nm 17-21/ Lc 1 

1 de junho Nm 22-25/ Lc 2 
2 de junho Nm 26-29/ Lc 3 
3 de junho Nm 30-33/ Lc 4 
4 de junho Nm 34-36/ Lc 5 
5 de junho Dt 1-3/ Lc 6 
6 de junho Dt 4-7/ Lc 7 
7 de junho Dt 8-11/ Lc 8 
8 de junho Dt 12-16/ Lc 9 
9 de junho Dt 17-21/ Lc 10 
10 de junho Dt 22-26/ Lc 11 
11 de junho Dt 27-30/ Lc 12 
12 de junho Dt 31-33/ Lc 13-14 
13 de junho Dt 34-Js 1-4/ Lc  15-16 
14 de junho Js 5-8/ Lc 17 
15 de junho Js 9-12/ Lc 18 
16 de junho Js 13-17/ Lc 19 
17 de junho Js 18-21/ Lc 20
18 de junho Js 22-24/ Lc 21 
19 de junho Jz 1-4/ Lc 22 
20 de junho Jz 5-7/ Lc 23 
21 de junho Jz 8-10/ Lc 24 
22 de junho Jz 11-15/ Jo 1 
23 de junho Jz 16-19/ Jo 2-3 
24 de junho Jz 20-24/ Jo 4 
25 de junho Rt 1-4/ Jo 5 
26 de junho I Sm 1-5/ Jo 6 
27 de junho I Sm 6-10/ Jo 7 
28 de junho I Sm 11-14/ Jo 8 
29 de junho I Sm 15-17/ Jo 9-10 
30 de junho I Sm 18-21/ Jo 11 

1 de julho I Sm 22-25/ Jo 12 
2 de julho I Sm 26-31/ Jo 13-14 
3 de julho II Sm 1-4/ Jo 15-16 
4 de julho II Sm 5-10/ Jo 17-18 
5 de julho II Sm 11-13/ Jo 19 
6 de julho II Sm 14-17/ Jo 20 
7 de julho II Sm 18-20/ Jo 21 
8 de julho II Sm 21-24/ At 1 
9 de julho I Rs 1-3/ At 2 
10 de julho I Rs 4-7/ At 3-4 
11 de julho I Rs 8-10/ At 5 
12 de julho I Rs 11-13/ At 6-7 
13 de julho I Rs 14-17/ At 8 
14 de julho I Rs 18-20/ At 9 
15 de julho I Rs 21-22/ At 10 
16 de julho II Rs 1-5/ At 11 
17 de julho II Rs 6-9/ At 12 
18 de julho II Rs 10-13/ At 13 
19 de julho II Rs 14-17/ At 14 
20 de julho II Rs 18-21/ At 15-16 
21 de julho II Rs 22-25/ At 17 
22 de julho I Cr 1-4/ At 18 
23 de julho I Cr 5-8/ At 19-20 
24 de julho I Cr 9-13/ At 21 
25 de julho I Cr 14-18/ At 22 
26 de julho I Cr 19-24/ At 23 
27 de julho I Cr 25-29/ At 24-25 
28 de julho II Cr 1-5/ At 26 
29 de julho II Cr 6-9/ At 27 
30 de julho II Cr 10-15/ At 28 
31 de julho II Cr 16-20/ Rm 1 

1 de agosto II Cr 21-25/ Rm 2-3 
2 de agosto II Cr 26-29/ Rm 4-5 
3 de agosto II Cr 30-33/ Rm 6-7 
4 de agosto II Cr 34-36/ Rm 8 
5 de agosto Ed 1-5/ Rm 9-10 
6 de agosto Ed 6-10/ Rm 11-12 
7 de agosto Ne 1-5/ Rm 13-14 
8 de agosto Ne 6-9/ Rm 15 
9 de agosto Ne 10-13/ Rm 16 
10 de agosto Es 1-5/ I Co 1-2 
11 de agosto Es 6-10/ I Co 3-4 
12 de agosto Jó 1-7/ I Co 5-6 
13 de agosto Jó 8-14/ I Co 7-8 
14 de agosto Jó 15-21/ I Co 9-10 
15 de agosto Jó 22-30/ I Co 11 
16 de agosto Jó 31-37/ I Co 12-13 
17 de agosto Jó 38-42/ I Co 14 
18 de agosto Sl 1-14/ I Co 15 
19 de agosto Sl 15-26/ I Co 16 
20 de agosto Sl 27-36/ II Co 1-2 
21 de agosto Sl 37-45/ II Co 3-5 
22 de agosto Sl 46-56/ II Co 6-7 
23 de agosto Sl 57-68/ II Co 8-9 
24 de agosto Sl 69-77/ II Co 10-11 
25 de agosto Sl 78-87/ II Co 12-13 
26 de agosto Sl 88-97/ Gl 1-2 
27 de agosto Sl 98-105/ Gl 3-4 
28 de agosto Sl 106-118/ Gl 5-6 
29 de agosto Sl 119/ Ef 1-2 
30 de agosto Sl 120-139/ Ef 3-4 
31 de agosto Sl 140-150/ Ef 5-6 

1 de setembro Pv 1-6/ Fp 1-2 
2 de setembro Pv 7-13/ Fp 3-4 
3 de setembro Pv 14-19/ Cl 1-2 
4 de setembro Pv 20-25/ Cl 3-4 
5 de setembro Pv 26-31/ I Ts 1-3 
6 de setembro Ec 1-7/ I Ts 4-6 
7 de setembro Ec 8-12/ II Ts 1-3 
8 de setembro Ct 1-8/ I Tm 1-3 
9 de setembro Is 1-6/ I Tm 4-6 
10 de setembro Is 7-13/ II Tm 1-2 
11 de setembro Is 14-21/ II Tm 3-4 
12 de setembro Is 22-28/ Tt 1-3 
13 de setembro Is 29-34/ Fl 1 
14 de setembro Is 35-40/ Hb 1-2 
15 de setembro Is 41-45/ Hb 3-5 
16 de setembro Is 46-52/ Hb 6-7 
17 de setembro Is 53-59/ Hb 8-9 
18 de setembro Is 60-66/ Hb 10 
19 de setembro Jr 1-4/ Hb 11 
20 de setembro Jr 5-8/ Hb 12-13 
21 de setembro Jr 9-14/ Tg 1 
22 de setembro Jr 15-19/ Tg 2-3 
23 de setembro Jr 20-23/ Tg 4-5 
24 de setembro Jr 24-28/ I Pe 1 
25 de setembro Jr 29-32/ I Pe 2-3 
26 de setembro Jr 33-36/ I Pe 4-5 
27 de setembro Jr 37-41/ II Pe 1-2 
28 de setembro Jr 42-46/ II Pe 3 
29 de setembro Jr 47-50/ I Jo 1-2 
30 de setembro Jr 51-52/ I Jo 3-4 

01 de outubro Lm 1-5/ I Jo 5 
02 de outubro Ez 1-7/ II Jo 1 
03 de outubro Ez 8-13/ III Jo 1 
04 de outubro Ez 14-16/ Jd 1 
05 de outubro Ez 17-21/ Ap 1-2 
06 de outubro  Ez 22-25/ Ap 3 
07 de outubro Ez 26-29/ Ap 4 
08 de outubro Ez 30-34/ Ap 5 
09 de outubro Ez 35-39/ Ap 6 
10 de outubro Ez 40-43/ Ap 7 
11 de outubro Ez 44-48/ Ap 8 
12 de outubro Dn 1-3/ Ap 9 
13 de outubro Dn 4-7/ Ap 10  
14 de outubro Dn 8-12/ Ap 11 
15 de outubro Os 1-9/ Ap 12 
16 de outubro Os 10-13, Jl 1/ Ap 13 
17 de outubro Jl 2-3 Am 1-4/ Ap 14 
18 de outubro Am 5-9/ Ap 15 
19 de outubro Ob 1, Jn 1-4/ Ap 16 
20 de outubro Mq 1-7/ Ap 17 
21 de outubro Na 1-3, Hc 1-3/ Ap 18
22 de outubro Sf 1-3, Ag 1-2/ Ap 19
23 de outubro Zc 1-7/ Ap 20 
24 de outubro Zc 8-14/ Ap 21 
25 de outubro Ml 1-4/ Ap 22 

Espero que tenham gostado, aproveitem =)

Bjim!!

quinta-feira, dezembro 22, 2011

The story of a Christmas without gifts


Another post of #Thirty-three (original at 12/2006)
A man questioned the revolution that caused Jesus to his coming into the world and also discussed the reason for Christmas with a little girl…
-       What revolution? The world just god worse. Humans are increasingly cruel!
Then the sweet little girl begins to tell the story of Christmas without presents:
“Once upon a time, a place far away of Brazil, a bride about to marry. There is also a very dreamer creator who decides to change the history of mankind and make himself a masterpiece for the revolution. But he needs someone to implement the invention. Somebody with a lot of value, but that was not a very famous person.
The creator find in the bride of the beginning of the history the perfect person to carry out his plan. She is engaged and this can cause it to lose hope of getting married, so she does not accept the challenge.
Humanity does not develop. People die from diseases horrific and wars worse.
Women have no rights and slaves, in addition to never stop being slaves, are treated more like animals.
Children are sacrificed at alarming levels in macabre rituals.
There is no Christmas, there is nothing to celebrate, in this world of chaos.
Nobody lives happily ever after.”
-       Do not understand your horror story – says the lord.
-       Sir, imagine that this story is the creator God, the bride Mary, and Jesus is a revolutionary invention. If Mary had not accepted the challenge, or simply the Father did not want to turn the situation around the world societ would be chaos…
-       - Young girl, but what about the problems this world faces, is already chaos, how you explain that??
-       Not all people accept the saving grace that Jesus offers. Many question his authority as God or are simply indifferent to the fact…
-       You mean that if everyone accepted Jesus as you say, the world would be better? But God is not one to be so irresponsible as to let the world’s fate in the hands of ignorant creatures like man!
-       He did not, He sent Jesus to do just that, Jesus searching people, it’s up to them to accept. You have to consider that we are beings with free will, and it was God who gave us. And each act has its consequence…sin only produces misery even…but I think that some suffering things we just know why they happen when we are in heaven.
-       And the lot of Christians who commit atrocities?
-       They actually have not known the grace that Jesus offers, so do not try to live the life that Jesus lived. Err by being human, but Jesus he can be forgiven…
-       Without doing anything?
-       That’s the grace. We all received, even though none of us deserves. We are all miserable sinners.

Jesus has born! The Savior  hasborn! Accept His grace invite ! Merry Christmas!

terça-feira, dezembro 20, 2011

Servos pecadores

"Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: 'Quem enviarei? Quem irá por nós?' E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me!" - Is 6:5,8



Aqui, vemos o chamado de Isaías para ser profeta em uma nação de Israel completamente pervertida e com valores invertidos.


Isaías reconhece a si mesmo como pecador, e sabe claramente como está a situação de sua pátria. Ele sabe que ter visto a Deus nesse contexto e ter permanecido vivo era um milagre. Afinal, o próprio sumo sacerdote, se entrasse no Santo dos Santos para fazer um sacrifício sem estar puro (sem ter passado pelo processo de purificação), seria morto instantaneamente.


Hoje em dia, por podermos nos achegar diretamente a Deus, por causa do sacrifício de Jesus que nos purificou a todos, nos esquecemos do nível de santidade que Deus exige para que se entre em contato com Ele.


Esse milagre que Isaías experimentou sozinho, é o milagre que experimentamos todos os dias em nossas orações, por causa da graça.


Prosseguindo no texto, no versículo 8, Isaías ouve a voz de Deus clamando: "Quem eu vou enviar par alertar o meu povo? Quem me ouvirá?" Ele ouve esse chamado e, a despeito de sua fraqueza como pecador, aceita o desafio.


Apesar de tudo que o povo de Israel vinha fazendo - injustiças sociais, adoração a ídolos, perversão sexual - Deus não os abandonava, Ele queria um profeta que alertasse o povo sobre as consequências de continuarem no caminho que estavam traçando.


Duas coisas posso aprender desse versículo. A primeira é que Deus está sempre à procura de humanidade, Ele não desiste de nenhum de nós, mesmo que nós nos afastemos cada vez mais dEle. Ele enviou Jesus como a solução final para se reconciliar com a humanidade - basta a nós que aceitemos o convite da graça. Mas a contagem regressiva até que a Terra seja restaurada e, consequentemente, o pecado (juntamente com aqueles pecadores que preferiram não receber o convite) seja extinguido dela, já está acontecendo.


A segunda coisa que aprendo é que Deus não nega serviço aos que se dispõem a ele, mesmo que sejam pecadores (e somos todos, afinal).


Isaías aceitou o chamado de Deus como se apenas ele pudesse fazê-lo e essa deve ser nossa atitude. Os propósitos de Deus serão cumpridos com ou sem a nossa ajuda, mas pela graça nós podemos participar dessa obra. Não devemos deixá-la de lado como se outro pudesse fazê-lo, afinal, isso pode mesmo acontecer, mas isso seria ignorar a graça de Deus que nos permite servi-lo, mesmo sendo pecadores.


Deus nos deu a graça de sermos justificados em Cristo e, por isso, podermos entrar em Sua presença e ainda nos permite ajudá-lo em Sua obra na Terra. A graça só é gratuita porque o próprio doador pagou o preço, como diz sabiamente o escritor Philip Yancey, e nós não devemos nos esquecer jamais disso.

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Mesmo assim me alegrarei

"Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,
ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. 
Habacuque 3:17-18"


"Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos."
"A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar Mediterrâneo. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento,combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos."
"A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária da Ásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
A videira produz as uvas, fruto de cujo o suco se produz o vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica." - Wikipedia

Nesse momento você deve estar se perguntando por que eu peguei coisas tão óbvias, copiei a definição da Wikipedia e colei aqui.  Antes de tudo, então, devo avisar que esse é o texto mais "para mim", que eu já escrevi. Quero refletir mais profundamente sobre o que esse trecho de Habacuque tem a me dizer. Os devaneios podem não passar de pura reflexão vazia, mas é assim que costumo fazer reflexões, hehe.

A economia daquela época era extremamente voltada para a agricultura, então, nada de mais normal que uma comparação com plantas. Mas porque essas três? A figueira é uma árvore que se multiplica profundamente, as raízes podem até destruir uma parede de casa se for construída perto de uma delas. Então, posso concluir que os figos podem representar abundância. A videira é importante por sua tradição, por seu fruto maravilhoso - a uva. Então videira pode significar prazer, talvez? E, por último, a oliveira. Da oliveira vem a azeitona, e dela o azeite. O azeite é usado, como visto acima, tempero, unção e até combustível. Logo, concluo que o azeite pode representar o equilíbrio, o "tempero da vida" (como estou poética hoje, haha). Os alimentos da lavoura e os animais representam o sustento, para finalizar minha viagem

Abundância, prazer, equilíbrio e sustento. Mesmo que me falte tudo isso, eu me alegrarei no Senhor.

Agora deixe-me explicar porque eu estou fazendo essa reflexão (e remarcando a postagem programada para hoje). Domingo faço a prova de um concurso. Até aí nada de mais, certo? A verdade é que estive nos quatro últimos meses estudando muito (do verbo não faço mais nada além disso) para essa prova. E na quarta fui fazer umas provas para testar meus conhecimentos e fui muito mal. Fiquei arrasada, claro.

Eu depositei todas as minhas fichas nesse concurso. Todo meu futuro - cursos, casamento, carro - depende desse resultado. E aí eu me esqueci do versículo que se tornou o lema da minha vida profissional:

E é por meio de Cristo que temos tal confiança em Deus. Não que sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se viesse de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus." - II Co 3:4,5

É, eu esqueço das coisas às vezes, igual o povo de Israel se esquecia de quem era o  seu Deus. Não sou menos humana que eles e tendo a incorrer no mesmo erro às vezes. Não que em algum momento eu tivesse realmente achado que eu fosse capaz de ser aprovada nesse concurso por conta própria. Eu sei que não sou. Apesar de boletins escolares que diziam o contrário, nunca fui boa com essa coisa de estudar. As provas de CEFET, UFMG (fui aprovada com uma nota bem baixa) e dos últimos concursos que fiz estão aí para provar. Ainda que dessa vez eu ache que meu método tenha sido mais eficiente, se o foi, foi por causa de Deus, por causa da graça. Independentemente disso, o que esqueci é que pode ser que eu não passe - e que isso não seja uma coisa ruim (a longo prazo, obviamente).

Deus não está preso ao tempo como eu estou. Daqui a 10, 20 anos eu vou estar de um jeito que Ele já sabe, porque Ele já está lá. E eu sei que vai ser bom, não apenas porque a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, mas porque sei que a mesma graça que me salvou vai continuar comigo. Porque Ele me ama independentemente do que eu faça ou seja. Ele não desiste nem desistirá de mim, mesmo que eu mesma o faça.

Concluindo, ainda que me falte abundância, constância, prazeres, eu vou ser grata a Deus. Eu vou confiar em sua vontade. Eu vou saber que a confiança que tenho em Deus é por causa de Cristo, não por causa da minha capacidade de pensar.

E que domingo agora seja só mais um dia na história que Ele escreveu pra mim.

Que a graça continue nos acompanhando ^^
 

Veja mais em

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